The Garden of Eden – Wikipédia, a enciclopédia livre

The Garden of Eden
O Jardim do Éden
Autor(es) Ernest Hemingway
Idioma Inglês
País Estados Unidos Estados Unidos da América
Género Romance
Lançamento 1986 (póstumo)
Páginas 247
ISBN 0-684-18693-4
Edição portuguesa
Tradução Ana Maria Sampaio
Editora Europa-América, Público
Lançamento 1986
ISBN ISBN 972-1-01243-2
Edição brasileira
Tradução Wilma Freitas Ronald de Carvalho
Editora Nova Fronteira
Lançamento 1987

O Jardim do Éden (The Garden of Eden) é o segundo romance de Ernest Hemingway publicado postumamente, neste caso em 1986. Iniciado em 1946, Hemingway trabalhou no manuscrito durante os 15 anos seguintes, ao mesmo tempo que escreveu O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea), O Verão Perigoso (The Dangerous Summer), Paris é uma Festa (A Moveable Feast), e Ilhas na Corrente (Islands in the Stream).

Resumo do enredo

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O romance é, fundamentalmente, a história de cinco meses na vida de David Bourne, um escritor americano, e de sua esposa, Catherine. Passa-se principalmente na Riviera francesa, especificamente na Côte d'Azur, e em Espanha. A história começa com a sua lua de mel na Camargue. Os Bournes encontram pouco depois uma jovem chamada Marita, de quem ambos se apaixonam, mas apenas um deles, em última instância, a poderá ter. David tem um caso com Marita, enquanto o relacionamento com a sua esposa se deteriora. A história continua até ao evidente divórcio entre David e Catherine.

Temas principais

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O Jardim do Éden trata da exploração por Hemingway da relação homem-mulher, mostra um interesse em personagens andróginos e "a inversão dos papéis de género."[1]

O biógrafo de Hemingway James Mellow argumenta que as "idéias de transferência sexual" não ficaram claras na ficção de Hemingway até que ele escreveu O Jardim do Éden. Catherine Bourne convence David a tingir o cabelo na cor do dela, "para que sejam gémeos, bronzeados e andróginos."[2]

Enquadramento e história da publicação

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Mellow argumenta que a génese da história começou durante a lua de mel de Hemingway com a sua segunda esposa, Pauline Pfeiffer, pouco depois do divórcio dela e Hadley Richardson. A representação do protagonista masculino como um jovem escritor, e a representação da mulher como "atraente, excitante, rica" espelha os dias passados em Le Grau-du-Roi no sul de França com Pauline.[3]

O romance foi publicado postumamente numa forma muito abreviada em 1986.[4] Hemingway começou O Jardim do Éden em 1946 e escreveu 800 páginas.[5] Durante quinze anos continuou a trabalhar no romance que permaneceu incompleto.[6] Quando foi publicado em 1986, o romance teve 30 capítulos e 70.000 palavras. A nota do editor explica que foram feitos cortes no romance pois, de acordo com os biógrafos, Hemingway tinha atingido 48 capítulos e 200.000 palavras. Scribner retirou cerca de dois terços do manuscrito existente e um longo enredo lateral.[6]

O Jardim do Éden, o nono romance de Hemingway, foi publicado em 1986, um quarto de século depois de sua morte. Scribner publicou o romance em maio de 1986 com uma primeira tiragem de 100.000 exemplares.[7]

A publicação de 'O Jardim do Éden ' é controversa devido à edição feita ao manuscrito. Susan Seitz argumenta que, neste romance, Hemingway estava forjando uma nova direcção na sua obra que foi perdida no processo de edição. Ela pensa que a edição foi abaixo da média, com "cortes substanciais de linhas, cenas e capítulos inteiros, a junção de material manuscrito que Hemingway tinha descartado e transposição de cenas e diálogos”. O resultado, afirma ela, não "representa as intenções de Hemingway nestas obras tal como ele as deixou."[1]

Adaptação em Filme

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Uma adaptação cinematográfica de O Jardim do Éden foi lançada em 2008 no Festival de Cinema de Roma. A Screen International apelidou o filme de "drama erótico que ultrapassa os limites." O filme passou num certo número de cinemas em dezembro de 2010. O elenco contou com Jack Huston, Mena Suvari, Caterina Murino, Richard E. Grant e Carmen Maura. Foi dirigido por John Irvin. A adaptação foi de James Scott Linville, ex-editor da Paris Review.[8]

Referências

  1. a b Susan M Seitz. "The posthumous editing of Ernest Hemingway's fiction" (1 de Janeiro de 1993). Electronic Doctoral Dissertations for UMass Amherst. Paper AAI9329667.
  2. Mellow 1992, p. 382
  3. Mellow 1992, p. 349
  4. McDowell, Edwin (17 de Dezembro de 1985). «New Hemingway Novel To Be Published in May». New York Times 
  5. Meyers 1985, p. 436
  6. a b Doctorow, E.L (18 de Maio de 1986). «Braver Than We Thought». The New York Times 
  7. Oliver, pp. 113-115
  8. http://www.imdb.com/title/tt1031243/?ref_=nm_flmg_wr_2

Ligações Externas

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