Thomas Ravelli – Wikipédia, a enciclopédia livre

Thomas Ravelli
Thomas Ravelli
Ravelli em 2014
Informações pessoais
Nome completo Thomas Ravelli
Data de nascimento 13 de agosto de 1959 (65 anos)
Local de nascimento Västervik, Suécia
Nacionalidade sueco
Altura 1,86 m
destro
Apelido Príncipe dos Palhaços
Informações profissionais
Clube atual aposentado
Posição goleiro
Clubes de juventude
Öster
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1978–1988
1989–1997
1998–1999
1999
Öster
Göteborg
Tampa Bay Mutiny
Öster
00219 0000(0)
00211 0000(0)
00023 0000(0)
00008 0000(0)
Seleção nacional
1977
1979–1981
1981–1997
Suécia Sub-19
Suécia Sub-21
Suécia
00009 0000(0)
00010 0000(0)
00143 0000(0)
Copa do Mundo FIFA
Bronze Estados Unidos 1994 Futebol

Thomas Ravelli (Västervik, 13 de agosto de 1959) é um ex-futebolista sueco que atuava como goleiro. É considerado um dos melhores jogadores da história de seu país, sendo o principal nome de sua posição no futebol local.

Ravelli nasceu no dia 13 de agosto de 1959, em Västervik. Ele cresceu em Vimmerby, onde viveu seus primeiros cinco anos de vida.[1]

A carreira de Ravelli por clubes teve mais destaque quando ele jogou no Öster (1978–1988) e no IFK Göteborg (1989–1997). Ainda se aventurou no então incipiente futebol dos EUA, onde jogou pelo Tampa Bay Mutiny, por uma temporada (1998–99), até retornar ao Öster em março de 1999, encerrando a carreira aos 39 anos.

Porém, Ravelli, que após a aposentadoria trabalhava como diretor-esportivo do IFK, surpreendeu a Suécia ao anunciar seu retorno aos gramados aos 45 anos de idade, tendo assinado um contrato com o Gårda BK, equipe semiprofissional do país. No novo clube, reencontrou seus ex-companheiros de Seleção Kennet Andersson e Johnny Ekström. O Príncipe dos Palhaços (como era conhecido por conta de suas esquisitices em campo) atuou em alguns jogos até pendurar definitivamente as chuteiras em 2006.

Seleção Nacional

[editar | editar código-fonte]

Em 1981, aos 22 anos de idade, Ravelli estreou na Seleção Sueca, contra os vizinhos da Finlândia, derrotados pelos Amarelos por 2 a 1. Iniciava-se uma longa trajetória de 16 anos envergando a camisa número 1 da Suécia.

Mesmo com tanto tempo de Seleção, Ravelli disputou apenas três competições com a equipe: as Copas de 1990 e 1994, além da Eurocopa de 1992. Na Copa de 1990, Ravelli pouco fez para evitar a precoce eliminação de seu país na primeira fase. Na Euro, os suecos pararam apenas na semifinal.

Copa do Mundo de 1994

[editar | editar código-fonte]

1994 marcou o auge de Ravelli com a Seleção Sueca, terceira colocada na Copa dos EUA. Titular indiscutível da equipe (os reservas Lars Eriksson - na Seleção desde 1988 - e Magnus Hedman - estreante - ainda não inspiravam tanta confiança quanto Ravelli), o veterano chamou a atenção com as suas caretas, que ganharam destaque na partida contra a Romênia, no dia 10 de julho. Aos 34 anos, mostrou agilidade na disputa por pênaltis, tendo defendido a cobrança de Miodrag Belodedici.

Contra o Brasil, pelas semifinais, Ravelli fez o possível para conter os ataques da Seleção Canarinho. Só não teve chance no gol de cabeça marcado por Romário, em meio à gigante defesa sueca.[2]

Thomas ainda tinha chances de disputar a Euro 1996, mas a Suécia ficou de fora do torneio. Deixou a Seleção em 1997, um ano antes da Copa do Mundo FIFA de 1998, onde os "Amarelos" também não conquistaram a vaga.

Estilo de jogo e características

[editar | editar código-fonte]

Extrovertido, experiente e altamente competitivo, com um corpo alto e esbelto, conhecido por sua liderança e presença vocal no gol, apesar de sua personalidade excêntrica e temperamental, Ravelli era um goleiro tradicional, consistente e eficiente, com sólidos fundamentos gerais, conhecido em particular por seu senso posicional e capacidade de ler o jogo e organizar sua defesa; considerado um jogador de classe mundial em sua posição em seu auge, bem como um dos maiores goleiros da Suécia, ele também possuía boas habilidades de elevação e arremesso de tiro, e era conhecido por seu domínio de sua área e velocidade ao sair de sua linha, bem como por sua capacidade de fechar seus oponentes e superar a bola rapidamente. Ele também se destacou por sua longevidade ao longo de sua carreira; no entanto, ele também entrou em críticas, por vezes, de seus gerentes por causa de sua baixa taxa de trabalho em treinamento.

Apesar de não ser um especialista em economia de pênaltis, Ravelli chamou a atenção para a mídia quando defendeu dois pênaltis na vitória da Suécia nas quartas de final contra a Romênia, na Copa de 1994.[3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13]

Östers
Göteborg

Prêmios individuais

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Aftonbladet sport: Erik Haag intervjuar Ravelli». www.aftonbladet.se. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  2. Allan Farina (5 de junho de 2014). «Goleiro da Suécia em 1994 revela decepção por gol de Romário». Terra. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  3. Phil Hersh (12 de julho de 1994). «A wild and crazy goalie». Chicago Tribune. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  4. «Lindahl brings award back to Cobham». Chelsea F.C. 30 de novembro de 2017. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  5. Richard Hall (25 de março de 2016). «OPINION: Buffon may never be bettered... but Italy can replace him!». Calcio Mercato. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  6. «Happy birthday to you!». FIFA. 12 de agosto de 2012. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  7. Rob Hughes (8 de fevereiro de 1995). «Peter Shilton's despond». The New York Times. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  8. Grahame L. Jones (12 de julho de 1994). «WORLD CUP USA '94: Semifinals: The nut in the nets: Sweden's Ravelli seems like a normal fellow, but the truth cuts holes in that scenario». Los Angeles Times. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  9. Christopher Clarey (11 de julho de 1994). «WORLD CUP '94; A would-be salesman buys dream for Sweden». The New York Times. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  10. Steven Goff (2 de julho de 1994). «Round of 16». The Washington Post. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  11. Johnette Howard (11 de junho de 1994). «Save the world, a shot at a time». The Washington Post. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  12. Rob Hughes (13 de julho de 1994). «Chance of a lifetime is in their hands». The New York Times. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  13. «World Cup team capsules». The Washington Post. 17 de junho de 1994. Consultado em 29 de janeiro de 2018 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]