Jaburu – Wikipédia, a enciclopédia livre
Tuiuiú | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Jabiru mycteria Linchtenstein, 1819 | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
O jaburu (Jabiru mycteria), também conhecido como tuiuiú, tuiuguaçu, tuiú-quarteleiro, tuiupara, rei-dos-tuinins, tuim-de-papo-vermelho (no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), cauauá (no Amazonas), jabiru (na região Sul do Brasil) e jabiru-americano,[1] é uma ave ciconiforme da família Ciconiidae.[2] É considerado a ave-símbolo do Pantanal e pode ser encontrado desde o México até o Uruguai, sendo que as maiores populações estão no Pantanal e no Chaco oriental, no Paraguai.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Os termos "jaburu" e "tuiuiú" provêm do tupi îaburu e tuîuîu, respectivamente.[3] "Tuiuguaçu" formou-se a partir da junção de "tuiuiú" e do sufixo de origem tupi -gûasu, "grande". "Tuiupara" é de origem desconhecida.
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Hinrich Lichtenstein descreveu o jaburu em 1819. O nome jabiru é também usado para se referir a cegonha-de-pescoço-preto (Ephippiornynchus asiaticus), também referido como jabiru-asiático e também a cegonha-de-lombo-preto, de mesmo gênero chamado de jabiru-asiático. As duas espécies são aceitas como os parentes vivos mais próximos do tuiuiú.[4] Atualmente, membro único do gênero Jabiru, é conhecida uma espécie fóssil similar, sendo este o Jabiru condorensis, encontrado na formação Condore do plioceno, perto de Urumaco, na Venezuela.[5]
Descrição
[editar | editar código-fonte]O tuiuiú ou jaburu é uma ave pernalta, tem pescoço nu e preto e, na parte inferior, o papo também nu mas vermelho. A plumagem do corpo é branca e a das pernas é preta e a ave chega a ter 1,4 metro de comprimento e pesar oito quilogramas. A envergadura (a distância entre as pontas das asas abertas) pode chegar a quase três metros. O bico tem trinta centímetros, é preto e muito forte. O dimorfismo sexual é bem acentuado, com a fêmea sendo, geralmente, entre 20 a 25% menor e menos pesada que o macho. Devido a sua beleza exuberante, chama a atenção de todos os turistas que frequentam o Pantanal.
O habitat do jaburu são as margens dos rios, em árvores esparsas.[2] A fêmea forma seus ninhos no alto dessas árvores com ramos secos, com a ajuda do companheiro. Os ninhos são feitos em grupos de até seis, às vezes junto a garças e a outras aves. A fêmea põe de dois a cinco ovos brancos.
Sua alimentação é basicamente composta por peixes, moluscos, répteis, insetos e até pequenos mamíferos. Também se alimenta de pescado morto, ajudando a evitar a putrefação dos peixes que morrem por falta de oxigênio nas épocas de seca.
Pelagem flavística
[editar | editar código-fonte]Flavismo é a ausência parcial de melanina, seja a feomelanina (pigmento vermelho ou alaranjado) ou a eumelanina (pigmento preto ou castanho). O indivíduo que apresenta flavismo tem coloração diluída, como é o caso de alguns jaburus.
Referências
- ↑ Allen, Robert Porter (1980). O Grande Livro das Aves. [S.l.]: Editorial Verbo. p. 27
- ↑ a b Ber van Perlo (2009). A Field Guide to the Birds of Brazil. [S.l.]: Oxford University Press. 480 páginas. ISBN 019974565X
- ↑ Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. ISBN 9788526019331
- ↑ Hancock & Kushan, Storks, Ibises and Spoonbills of the World. Princeton University Press (1992), ISBN 978-0-12-322730-0
- ↑ Walsh, S. A.; Sánchez, R. (2008). «The first Cenozoic fossil bird from Venezuela». Paläontologische Zeitschrift. 82 (2): 105–112. Bibcode:2008PalZ...82..105W. doi:10.1007/bf02988402