Universidade de Roma "La Sapienza" – Wikipédia, a enciclopédia livre

Universidade La Sapienza
Sapienza – Università di Roma
Latim:'Studium Urbis'
Universidade de Roma "La Sapienza"
Lema Il futuro è passato qui
(O futuro passou por aqui)
Fundação 1303 (721 anos)
Tipo de instituição Pública
Localização Roma,  Itália
Funcionários técnico-administrativos 10 144
Reitor(a) Luigi Frati
Total de estudantes 110 000[1]
Campus Urbano
Página oficial www.uniroma.it

A Universidade de Roma La Sapienza (em italiano: Università degli Studi di Roma La Sapienza) é uma instituição de ensino superior italiana localizada em Roma. É uma das mais antigas e maiores universidades do mundo em número de estudantes, tendo cerca de 110 000 alunos.[1] É também conhecida como Universidade de Roma I.

No século XIV havia em Roma diversas instituições escolásticas, sem que, entretanto, qualquer delas fosse reconhecida oficialmente pela Igreja e, ao mesmo tempo, fosse externa à Igreja. Por meio da bula In Supraemae Praeminentia Dignitatis do papa Bonifácio VIII, em 20 de abril de 1303 nasce a primeira universidade romana, a Studium Urbis. O financiamento da empreitada veio por uma nova taxa sobre o vinho estrangeiro e contribuições de nobres romanos. O dinheiro foi usado para comprar o palácio onde hoje se encontra a Igreja de Santo Ivo, dentro do campus da universidade. Embora tenha permanecido fechada durante o pontificado de Clemente VII, os papas seguintes fizeram retomar a atividade de ensino e pesquisa, promovendo o surgimento de novas cátedras. No século XVII foi construída a nova sede, por Alexandre VII.

Após sucessivas reformas, durante o período de transição dos Estados Papais para o Reino de Itália pode-se verificar uma progressiva laicização da universidade. Em 1870, por fim, deixa de ser uma universidade pontifícia e torna-se a universidade da capital da Itália. A Junta Provisória do primeiro governo (1870) enquadra a universidade na nova legislação nacional.

La Sapienza experimentou diversas crises, em especial com a Primeira Guerra Mundial e início do Fascismo (1931). Os docentes deviam jurar lealdade ao Duce e os que se recusaram perderam a cátedra. Apesar de todas as crises, em 1935 a nova cidade universitária é inaugurada, obra do arquiteto Marcello Piacentini.

Desde então a Universidade de Roma La Sapienza vem se reafirmando continuamente como a mais importante instituição do sistema universitário italiano.

Em 15 de janeiro de 2008 a Santa Sé cancelou a visita que Bento XVI faria à Universidade a convite do seu Reitor Renato Guarini[2] para a abertura do 705.º Ano Acadêmico, em razão do protesto de 67 professores e alguns estudantes.[3] A Santa Sé decidiu enviar o texto do pronunciamento à Instituição que foi lido na Assembléia de abertura.[4] Houve reações do Senado Acadêmico[5] e da imprensa[6] sobre o episódio.

Organização

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Hoje conta com 21 faculdades, cento e trinta departamentos e institutos, cento e vinte e sete escolas de especialização. Divide-se em cinco ateneus federados, cada qual com um certo número de faculdades sob sua direção. São eles:

  • o Ateneu Federado de Ciência e Tecnologia;
  • o Ateneu Federado de Ciência Política Pública e Sanitária;
  • o Ateneu Federado de Ciências Humanas, Arte e Meio-ambiente;
  • o Ateneu Federado de Ciências Humanísticas, Jurídicas e Econômicas; e
  • o Ateneu Federado do Espaço e da Sociedade.

Acadêmicos famosos de La Sapienza

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Referências

  1. a b Università degli Studi di Roma "La Sapienza". «Chi siamo». Consultado em 12 de junho de 2016 
  2. «Declaração do Reitor» (PDF) (em italiano) 
  3. «Notícia em Corriere della Sera» 
  4. «Discurso de Bento XVI enviado à Universidade» 
  5. «Moção do Senado Acadêmico» (PDF) 
  6. «Artigo em O Estado de S. Paulo» 

Ligações externas

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