Vasco Gomes de Abreu – Wikipédia, a enciclopédia livre
Vasco Gomes de Abreu | |
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Nascimento | 1320 Reino de Portugal |
Morte | 1386 (65–66 anos) Reino de Castela |
Cidadania | Reino de Portugal |
Ocupação | castelão, alcaide-mor, senhor |
Vasco Gomes de Abreu (c. 1320 - Castela, depois de 6 de maio de 1386), foi um nobre português, senhor da honra de Abreu, no termo de Monção, e da localidade de Valadares.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Sucedeu a seu pai como senhor da honra de Abreu.
É referido por Fernão Lopes, na sua Crónica de el-rei D. Pedro I, como parente da rainha D. Leonor Teles.
Testemunhou, em 12 de junho de1360, o juramento de D. Pedro I sobre o seu casamento com D. Inês de Castro.
Do rei D. Fernando I teve mercê do senhorio de juro e herdade de Valadares (16 de fevereiro de1383), dos castelos de Melgaço e Lapela (18 de março de 1357), e ainda a confirmação do senhorio de Abreu, com licença para lá erguer torre.[3]
Perderia depois todos esses bens, por ter tomado o partido da rainha D. Leonor Teles, na crise de 1383 - 1385.
Efetivamente, por várias cartas régias de 1385 e de 1386, D. João I confiscou os seguintes bens e senhorios anteriormente doados a Vasco Gomes:
- Em 29 de maio de 1385, doou a Gonçalo Pires Coelho a quinta de Gondomil, que havia sido de Vasco Gomes de Abreu.
- Em 3 de novembro de 1385, doou a Pedro Vasques de Góis, seu vassalo, a quinta que Vasco Gomes de Abreu tinha na aldeia de Sanguinhal, no termo de Óbidos.
- Em 20 de janeiro de 1386, doou a Lourenço Felgueiras, escudeiro seu vassalo, todos os bens de raiz que Vasco Gomes de Abreu possuía no julgado de Froilão, com todas as respectivas rendas e direitos, porquanto "o dito Vasco Gomes tem a vila de Melgaço contra o rei".
Finalmente, a 11 de março de 1386, D. João I doou a honra de Abreu a Afonso Garcia, seu vassalo e alcaide do castelo de Pena da Rainha, justificando da seguinte forma essa doação:
«por mujto seruiço que dele recebemos entendemos de porq.to nos disse que era da linhagem dos d abreu teemos por bem e lhe damos a honra d abreu que he em termo de monçam ... porquanto o dcto vaasco gomez sta em nosso desujço»[2]
A última notícia existente sobre Vasco Gomes de Abreu está num diploma de D. João I, datado de 6 de maio de 1386, em que o monarca faz doação a João Rodrigues de Vasconcelos de todos os bens de raiz que Vasco Gomes de Abreu possuía em Entre Homem e Cávado, pois este "andava em Castela em desserviço".
É assim provável que tenha falecido no Reino de Castela, pouco depois dessa data.
Relações Familiares
[editar | editar código-fonte]Era filho de Lourenço Gomes de Abreu e de sua mulher Teresa Correia.
Casou com D. Maria de Portocarreiro, filha de Fernão Anes de Portocarreiro e de Maria Vasques de Resende, de quem teve:[3]
- Diogo Gomes de Abreu (c. 1365 - c. 1433), 2.º senhor de Regalados (em sucessão a seu sogro Nuno Viegas do Rego), que casou duas vezes: a primeira, com D. Violante Afonso Teles de Menezes, sem geração, e a segunda com D. Leonor Viegas do Rego, filha de Nuno Viegas (do Rego) e de Inês Dias do Rego, com geração na qual seguiria o senhorio de Pico de Regalados.
- Helena Gomes de Abreu, casada com Vasco Gil de Bacelar.
- Teresa Gomes de Abreu, casada com Lopo Gomes de Lira.
- Álvaro Vaz de Abreu, casado com Maria Rodrigues Pacheco.
Referências
- ↑ As informações relativas a este individuo carecem de informações sólidas; bem como há a necessidade de novas abordagem que venham complementar o estudo de Baquero Moreno.
- ↑ a b Manuel Abranches de Soveral. «Vasco Gomes.0 de Abreu». roglo.eu. Consultado em 16 de dezembro de 2024
- ↑ a b Manuel José da Costa Felgueiras Gaio. «Nobiliário de famílias de Portugal. Tomo I. Título "Abreus"». purl.pt. pp. 46–47. Consultado em 16 de dezembro de 2024
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Vasco de Bettencourt de Faria Machado e Sampaio, Linhagens de Abreus, Universitária Editora, 1ª Edição, Lisboa, 1998. pg. 7.
- Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª dição, Braga, 1989. vol. I-pg. 46 (Abreus).
- MORENO, Humberto Baquero - A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e significado histórico. Lourenço Marques, 1973, p. 679.