Velho do Restelo – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Velho do Restelo é uma personagem introduzida por Luís de Camões entre as estrofes 94 e 104 do canto IV da sua obra Os Lusíadas.[1] O Velho do Restelo é variamente interpretado como símbolo dos pessimistas,[2] dos que não acreditavam no sucesso da epopeia dos Descobrimentos Portugueses, e surge na largada da primeira expedição à Índia com avisos sobre a odisseia que estaria prestes a acontecer:[3][4] No episódio, narra-se a partida de Vasco da Gama aos mares (a saída do porto, ainda em Portugal). Um ancião (o Velho do Restelo) põe-se então a acoimar as viagens e os ocupantes das naus, sob o argumento de que os temerários navegadores, movidos pela cobiça de fama, glória e riquezas, procuravam desastre para si mesmos e para o povo português.
Eis a arenga do Velho contra as viagens marítimas:
94
95
| 96
97
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- Os Lusíadas, Canto IV, 94-97[5]
Não se sabe ao certo qual o grau de assentimento de Camões à apóstrofe do Velho, havendo certa contradição entre, duma parte, a escrita de uma epopeia de grandes dimensões sobre as navegações, na qual se patenteia claro entusiasmo pelo empreendimento marítimo e, doutra parte, o discurso em questão, bem como alguns outros passos do poema, em que transpiram pessimismo e receio.[6]
Referências
- ↑ Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto IV, 94-97
- ↑ Vieira, Gastão, Entrevista, Tangará da Serra, MT: 1 de fevereiro de 2013.
- ↑ «Velho do Restelo». Infopédia. Consultado em 2 de maio de 2013
- ↑ «Velho do Restelo». CITI. Consultado em 2 de maio de 2013
- ↑ «Os Lusíadas de Luís de Camões». Tabacaria. Consultado em 2 de maio de 2013
- ↑ de Camões, Luís Vaz. «O Velho do Restelo». Os Lusíadas. PasseiWeb. Consultado em 2 de maio de 2013