Predicação verbal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Verbos transitivos

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Verbos transitivos são aqueles que necessitam de um complemento, podendo ser o complemento acompanhado de uma preposição ou não. Esse complemento é também chamado de objeto direto quando vem sem preposição e indireto quando vem com preposição.

Exemplos:

  • Rita gostou de ouvir aquela referência.
Machado de Assis, Esaú e Jacó,Capítulo XXXII: O aposentado
  • Dependia tudo do seu bom ou mau humor.
Aluísio Azevedo, O Coruja, Cap. II/III
  • Leonardo ama Thais loucamente.

Verbos intransitivos

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São os verbos que não exigem complemento mas que podem pedir um adjunto adverbial, todo verbo que possui apenas adjunto adverbial é um verbo intransitivo.[1]

  • Dormiu porém um sono agitado.
José de Alencar, O Tronco do Ipê,II/XVII
  • Eu vivi entre rochedos e espreitava o mar...
Fernando Pessoa, O Marinheiro

Verbos de ligação

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São os verbos que ligam o predicativo ao sujeito, uma palavra gramatical, relacional, como os conectivos (conjunção e preposição); por isso também chamado de verbo relacional.[2]

Exemplos:

  • A manhã estava abrasadora.
Eça de Queirós, O Primo Basílio, V
  • A vida de Amaro tornou-se monótona.
Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro, IX

Em orações desse tipo podem aparecer os verbos de ligação ser, estar, ou seus equivalentes citados acima, e o núcleo do predicado não é o verbo, mas sim o adjetivo que atribui uma característica (qualidade, condição, estado) ao sujeito. Pela simples função de ligar uma característica ao sujeito da oração os verbos de ligação têm esse nome.

  • O passarinho estava triste pela manhã.

Nesse caso, o substantivo "passarinho" é o núcleo do sujeito e "estava triste" um predicado nominal, já que "estava" é um verbo de ligação.

Referências

  1. Renato Aquino. Gramatica Objetiva Da Língua Portuguesa. CAMPUS - RJ; 2007. ISBN 978-85-352-2341-5. p. 166.
  2. Celso Pedro Luft. Moderna gramática brasileira. Editora Globo; 2002. ISBN 978-85-250-3621-6. p. 55.