Viacom (2005–2019) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre a empresa que existiu entre 2005 e 2019. Para empresa anterior, veja Viacom (1952–2006).
Viacom
Viacom (2005–2019)
Viacom (2005–2019)
One Astor Plaza, antiga sede da Viacom
Razão social Viacom Inc.
Empresa de capital aberto
Cotação
Atividade Conglomerado de mídia
Gênero Incorporation
Fundação 31 de dezembro de 2005 (18 anos)
Fundador(es) Sumner Redstone
Destino Se fundiu com a CBS Corporation para virar ViacomCBS
Encerramento 4 de dezembro de 2019 (4 anos)
Sede
Área(s) servida(s) Mundo
Locais
Proprietário(s) National Amusements, Inc. (80%)
Presidente Robert Bakish
Pessoas-chave
  • Sumner Redstone
  • (Chairman Emérito)
  • Thomas J. May
  • (Chairman)
  • Robert Bakish
  • (Presidente e CEO)
Empregados 11,200 (2017)
Produtos Televisão a cabo, radiodifusão, rádio, publicação, filmes e portal de internet
Divisões
Subsidiárias
Lucro Baixa US$1.438 bilhões (2016) [1]
Faturamento Baixa US$12.488 bilhões (2016) [1]
Antecessora(s)
Sucessora(s) Paramount Global
Website oficial www.viacom.com

Viacom (/ˈvəkɒm/ VY-ə-kom ou /ˈvəkɒm/ VEE-ə-kom; uma abreviação de Video & Audio Communications) foi um conglomerado de mídia estadunidense com operações televisivas e cinematográficas ao redor do mundo, sendo o quarto maior conglomerado dentro da segunda maior indústria do entretenimento no mundo.[2] O grupo foi fundado em 2005, após a divisão da primeira Viacom em duas empresas: a CBS Corporation e a nova Viacom.

A Viacom, como empresa de entretenimento, tinha como principais unidades a Viacom Media Networks, a Viacom International Media Networks e a Paramount Pictures.

Em 5 de dezembro de 2019, a Viacom se fundiu novamente com a CBS Corporation para formar a ViacomCBS, atualmente Paramount Global.

Subsidiárias

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Linha evolutiva da Paramount
1912 Paramount Pictures é fundada
1927 CBS é fundada
1929 Paramount adquire 49% da CBS
1932 Paramount vende sua participação na CBS
1950 Desilu é fundada e a CBS distribui seus programas de televisão
1952 CBS cria a subsidiária CBS Television Film Sales
1958 CBS Television Film Sales renomeada como CBS Films
1966 Gulf+Western compra a Paramount
1968 Gulf+Western adquire a Desilu e a rebatiza como Paramount Television & CBS Films se torna CBS Enterprises
1970 CBS Enterprises renomeada como Viacom
1971 Viacom é separada da CBS como uma empresa independente.
1985 Viacom adquire totalmente a Showtime/The Movie Channel, Inc. e a MTV Networks
1986 National Amusements adquire a Viacom
1989 Gulf+Western muda para Paramount Communications
1994 Viacom adquire a Paramount Communications
1995 Westinghouse adquire a CBS
1997 Westinghouse se rebatiza como CBS Corporation
1999 Viacom adquire a CBS Corporation
2001 Viacom adquire a BET Networks
2006 Viacom se divide com a CBS Corporation
2019 CBS Corporation e Viacom se fundem novamente para formar a ViacomCBS
2022 ViacomCBS muda seu nome para Paramount Global

Em março de 2005, a Viacom anunciou planos de dividir-se em duas empresa de capital aberto. A empresa não só lidou com uma estagnação do preço das ações, mas também a rivalidade entre Leslie Moonves e Tom Freston, chefes da CBS e da MTV Networks.

Após a saída de Mel Karmazin, em 2004, Redstone, virou presidente e CEO, e decidiu dividir as funções de Presidente e CEO entre Moonves e Freston.

A cisão foi aprovada pelo conselho de administração da Video and Audio Communications em 14 de junho de 2005, e efetivamente desfez a fusão Viacom/CBS de 1999. A Viacom original mudou seu nome para a CBS Corporation. Esta incluiu a CBS, UPN (atual The CW), Infinity Broadcasting (atual CBS Radio) , Simon & Schuster, Viacom Outdoor, Showtime, a CBS Records, Paramount Television e maior parte da produção televisiva. Uma nova empresa, a Viacom, também foi separada e inicialmente dirigida por Freston. A nova Viacom compreendia a MTV Networks, BET Networks, e o estúdio Paramount Pictures. Essas unidades são classificadas como empresas de alto crescimento, particularmente MTV e BET Networks, e foram divididas em uma empresa separada, que poderia infundir novo capital para permitir futuras aquisições e expansão.[3]

Em junho de 2005, a Viacom anunciou a compra de Neopets, um site de animais de estimação virtuais.[4] Em dezembro daquele ano, a Paramount anunciou que iria comprar a DreamWorks.[5]

Em 1 de fevereiro de 2006, a Paramount concluiu a sua tão esperada aquisição da DreamWorks. Em 24 de abril, a Viacom comprou Xfire.[6] Em agosto, apenas horas antes de anunciar sua mais recente lucro trimestral, a Viacom anunciou que tinha adquirido Atom Entertainment por U$200 milhões.[7] Em setembro, a Viacom, adquiriu a desenvolvedora de jogos Harmonix por U$ 175 milhões.

Em fevereiro de 2007, a Viacom ordenou que o YouTube retirasse videoclipes por razões de direitos autorais. Em 21 de fevereiro, a Viacom anunciou publicamente que estariam oferecendo acesso gratuito online para seu próprio material através da Joost graças a um acordo completo de licenciamento de conteúdo.[8]

Em 21 de maio, a Viacom entrou em uma associação com a empresa indiana de mídia Global Broadcast News para formar Viacom18, que abriga canais da Viacom na Índia - MTV, VH1 e Nick, bem como da Network18, produtora cinematográfica de Bollywood. Todo o conteúdo da Viacom para a Índia e os novos empreendimentos, como um canal de entretenimento hindi e um canal de filmes hindi seriam alojados na joint venture.[9]

Em 31 de maio, a Viacom vendeu Famous Music, catálogo musical que inclui Shakira, Eminem, Akon, Boyz II Men, Placebo e P.O.D., para Sony/ATV Music Publishing por U$ 370 milhões. A Viacom alegou que vendeu Famous Music, pois não enquadra em seu foco, canais a cabo e produção de filmes).[10]

Em 19 de dezembro, a Viacom, assinou por cinco anos, contrato de U$ 500 milhões com a Microsoft que inclui compartilhamento de conteúdo e publicidade, licenças de muitos shows e filmes para uso no Xbox e MSN. O acordo também fez a Viacom um parceiro-editor para desenvolvimento de jogos e distribuição através do MSN e do Windows. Além disso, a Microsoft comprou uma grande quantidade de publicidade nas propriedades da Viacom. Finalmente, a Microsoft também vai colaborar em promoções e patrocínios para premiações da MTV e BET.[11]

Em 4 de dezembro, três semanas antes do Natal, a Viacom anunciou demissões de 850 funcionários, 7% de sua força de trabalho.

No final do ano, a Time Warner Cable, juntamente com a Bright House Networks, e a MTV Networks da Viacom não puderam chegar a um acordo para a renovação de todos os canais da Viacom para além do final do ano. A partir de 1 de janeiro de 2009, a Time Warner Cable parou de transmitir o sinal dos canais da Viacom.[12]

Em 7 de dezembro, a Viacom vendeu sua participação na MTV Brasil para o Grupo Abril, juntamente com direitos sobre a marca. O valor do negócio não foi anunciado[13]

Em julho o Grupo Abril devolve a marca MTV Brasil para a Viacom, que relançou o canal exclusivamente para TV por assinatura no dia 1 de outubro.

Em abril, compra 51% do grupo Porta dos Fundos. Os antigos sócios ficam com 49% das ações, exceto a Joá Investimentos, de Luciano Huck, que vendeu a sua parte (16%) a empresa americana.[14]

Em 13 de agosto, foi anunciada uma proposta de fusão com a CBS Corporation, criando a ViacomCBS.[15] Em 4 de dezembro, a fusão foi concluída.

Referências

  1. a b «Financial Statements for Viacom, Inc. - Google Finance». Consultado em 17 de fevereiro de 2017 
  2. «Fortune 500 Entertainment». Consultado em 30 de maio de 2010 
  3. Georg Szalai (15 de junho de 2005). «Divisão da Viacom simboliza o fim de uma era» 
  4. Bloomberg News (21 de junho de 2005). «MTV da Viacom compra Neopets por U$ 16O mil». Consultado em 29 de maio de 2010 
  5. GERALDINE FABRIKANT e SHARON WAXMAN (9 de dezembro de 2006). «Paramount irá comprar DreamWorks». 9 de dezembro de 2006. Consultado em 29 de maio de 2010  line feed character character in |autor= at position 20 (ajuda)
  6. Sandy Brown (24 de abril de 2006). «Viacom compra Xfire». Consultado em 29 de maio de 2010 
  7. Frank Ahrens (10 de agosto de 2006). «Unidade MTV da Viacom adquire Atom Entertainment». Consultado em 29 de maio de 2010 
  8. Reuters. «Empresas de mídia golpeiam Youtube para política anti-pirataria». 19 de fevereiro de 2007. Consultado em 29 de maio de 2010. Arquivado do original em 3 de novembro de 2012 
  9. «Viacom e Network18 completam joint-venture na Índia: Viacom18». 7 de novembro de 2007 
  10. Yinka Adegoke (30 de maio de 2007). «Viacom irá vender Famous Music para Sony/ATV». 30 de maio de 2007. Consultado em 28 de maio de 2010 
  11. «Viacom e Microsoft anunciam um longo prazo de conteúdos digitais e parceria publicitária». 02/01/08. 19 de Dezembro de 2007. Consultado em 29 de maio de 2010 
  12. RYAN NAKASHIMA (31 de dezembro de 2008). «Time Warner Cable perde Viacom». 31 de dezembro de 2008. Consultado em 29 de maio de 2010 
  13. «Abril compra ações da Viacom na MTV Brasil». 7 de dezembro de 2009. Consultado em 30 de maio de 2010 
  14. de Sá, Nelson (19 de abril de 2017). «Dona da MTV compra Porta dos Fundos e quer internacionalizar grupo». Folha de S.Paulo. Consultado em 30 de abril de 2017 
  15. https://www.foxbusiness.com/media/cbs-viacom-merger-agreement

Ligações externas

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