Victor Berbara – Wikipédia, a enciclopédia livre
Victor Berbara | |
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Nome completo | Victor Costa Berbara |
Nascimento | 10 de junho de 1928 Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 7 de março de 2021 (92 anos) Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Ocupação | Diretor de teatro, compositor, publicitário, produtor de televisão |
Cônjuge | Amália Berbara |
Victor Berbara (Rio de Janeiro, 10 de junho de 1928 – Rio de Janeiro, 7 de março de 2021)[1] foi um diretor de teatro, cinema, rádio e televisão, publicitário, psicologo e advogado brasileiro.[2]
Produtor responsável por implementar os musicais americanos da Broadway no Brasil, tais como: Minha Querida Dama – 1962 (My Fair Lady), Alô, Dolly! – 1965 (Hello, Dolly!) Promisses, Promisses – 1970, Evita – 1983.[2][3]
Careira e biografia
[editar | editar código-fonte]O teatro não foi a primeira opção profissional de Victor Berbara. Para atender a um desejo da família, ele estudou um ano de Medicina para, em seguida, trocar o curso pelo de Psicologia da Columbia University, de Nova York, formando-se em 1949. No Brasil, já formado em psicologia, cursou uma segunda faculdade, a de Direito, concluída em 1952 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em 1954, concluiu o curso de mestrado de direito, na mesma universidade.[1] Chegou a trabalhar como advogado, mas teve sucesso mesmo quando tornou-se publicitário.[3]
Para a Rádio Nacional, fez versões de sucessos americanos para o "Um milhão de Melodias"; considerado o mais famoso programa musical do rádio brasileiro, estreando em janeiro de 1943 e ficando no ar até 1953,[3] atração dirigida por Victor Costa.[1][4] Logo após passou a escrever novelas para a Rádio Globo.[3] Em 1962, encerrou sua participação na Rádio Nacional e produziu sua versão do musical "My Fair Lady", que ficou cinco anos em cartaz, em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.[1]
Posteriormente, na televisão, em 1953, dirigiu o primeiro programa semanal da TV Record, “Repto aos Universitários”.[1] Ainda criou o primeiro programa humorístico da TV carioca “Aí vem dona Isaura”, na TV Rio, com o humorista Chico Anysio, no ano de 1958.[3][1] Ainda produziu teleteatros que ganhavam em audiência do programa concorrente “Grande Teatro Tupi”, da TV Tupi.[3][5]
Compôs diversas canções com diferentes compositores, cantadas por vários interpretes tais como: Cauby Peixoto, Dóris Monteiro, Ivan de Alencar, Rosita Gonzales e Dick Farney.[6]
Como publicitário, em 1956, fundou a agência Century Publicidade, e conquistou clientes importantes, como: Toddy, Piraquê, Casas José Silva, Lojas Cássio Muniz, Ciga Geigy-Laboratório de Medicamentos e outros.[1] Entre 1966 e 1967 dirigiu a TV Tupi-Rio, sendo também foi presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade.[1]
Foi dono do estúdio de dublagem VTI Rio, criado em 1987.[3][1]
Em 2008, foi lançado o livro Victor Berbara: o homem das mil faces, sua biografia escrita por Tânia Carvalho; o título da obra é uma referência aos diferentes campos profissionais nos quais Berbara trabalhou.[1][7]
Prêmio
[editar | editar código-fonte]Em 2014 Victor Berbara, pelos serviços prestados ao teatro musical no Brasil, recebeu a Medalha Arthur Azevedo do Prêmio Bibi Ferreira, a mais importante premiação do teatro musical do Brasil; ocorrida na cidade de São Paulo, no dia 13 de outubro de 2014.[8][9]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j «Victor Berbara». Museu da TV-Pró TV. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ a b VICTOR Berbara. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa404520/victor-berbara>. Acesso em: 12 de Jul. 2019. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
- ↑ a b c d e f g Artur Xexéo (10 de novembro de 2012). «Victor Berbara: aos 84 anos, legítimo dono do título de rei dos musicais faz balanço da carreira. O produtor que montou 'My fair lady' no Brasil, há meio século, só vai ao teatro como espectador». Jornal O Globo. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ Maria Cristina Brasil (29 de setembro de 1970). «Victor Berbara: O dono da comédia musical (coluna Hoje em Dia)» 23760 ed. Jornal Correio da Manhã. p. 2. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ Livro Vera Nunes - Raro Talento, página 112 Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - acessado em 28 de fevereiro de 2021
- ↑ «Victor Berbara: Artista». Instituto Memória Musical Brasileira-IMMuB. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ CARVALHO, Tânia (2008). Victor Berbara: o homem das mil faces (Coleção Aplauso) 1ª ed. São Paulo: da Imprensa Oficial de São PaulO. ISBN 857060596X
- ↑ «Prêmio Bibi Ferreira, 2ª Edição 2013/2014». Prêmio Bibi Ferreira. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ «Prêmio Bibi Ferreira 2014: Vencedores». Botequim Cultural. Consultado em 12 de junho de 2019