Vintém – Wikipédia, a enciclopédia livre
Vintém, palavra derivada de vinteno, através do fenômeno linguístico da contração. Nesse sentido foi usada para designar uma antiga moeda de valor de 20 réis,[2] em Portugal e no Brasil. Em Portugal correspondeu depois a 2 centavos com a introdução do escudo (1000 reis = 1 escudo).
No Brasil correspondeu à vigésima parte do cruzado (moeda de ouro com valor de face de 400 réis[2]). Deixou de ter curso legal em 1942 com o advento do Cruzeiro. Porém o real (réis) passou a ser um sinônimo de cruzeiro.
O vintém de cobre foi cunhado no Brasil de 1693 até aproximadamente 1832. Foram cunhados vinténs de bronze por D. Pedro II do Brasil de 1868 até 1870 e durante a República, de 1889 a 1912. O vintém de cobre produzido no Rio de Janeiro de 1889 até 1912 é facilmente reconhecido por conter em seu reverso os dizeres "vintém poupado vintém ganho." [3] Os últimos vinténs contendo cobre foram produzidos de 1918 a 1935, em cuproníquel.[1] As datas de cunhagem não correspondem à circulação efetiva das moedas, pois só se cunhava para suprir necessidades monetárias.
Houve também um vintém em prata, cunhado de 1695 a 1699 apenas.[1] Vinténs em ouro nunca existiram, mas houve um famoso Vintém de Ouro, que na verdade era de cobre, valia 37,5 réis, e era usado para comprar 1 vintém (unidade de massa) de ouro na região das Minas Gerais.
Na cultura popular, uma pessoa que está sem nenhum vintém está relativamente sem dinheiro. Também foi frequente a expressão não vale nem um vintém, isto é, não tem valor, vale pouca coisa.
A criação de um imposto de um vintém sobre os preços da passagem de bonde gera um movimento popular conhecida como Revolta do Vintém.
Referências
- ↑ a b c AMATO, Claudio; NEVES, Irlei S.; RUSSO, Arnaldo (2004). Livro das moedas do Brasil. 1643 a 2004 11 ed. São Paulo: Stampato
- ↑ a b Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa 3.0.
- ↑ Maldonado, Rodrigo (2020). Livro Bentes das Moedas do Brasil 7 ed. Brasil: MBA Editores. ISBN 9788890693342