Dicionário – Wikipédia, a enciclopédia livre

Dicionário é uma compilação de palavras ou dos termos próprios, ou ainda de vocábulos de uma língua, quase sempre dispostos por ordem alfabética e com a respectiva significação ou a sua versão em outra língua. Cada dicionário possui classificações em harmonia com objetivos e finalidades didáticas aos quais se compromete em abranger. Isso muito se deve a uma constante necessidade de atender aos diversificados níveis e áreas de conhecimento, o que resulta na minuciosa classificação dos diferentes dicionários disponíveis que conhecemos hoje.

O dicionário pode ser mais específico e tratar dos termos próprios de uma ciência ou arte.
Origem
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Os dicionários remontam aos tempos antigos. Acredita-se que o dicionário tenha se originado na Mesopotâmia por volta de 2 600 a.C., feito em tabletes com escrita cuneiforme, ele informava repertórios de signos, nomes de profissões, divindades e objetos usuais, que funcionavam como dicionários unilíngues.
Os gregos no século I criaram os léxicons[1][2] para catalogar os usos das palavras da língua grega. Os gregos e os romanos já os utilizavam para esclarecimentos de dúvidas, termos e conceitos. Todavia, não eram organizados em ordem alfabética. Limitavam-se às definições de termos linguísticos ou literários. Foi somente no fim da Idade Média que houve o surgimento de dicionários e glossários organizados alfabeticamente. Quando as glosas desses manuscritos latinos tornaram-se numerosas, os monges as ordenaram alfabeticamente para facilitar a localização. Com isso, surgiu uma primeira tentativa de dicionário bilíngue latim-vernáculo. Com o advento da imprensa, no século XV, alavancou-se a difusão e o uso de novos dicionários. O estilo de dicionário que usamos atualmente foi incorporado no renascimento com o objetivo de traduzir as línguas clássicas para as modernas em função da Bíblia.[3]
Dicionário bilíngue
[editar | editar código-fonte]O dicionário bilíngue, Português – Latim, com o título “Dictionarium ex Lusitanico in Latinum Sermonem” é considerado o primeiro dicionário da língua portuguesa com 12064 verbetes, reeditado em 1569 com mais 728 entradas. É de autoria de Jerónimo Cardoso (c. 1510-1569) e foi publicado em 1569. No entanto, existe notícia de documentos anteriores a esta data, os quais se consideram perdidos, são estes o “Vocabulario Portuguez muy copioso com declaração da Origem de cada Vocabulo e de que língua emanou” de Duarte Nunes de Leão (c.1530-c.1608), e o “Dictionarium Lusitanum et Latinum” atribuído a Francisco Sanches de Castilho (c. 1558).[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Wikcionário
- Dicionário eletrônico
- Dicionário histórico da Suíça
- Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira
- Glossário
- Enciclopédia
Referências
- ↑ HOUAISS, Antônio (2009). Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 3.0. [S.l.]: Editora Objetiva. "léxicon"
- ↑ «Léxicon». Michaelis On-Line. Consultado em 3 de junho de 2021
- ↑ «Primeiro Dicionário». Consultado em 27 de março de 2008. Arquivado do original em 2 de abril de 2008
- ↑ Verdelho, Telmo. Dicionários Portugueses, Breve História.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Help! Sistema de Consulta Interativa, Língua Portuguesa, pgs 30-3.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Dicionários: Obras:
Dicionários: On-line
- Dicionario-aberto
- Dicionários-On-line.com
- Dicionário de Português
- Dicionário Priberam da Língua Portuguesa(Portugal)
- Infopédia:Dicionário Língua Portuguesa On-Line - Porto Editora(Portugal)
Dicionários: Outras línguas
- Europeana.eu
- «Browse Language and Culture Archives» (em inglês)
- «Dictionary.reference.com». (em inglês)
Traduções