Vonones I – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Vonones I
Vonones I
Αργυρό τετράδραχμο 27 χλστ., 14,27 γραμ. Εμπρός όψη: κεφαλή Βονώνη Α΄. Πίσω όψη: η Τύχη (κρατά κέρας αφθονίας) δίνει κλάδο φοίνικα στον καθήμενο βασιλιά, επιγ. ΒΑΣΙΛΕΩΣ ΒΑΣΙΛΕΩΝ - ΑΡΣΑΚΟΥ - ΕΥΕΡΓΕΤΟΥ ΔΙΚΑΙΟΥ - ΕΠΙΦΑΝΟΥΣ ΦΙΛΕΛΛΗΝΟΣ, ΓΟΡ[πιαίος] μήνας, ΤΚΓ΄ = 323 = 12 μ.Χ. Κόπηκε στη Σελεύκεια επί του Τίγριτος.
Nascimento século I a.C.
Morte 19
Cilícia romana (Império Romano)
Progenitores
Filho(a)(s) Meerdates
Irmão(ã)(s) Fraates V
Ocupação soberano

Vonones I também denominado Vonones I de Pártia foi um rei do Império Parta e governante da Arménia. Ele foi rei após o assassinato de Orodes III da Pártia, mas disputou o reino com Artabano II da Pártia e foi deposto. Ele governou a Arménia no período dividido entre o Império Romano e o Império Parta, tendo governado sob o protectorado romano entre 15 e 16 e entre 16 e 18 como rei nominal. Foi antecedido na Arménia por Artavasdes V e foi sucedido por Artaxias III.

Vonones é a latinização do parta Va(u)nã (Wah(u)nām)[1] ou Vo(u)nã (Woh(u)nām), que significa "aquele com a melhor reputação" (de beh / veh, "melhor", e nām, "reputação"). É possível que esse nome tenha se originado no iraniano antigo *vahu-nāman-.[2] Foi registrado em siríaco como Benã (Behnām),[3] em armênio como Vonom (Վոնոն, Vonon)[4] e em grego como Onones (ΟΝΩΝΗΣ, Onōnēs) em moedas,[1] Vonones (Βονώνης, Bonṓnēs), Uonones (Ουονώνης, Ouonónēs) em textos clássicos,[4] Goanã (Γοανναμ, Goannam) em fontes epigráficas.[2][5]

Rei da Pártia

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Fraates IV da Pártia tinha vários filhos legítimos, e uma concubina italiana de nome Termusa, presente de Júlio César.[6][Nota 1] Fraates e Termusa tinham um filho, Fraataces, e Termusa, querendo que seu filho sucedesse o pai, convenceu Fraates IV a enviar seus filhos legítimos como reféns para Roma.[6] Fraataces, porém, não quis esperar a morte do pai, e, com ajuda da mãe, o assassinou, tomando a mãe por amante em seguida.[6] Os persas, indignados pelo parricídio e pela amor não natural entre filho (Fraates V da Pártia) e mãe os expulsaram, e ele morreu.[6] Não querendo ficar sem reis, e precisando de um descendente de Ársaces I da Pártia, eles chamaram Orodes, porém este era muito cruel e foi assassinado.[6] Em seguida, chamaram, de Roma, Vonones, mas rapidamente mudaram de ideia, não querendo ser governados por alguém que foi escravo (pois os partos chamavam os reféns de escravos), convidaram Artabano II da Pártia, que era descendente de Ársaces e rei da Média, para ser seu rei.[6]

Guerra com Artabano

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Houve guerra entre as duas facções e, inicialmente, a maioria dos partos estavam com Vonones, que derrotou Artabano, que fugiu para as montanhas da Média.[6] Mais tarde, Artabano reuniu um grande exército, e derrotou Vonones, que fugiu para a Armênia.[6]

Rei da Arménia

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Vonones queria governar a Armênia, e enviou embaixadores a Roma, mas Tibério recusou, diante da ameaça do rei dos partos.[6] Vonones foi enviado a Silano, governador da Síria, e a Armênia foi governada por Orodes, filho de Artabano.[6]

Notas e referências

Notas

  1. Júlio César é o imperador romano Augusto

Referências

  1. a b Hopkins 2021.
  2. a b Weber 2024.
  3. Gignoux, Jullien & Jullien 2009, p. 54.
  4. a b Justi 1895, p. 376.
  5. Weber 2023.
  6. a b c d e f g h i j Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 2, Agora Herodes e Filipe constroem várias cidades em honra a César. Sobre a sucessão dos sacerdotes e procuradores, e o que aconteceu com Fraates e os partas, 4
  • Gignoux, Philippe; Jullien, Christelle; Jullien, Florence (2009). Iranische Namen in semitischen Nebenüberlieferungen Faszikel 5: Noms propres Syriaques d'Origines Iranienne. Viena: Academia Austríaca de Ciências 
  • Justi, Ferdinand (1895). «Wardān». Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung