Agepê – Wikipédia, a enciclopédia livre

Agepê
Agepê
Agepê na década de 70
Informações gerais
Nome completo Antônio Gilson Porfírio
Nascimento 10 de agosto de 1943
Local de nascimento Rio de Janeiro, DF
Morte 30 de agosto de 1995 (52 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Instrumento(s) vocais

Antônio Gilson Porfírio, mais conhecido como Agepê (Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1943 – Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1995), foi um cantor e compositor brasileiro.

O nome artístico decorre da pronúncia fonética das iniciais do nome de batismo do cantor, "AGP".[2]

Passou a infância no Morro do Juramento, zona norte do Rio.[3] Ficou orfão de pai ainda criança e teve que ir à luta cedo para ajudar a mãe, que era faxineira.[3] Na adolescência, foi office-boy na Embaixada da Alemanha, enquanto completava os estudos na Escola Técnica Nacional.[4] Aos 18 anos, ingressou na Aeronáutica, de onde foi expulso pouco tempo depois, devido à insubordinação e às fugas do quartel para namorar.[4]

Antes da fama, trabalhou como transportador de bagagem onde era conhecido como "Ripinha" e também foi técnico projetista da extinta TELERJ, a que abandonaria para se dedicar à carreira artística.[2]

A carreira fonográfica teve início em 1975, quando lançou o compacto com a canção "Moro Onde Não Mora Ninguém", primeiro sucesso dele[3][5], com 950 mil cópias vendidas[4], que seria regravada posteriormente por Wando.

Entre 1975 e 1981, lançou sete discos.[4] Nove anos depois, lançou o sucesso estrondoso "Deixa Eu Te Amar" (Agepê, Ismael Camillo e Mauro Silva)[5], que fez parte da trilha sonora da telenovela Vereda Tropical, de Carlos Lombardi. O disco Mistura Brasileira, que continha esta canção, foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas[4] (vendeu um milhão e meio de cópias). A carreira destacou-se por um estilo mais romântico, sensual e comercial, em que fez escola.

Foi integrante da ala dos compositores da Portela[2][3] onde, nas disputas pela escolha do samba-enredo, chegou às finais em cinco ocasiões e, em todas elas, amargou o segundo lugar, portanto nunca venceu na Magestade do Samba..[4]

Contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião, e teve no compositor Canário o mais frequente parceiro[4]. Na sua voz, tornaram-se consagradas inúmeras composições da dupla, como "Menina dos cabelos longos", "Cheiro de primavera", "Me leva", "Moça criança", dentre outras. Também regravou "Cama e Mesa", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com grande sucesso.

Após o sucesso de Mistura Brasileira, Agepê lançou mais nove discos, além de coletâneas.[4] Agepê gostava de se apresentar de terno de cetim branco e sapato de cromo da mesma cor.[3]

No dia 27 de agosto de 1995, o músico foi internado na Clínica São Bernardo (RJ) por conta de uma úlcera agravada pelo diabetes, entrando, no dia seguinte, em coma profundo. Faleceu no dia 30 de agosto de 1995 e foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju (RJ).[6]

  • Moro Onde Não Mora Ninguém (1975)
  • Agepê (1977)
  • Canto De Esperança (1978)
  • Tipo Exportação (1978)
  • Agepê (1979)
  • Agepê (1981)
  • Mistura Brasileira (1984) - 1 500 000 de cópias vendidas.
  • Agepê (1985)
  • Agepê (1986)[7]
  • Agepê (1987)
  • Canto Pra Gente Cantar (1988)
  • Cultura Popular (1989)
  • Agepê (1990)
  • Me Leva (1992)
  • Feliz Da Vida (1994)
  • Maxximum (Sony BMG, 2005)

Referências

  1. Tárik de Souza (2003). Tem mais samba: das raízes à eletrônica. [S.l.]: Editora 34. 18 páginas. 9788573262872 
  2. a b c Cidade (31 de agosto de 1995). «Morreram». Jornal do Brasil, ano CV, edição 145, página 21/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  3. a b c d e «Cantor Agepê nascia há 73 anos no Rio de Janeiro». EBC. 10 de agosto de 2015. Consultado em 10 de abril de 2023 
  4. a b c d e f g h Globo, Acervo-Jornal O. «Ídolo do 'sambão-joia', Agepê foi o primeiro a vender 1 milhão de discos». Acervo. Consultado em 10 de abril de 2023 
  5. a b «Duda Beat traz o maior sucesso do sambista Agepê para o universo pop brega». G1. Consultado em 10 de abril de 2023 
  6. «Multidão enterra Agepê com samba». Jornal do Brasil, ano CV, edição 146, página 17/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 1 de setembro de 1995. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  7. «Agepê tem reeditado em CD o álbum que gravou em 1986 com o produtor Rildo Hora». G1. Consultado em 10 de abril de 2023 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]