Lhama – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Lama | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Lama glama (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
A lhama (português brasileiro) ou lama (português europeu) (Lama glama), do quíchua llama, é um mamífero ruminante da América do Sul, da família dos camelídeos, género Lama. É um animal de pelagem longa e lanosa, domesticado para a utilização no transporte de carga e na produção de lã, carne e couro.
A lhama é relacionada com o guanaco, a vicunha e a alpaca.[1] Foram domesticadas pelo povo inca, tendo sido muito importantes para o desenvolvimento desse povo.[2]
As lhamas vivem na cordilheira dos Andes, onde as temperaturas são baixas. Assim, as pelagens servem para protegê-las do frio, além de arranhões e outros ferimentos. A lhama é conhecida pela sua natureza calma, muitas vezes andando devagar, porém pode se irritar facilmente: por este motivo, foi considerada o oitavo animal mais irritável do mundo segundo o canal Animal Planet.[3] Quando irritada ou para chamar a atenção, espirra seu muco na direção do objeto de sua irritação.
As palavras lama e lhama são substantivos uniformes, comuns de dois gêneros, portanto tanto se pode dizer a lhama, o lhama, a lama ou o lama.
A Bolívia é o país em que se concentra o maior número de lhamas, com mais de dois milhões de indivíduos. Estes animais conseguem sobreviver em locais onde não são encontrados outros animais. Muitas vezes os lhamas são associados a ovelhas e com elas são colocados para pastar em locais onde não é possível haver agricultura. Além disso, os lhamas são usados para transporte de mercadorias, e também são utilizadas a sua carne, o couro, as fibras e o estrume para cozinhar alimentos e como fertilizante natural.
O uso têxtil das fibras retiradas desses animais é cultural e acredita-se que se iniciou há 2 500 anos. Os produtos deste mamífero doméstico constituem o principal meio de apoio para produtores e com a escassez de recursos nos países centrais da América do Sul incluindo Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Chile, tornou-se uma fonte de sobrevivência. O uso de fibras produzidas pelos espécimes selvagens ainda é limitado, mas é potencialmente importante para a sobrevivência de algumas populações. Estima-se que a produção de lhamas beneficia 37.000-50.000 famílias de produtores em locais escassos de recursos. No entanto, esta produção ainda não representa uma forma direta de reduzir a pobreza e marginalização dos seus produtores.
O lhama tem pelagem longa e lanosa, a coloração varia bastante indo desde o branco, marrom e chegando a tons mais escuros, alimenta-se de capim e mato. Estes animais medem de 1,40 m a 2,4 m contando com a cauda de 25 cm e chegam a pesar 150 kg. A gestação dura 11 meses e nasce normalmente um filhote chegando a pesar 11 kg. Os adultos chegam a viver até 24 anos.
Usos na medicina
[editar | editar código-fonte]Médicos e pesquisadores determinaram que os lhamas possuem anticorpos que seriam adequados para o tratamento de certas doenças.[4] Cientistas vem estudando de que forma os lhamas poderiam contribuir na luta contra os coronavírus, incluindo MERS e o SARS-CoV-2 que causa o COVID-19.[5][6]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Cama (animal) — híbrido de lhama com dromedário
- Alpama — híbrido de lhama com alpaca
Referências
- ↑ National Geographic Brasil. «qual-e-a-diferenca-entre-uma-lhama-e-uma-alpaca». Consultado em 28 de junho de 2023
- ↑ BBC. «Sucesso da civilização inca se deve a dejetos de lhamas, diz estudo». Consultado em 28 de junho de 2023
- ↑ Animal Planet. «Llama : Top 10 Animal Hissy Fits» (em inglês). Consultado em 19 de junho de 2009
- ↑ Kramer, Jillian (6 de maio de 2020). «Hoping Llamas Will Become Coronavirus Heroes». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331
- ↑ Cantor, Matthew (17 de maio de 2020). «Llama antibodies could help fight coronavirus, study finds». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077
- ↑ «Here's How Llamas Could Help Scientists Get Closer to Stopping the Coronavirus Pandemic». Health.com (em inglês). Consultado em 10 de julho de 2020