Andrew Cunningham – Wikipédia, a enciclopédia livre
O Visconde Cunningham de Hyndhope | |
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Nome completo | Andrew Browne Cunningham |
Apelido | "ABC" |
Nascimento | 7 de janeiro de 1883 Dublin, Leinster, Irlanda, Reino Unido |
Morte | 12 de junho de 1963 (80 anos) Londres, Inglaterra, Reino Unido |
Progenitores | Mãe: Elizabeth Browne Pai: Daniel John Cunningham |
Cônjuge | Nona Byatt |
Serviço militar | |
Serviço | Marinha Real Britânica |
Anos de serviço | 1897–1946 |
Patente | Almirante de Frota |
Conflitos | Segunda Guerra dos Bôeres Primeira Guerra Mundial Segunda Guerra Mundial |
Condecorações | Ordem do Cardo-selvagem Ordem do Banho Ordem do Mérito Ordem de Serviços Distintos e outras |
Andrew Browne Cunningham, 1º Visconde Cunningham de Hyndhope KT GCB OM DSO (Dublin, 7 de janeiro de 1883 — Londres, 12 de junho de 1963) foi almirante-de-esquadra da Marinha Real Britânica na Segunda Guerra Mundial.
Andrew comandou um destróier na Primeira Guerra Mundial e foi condecorado com a Ordem de Serviços Distintos pelas suas contribuições nas campanhas de Dardanelos e do Báltico. Também liderou as forças navais britânicas em várias vitórias importantes como comandante-em-chefe da Frota do Mediterrâneo na Segunda Guerra Mundial.
Carreira Militar
[editar | editar código-fonte]Pôs os pés em um navio em 1897, com pouco mais de 14 anos, de origem humilde, seu pai era professor de anatomia no Trinity College em Londres e a família vivia na Irlanda. Seu pai através de contatos conseguiu uma oportunidade de ingressá-lo na Marinha Real.
Passaria por muitos navios, como guarda-marinha no cruzador Doris, participou da campanha sul-africana e foi protagonista do desembarque em Capetown, com a famosa Brigada Naval.
Na Primeira Guerra Mundial, comandava o contra-torpedeiro "Scorpion", quando foi chamado para proteger as ações desembarque, limpando o estreito dos obstáculos de minas e protegendo as ações de desembarque na Batalha de Galipolli.[1]
Entre 1918 e 1919, Cunningham esteve no comando dos contratorpedeiros que constituíam a Dover Patrol. Tomou parte no bloqueio de Zeebrugge, entrando no mar Báltico, por esta ação foi reconhecido com a condecoração Cruz de Guerra Belga.
Batalha de Creta (Maio de 1941)
[editar | editar código-fonte]Na manhã de 20 de maio de 1941, a Alemanha Nazista lançou uma invasão aérea sobre a ilha de Creta, sob o nome código Operação Mercúrio. Apesar das enormes baixas, o aeródromo de Maleme caiu em poder dos alemães e que permitiria uma base avançada para atacar as forças aliadas.
Após uma semana de intensos combates, os comandantes britânicos decidiram que a situação era desesperadora e ordenou a retirada de Sfakiá. Durante as quatro noites seguintes, 16 000 soldados foram evacuados para o Egito por navios (incluindo HMS Ajax, e uma série de navios menores. Sem cobertura aérea, os navios da frota de Cunningham sofreram pesadas perdas. Perderam-se três cruzadores, seis destróiers e quinze dos navios importantes formam danificados. Durante o esforço da retirada, Cunningham, pronunciou a célebre frase, que ficaria famosa na Marinha Britânica:
"Leva-se três anos para construir um navio, e três séculos para construir uma tradição"[2]
Depois da rendição da Itália, tornou-se Primeiro Lord do Almirantado. Como tal, recebeu a missão de eliminar, juntamente com os americanos os remanescentes da frota nazista e desencadear os últimos ataques ao Japão. Foi sua última operação de guerra, mas conduzida de tal forma que ao final da ação, o Rei George VI conferiu-lhe a Ordem do Cardo e nomeou-o Baronete.
Referências
- ↑ Esta ação o qualificou para receber a Distinghished Service Order, a primeira de uma série se condecorações que receberia posteriormente.Os Generais Aliados, Editora Três, 1974 "Biografia Os Grande nomes de nossa época" Pag. 29
- ↑ Churchill, Winston, a Segunda Guerra Mundial, volume III, "O Grande Aliança", Capítulo XVI Creta: A Batalha. P265
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Churchill, Winston. The Second World War Volume III. [S.l.]: Penguin paperback. ISBN 0-141-44174-7
- Cunningham, Andrew (1952). Admiral A.B. Cunningham, A Sailor’s Odyssey. [S.l.]: Hutchinson & Co, London
- Edwards, Bernard (1999). Salvo! Classic Naval Gun Actions. [S.l.]: Brockhampton Press. ISBN 1860199593
- Moorehead, Alan (1956). Gallipoli. [S.l.]: Wordsworth Editions. ISBN 1-85326-675-2
- Roskill, Stephen (1977). Churchill and the Admirals. [S.l.]: Collins. ISBN 0002161273
- Andrew Cunningham, Michael Simpson, Naval Records Society (1999). The Cunningham Papers: Selections from the Private and Official Correspondence of Admiral of the Fleet Viscount Cunningham of Hyndhope. [S.l.]: Naval Records Society. ISBN 1840146222
- Simpson, Michael (2004). A Life of Admiral of the Fleet Andrew Cunningham: A Twentieth-century Naval Leader. [S.l.]: Routledge. ISBN 0714651974
- Tuchman, Barbara (1962). The Guns of August. [S.l.]: Constable. ISBN 0-333-69880-0
- Warner, Oliver (1967). Cunningham of Hyndhope:Admiral of the Fleet. [S.l.]: John Murray. ISBN 0719517141
- Winton, John (1998). Cunningham: The Greatest Admiral since Nelson. [S.l.]: John Murray. ISBN 0719557658