Ancolé (em ancolé: Nkole ou Ankole) é um dos reinos tradicionais da atual Uganda, surgido no século XV e abolido em 1967 por ocasião da proclamação da república.[1] Seu núcleo ficava nas montanhas de Isingiro, que separam o vale de Cagera da planície de Maxa, com pastagens com terras propícias ao cultivo da banana e matas ricas em frutos, mel e caça.[2] Sua capital, por sua vez, estava em Bueioreré.[3]
Após a tomada do poder pelos luos, seria um Estado tributário do Império de Quitara, com Ruinda I(r. ca. 1400–1450), filho Uamara de Quitara, assumindo a realeza. De Ancolé, Ruinda marchou contra o Reino de Caragué, que conquistou de Nono Malija. Noutra versão, porém, a conquista de Caragué antecede a ocupação de Ancolé. Nesta, após estabelecer firme controle sobre a primeira, Ruinda dirigiu-se a Ancolé, no norte, onde havia chefias multiclânicas subordinadas ao clã dos baniangués. A sua dominação pode ter ocorrido, ainda nesta tradição, através de pactos políticos, explorando sua reivindicação como baxuezi (clã de Quitara).[2]
Graca, John V. da (1985). Heads of State and Government. Londres: Macmillan
Katoke, Israel K. (1975). The Karagwe kingdom: a history of the Abanyambo of north western Tanzania, c. 1400-1915. Nairóbi: East African Pub. House
Schmidt, Peter R. (1990). «Oral Traditions, Archaeology & History: A Short Reflective History». In: Robertshaw, Peter. A History of African Archaeology. Oxônia: James Currey
Silva, Alberto da Costa (2009). «15. Zimbabué». A Enxada e a Lança - A África Antes dos Portugueses. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN978-85-209-3947-5
Notas (C) Nos 15 membros da Commonwealth, o monarca, à excepção do Reino Unido, é representado por um Governador Geral. (J) Monarca discutível como sendo o verdadeiro Chefe de Estado. (Q) Tecnicamente uma monarquia constitucional mas mostra eficazes propriedades de uma monarquia absoluta. (U) O monarca utiliza o título não-monárquico de "Presidente".