Ana Jagelão da Polônia – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com Ana Jagelão da Boêmia e Hungria.
Ana Jagelão
Ana Jagelão da Polônia
Rainha da Polônia e Grã-Duquesa da Lituânia
Reinado 15 de dezembro de 1575
a 18 de setembro de 1587
Coroação 1 de maio de 1576
Antecessor(a) Henrique
Sucessor(a) Sigismundo III Vasa
Comonarca Estêvão Báthory (1576–1586)
Nascimento 18 de outubro de 1523
  Cracóvia, Reino da Polônia
Morte 9 de setembro de 1596 (72 anos)
  Varsóvia, República das Duas Nações
Sepultado em 12 de novembro de 1596, Catedral de Wawel, Cracóvia
Marido Estêvão Báthory da Polônia
Casa Jaguelão
Pai Sigismundo I da Polônia
Mãe Bona Sforza
Religião católica
Brasão

Ana Jagelão (Cracóvia, 18 de outubro de 1523Varsóvia, 9 de setembro de 1596) foi a Rainha da Polônia e Grã-Duquesa da Lituânia de sua eleição em 1575 até sua abdicação em 1587. Entre 1576 e 1586, ela reinou junto com seu marido Estêvão Báthory. Era filha do rei Sigismundo I e da sua esposa, a rainha Bona Sforza.

Ana Jagelão nasceu em 18 de outubro de 1523, em Cracóvia, no então Reino da Polônia. Era a quarta filha do rei Sigismundo I, e de sua esposa, a duquesa italiana, Bona Sforza.[1] Por parte paterna, seus avós eram o rei Casimiro IV Jagelão da Polônia, e sua esposa, Isabel da Áustria. E por parte materna, era neta do duque de milão, João Galeácio Sforza e da sua esposa, a duquesa consorte de Milão e de Bari e Rossano, Isabel de Aragão. Ana viveu desde a infância até a vida adulta em cracóvia. Ela viveu a maior parte do tempo com sua irmã mais velha, Sofia Jagelão, que nasceu em 13 de julho de 1522, e sua irmã mais nova, Catarina Jagelão, que nasceu em 1 de novembro 1526, quando Ana já tinha 3 anos de idade. Ana e suas irmãs se tornaram bem próximas e mantiveram amizade durante a vida toda, mesmo após os futuros casamentos de suas irmãs, Ana e elas se comunicavam constantemente através de cartas. [1] Mas Ana e suas duas irmãs eram negligênciadas por seus pais, pois o rei Sigismundo I e Bona tinham clara preferência pelos filhos mais velhos, a princesa Isabela Jagelão, e o príncipe Sigismundo Augusto. [2] Essa negligência por parte de Bona, em partes, foi motivada pelo acidente que sofreu em 1527, que levou a perda do seu último filho, Alberto. O que a traumatizou, e tornou-a indiferente em relação as suas três filhas, decidindo se dedicar integralmente em cuidar do seu único filho homem, da filha mais velha. [3] Por conta disso, Ana nunca foi muito próxima dos seus irmãos mais velhos, e certamente se sentiu rejeitada pelos pais.[1] Que inclusive, deixaram Ana e suas irmãs sozinhas em Cracóvia por longos períodos, as deixando sob cuidados de babás. Por exemplo, quando Ana tinha apenas 9 anos de idade, entre junho de 1533 á novembro de 1536, os pais de Ana e seus irmãos mais velhos viajaram para Vilnius, no Grão-Ducado da Lituânia, e só retornaram quando Ana já tinha 12 anos. Nesse período, Bona, Sigismundo I e os irmãos mais velhos de Ana só retornaram pra Cracóvia em 29 de agosto/1 de setembro de 1535, para presenciar o casamento de Edviges Jagelão, Eleitora de Brandemburgo, filha do primeiro casamento de Sigismundo com Barbara Zápolya, meia-irmã mais velha de Ana. Que se casou com Joaquim II Heitor, Eleitor de Brandemburgo. [1][2] E eles só retornaram definitivamente devido ao incêndio que ocorreu no castelo de wawel, em 16 de outubro de 1536, no qual as três princesas presenciaram, mas conseguiram ser retiradas a tempo com ajuda dos funcionários do castelo. E isso gerou um grande trauma de fogo nas princesas. [2] E isso se repetiu novamente, quando Ana tinha 16 anos, entre abril de 1540 até junho de 1542, Ana e suas irmãs foram deixadas sozinhas novamente, enquanto que seus pais e irmãos mais velhos viajaram para Vilnius novamente, e só retornaram quando Ana já tinha 18 anos.[1] Ou seja, Ana e seus pais ficaram anos sem ver, o que foi difícil pessoalmente para as três princesas. Mas essa negligência não se restringia apenas a cuidados e falta de amor. Bona e Sigismundo I não fizeram questão de arranjar casamentos para suas filhas, adiando cada vez mais e mais o casamento das princesas, que foram envelhecendo e começando a se tornar solteironas sem perspectivas. [1][2] E essa rejeição por parte de seus pais marcou Ana profundamente pelo resto de sua vida.[4] Mas apesar disso, a mãe de de Ana, a rainha Bona, tratou que ela e suas Irmãs tivessem uma educação exemplar para a época, tal como ela teve na sua infância. Ana se tornou versada em Arquitetura e Finanças. E além do polônes, Ana e suas irmãs também aprenderam a falar fluentemente o Latim e o Itáliano. E em seu tempo livre, Ana gostava de bordar, costurando várias tapeçarias. (Muitas de suas obras existem até hoje.) Ana também gostava de cavalgar. E ela também esteve envolvida em trabalhos de caridade, e executava suas obrigações como uma princesa real.[4]

O pai de Ana, o velho rei Sigismundo I, acabou falecendo em 1 de abril de 1548, aos 81 anos de idade. Ele faleceu devido a problemas de saúde por conta da idade avançada, quando Ana tinha 25 anos de idade. E apesar de ter sido "rejeitada" pelo pai, Ana certamente ficou muito triste pela morte do mesmo. E com isso, o irmão de Ana, Sigismundo II Augusto da Polônia, até então Co-Governante de Sigismundo I, se tornou único Rei da Polônia e Grão-Duque Da Lituânia, sucedendo seu pai formalmente.[5] Porém, logo após assumir o trono, Sigismundo II Augusto causou grande polêmica e intrigas na corte real polonêsa ao se apaixonar e se casar com a nobre lituana calvinista, Bárbara Radziwiłł. E isso fez criar brigas entre a rainha viúva, Bona Sforza, o rei Sigismundo II, e também com as suas irmãs, incluindo Ana. Pois Bona, Ana e suas irmãs não aceitavam o casamento de Sigismundo II, que eram considerado uma "má aliança", por Bárbara ser considerada inferior á Sigismundo Augusto na hierarquia nobre. E então, fizeram forte oposição para tentar impedir o reconhecimento do casamento.[6] Mas os esforços foram em vão, e Bárbara foi reconhecida como Rainha da Polônia e Grã-Duquesa da Lituânia em meados 1550. E embora Bárbara viesse a morrer em 8 de maio de 1551.[7] Isso não impediu Bona de ser expulsa da corte real por seu filho em 1548, e assim ela se mudou de Cracóvia, juntamente com suas três filhas, Ana, Catarina e a Sofia. Se mudaram para Mazóvia, na cidade de Varsóvia. Onde Bona estabeleceu a sua própria corte regional.[1] Ana se apaixonou por Varsóvia, que se tornaria sua principal residência pelo resto da vida. E durante esse tempo em Varsóvia, Ana e suas duas irmãs viviam uma vida pacata e religiosa ao lado de sua dominadora mãe, que estava profundamente envolvida em intrigas com o filho. [5] Mas Ana se tornou popular entre a nobreza da mazóvia, o que mais tarde iria garantir apóio a sua futura eleição. Em janeiro de 1556, Bona arranjou um casamento para a irmã mais velha de Ana, Sofia Jagelão, que se casou com o Duque, Henrique V. E com isso, Sofia se mudou para a atual Alemanha, e ela nunca mais voltaria a ver sua amada irmã.[8] Mas um mês depois, em fevereiro de 1556, Bona Sforza, a mãe de Ana, acabou indo embora da Polônia após finalmente convencer Sigismundo Augusto de a permitir partir. E então, ele retornou para sua terra natal, a Itália, em Bari. Deixando Ana e Catarina sozinhas em Varsóvia, quando Ana tinha 32 anos. Ana nunca mais veria sua mãe, que viria a falecer meses depois, em 19 de dezembro de 1557, aos 64 anos, devido a envenenamento por parte de um de seus cortesões, que a matou a mando dos Habsburgo. Ana certamente ficou bem triste pela morte da mãe, e ela tratou de financiar a construção do Mausoléu de sua mãe em Bari posteriormente. Ana também teve de lutar por justiça para conseguir a herança de sua mãe, pois o cortesão que a assasinou forjou um testamento falso.[9] Ana também conseguíria embolsar parcialmente partes do empréstimo de sua mãe, conhecido como Somas Napolitanas. Ana e Catarina ficariam vivendo juntas em Varsóvia até 1557, quando se mudaram para Vilnius, aonde seu irmão, Sigismundo II Augusto, residia na época com sua terceira esposa, Catarina de Áustria. E Ana e Catarina até ficariam bem amigas de sua cunhada, Catarina.[1] Em meados de julho de 1561, Iníciou-se negociações entre a Polônia e a Suécia para um possível casamento para Ana e Catarina. Ana que na época tinha 38 Anos na época, se casaria com o príncipe João Vasa e Catarina, com 36 anos, se casaria com Magno Vasa. Porém, essa propôsta não foi para frente. Mas meses depois, em outubro de 1561, João Vasa voltou a negociar por iniciativa própria um casamento, mas não com Ana, mas sim com Catarina. Mas era tradição na Polônia era que a irmã mais velha se casasse primeiro, então Sigismundo estava relutante em aceitar a oferta. Mas Ana abriu mão de seu pretendente em favor de sua irmã, Catarina. E eles se casaram em 4 de Outubro de 1562, e então Catarina deixou a Polônia e foi morar na Suécia com seu marido. Ana também nunca mais veria sua irmã novamente. E apesar de certamente estar feliz pelo casamento da Irmã, Ana deve ter se sentido rejeitada e se viu sem perspectivas de se casar.[1] Mas Ana testemunharia um dos maiores atos de seu Irmão, a criação de um novo e único estado, a República das Duas Nações, em 1569. A união do Reino da Polônia e o Grão-Ducado da Lituânia em um único país, por meio da União de Lublin.[10]

Em 7 de julho de 1572, o irmão da Ana, Sigismundo II Augusto, morreu, e como ele não tinha filhos ou filhas, deixou assim os tronos da Polônia-Lituânia vagos.[1][11] Ana provavelmente não ficou triste pela morte do irmão, pois o considerava promíscuo e tinha muita mágoa dele por ter negligenciado a questão do seu casamento. Mas Sigismundo II deixou para Ana e suas irmãs uma grande herança, o que beneficiou Ana. Embora ela não tenha conseguido tomar posse da herança inteira. [11][12] E com a morte de Sigismundo II Augusto, um período de interregno se seguiu. E a nobreza polaca e lituâna iria eleger um novo governante. Ainda em meados de 1572, Jean Montluc, da Bispo da Diocese de Valência, ofereceu ao príncipe francês Henrique Valois, futuro Henrique III da França, aos nobres eleitores da Comunidade como o novo rei. Montluc prometeu aos eleitores que Henrique se casaria com Ana, "para manter a tradição dinástica".[13] Henrique foi eleito durante a eleição real de 1573, após subornos da França aos nobres da Comunidade serem feitos. Ana estava esperançosa que Henrique se casasse com ela, pois ele até estava a cortejando. Porém, infelizmente para a princesa Ana, após Henrique ter sido eleito como o primeiro monarca na República das Duas Nações, ele quebrou sua promessa e nunca se casou.[1] Pois, o irmão mais velho de Henrique, o Rei Carlos IX de França, havia morrido em 30 de maio de 1574. E Henrique era herdeiro legítimo dele na linha de sucessão, já que o seu irmão não teve filhos do sexo masculino. Então, em junho de 1574, Henrique fugiu da República para assumir suas novas responsabilidades como rei da França, ele prometeu que retornaria, mas não o fez.[1] E então, por volta de maio de 1575, o Parlamento da Comunidade removeu-o como seu monarca oficialmente.[14]

Ana como viúva por Martim Kober

Durante o segundo interregno, Ana assumiu o título de Infanta da Polônia. Ela havia se tornado um símbolo da Dinastia Jaguelônica.[1] E o influente magnata polônes, João Zamoyski, propôs eleger Ana como Rainha. Mas como as leis de sucessão não permitiam que uma mulher solteira governasse sozinha, Ana deveria se casar. E um novo candidato foi oferecido aos eleitores da Comunidade, sendo ele: Estêvão Báthory, Príncipe da Transilvania.[15] Estevão concordou com a condição de se casar com Ana, e a cumpriu.[1][15] Em 15 de dezembro de 1575, próximo a Varsóvia, a princesa Ana Jagelão, de 52 anos, junto com Estêvão Báthory, de 42 anos, foram eleitos como co-regentes na segunda eleição da Comunidade Polaco-Lituana com o duplo título de Rei e Rainha da Polônia e Grão-Duque e Grã-Duquesa da Lituânia.[15] A coroação ocorreu na Catedral de Wawel, em Cracóvia, em 1 de maio de 1576.[16] Porém, o casamento de Ana e Estevão foi infeliz. Estevão achava Ana feia e velha, e só se deitou com ela 3 vezes durante todo o casamento. [17] Ele a evitava a todo custo, e fugia dela sempre que podia, recusando as investidas de Ana, que o esperava impaciente nós aposentos reais. E mesmo insistindo para ter relações sexuais com o marido, Ana não conseguia este feito.[18] E isso até fez a rainha Ana Jaguelão virar motivo de chacota e piada para os nobres. Até surgiram rumores que Báthory pretendia se divórciar dela para se casar com uma mulher jovem que pudesse lhe dar filhos, assim destronando Ana. Mas isso somado ao fato da rejeição do marido, irritou profundamente Ana, que começou a conspirar contra o próprio marido, se aliando á oposição de Báthory. Mas isso não deu em nada. E infelizmente com isso tudo, o casal real nunca tiveram herdeiros em seu casamento, que falhou em gerar herdeiros varões a República das Duas Nações.[18]

Com a morte de seu marido, Estêvão Báthory da Polônia, em 12 de dezembro de 1586, aos 53 anos, devido a vários problemas de saúde. Ana não ficou triste pela morte do marido, pois foi um casamento infeliz, tanto que ela nem quis ser enterrada ao lado dele, como era tradição. Mas Ana certamente ficou decepcionada por que não conseguíu garantir a continuidade da linhagem da sua Família, fracassando igual o seu irmão, o falecido Sigismundo II Augusto.[19] Ana teve a oportunidade de seguir sendo rainha sozinha, mas ela resolveu abdicar. Mas mesmo não tendo herdeiros, ela decidiu promover seu sobrinho, Sigismundo III Vasa, o único filho de sua irmã mais nova, Catarina Jagelão, Rainha da Suécia, como novo Rei.[1] E com a ajuda da rainha Ana, ele ganhou os tronos da Comunidade Polaco-Lituana sendo eleito na Eleição de 1587, como o terceiro monarca eleito da República.[1] Assim, Ana Jaguelão garantiu que o próximo monarca que foi eleito, no caso o seu sobrinho, tivesse linhagem da sua dinastía, porém isso não impediu a extinção da dinastia jaguelônica, já que por direito de nascimento, o sobrinho de Ana era pertencente da Dinastia de Vasa, A mesma dinastía do Reino da Suécia, na época. E isso provocaria posteriormente uma união pessoal da Suécia com a República das Duas Nações por um tempo, já que além de rei da República, o sobrinho de Ana o Sigismundo III, se tornaria Rei da Suécia em 1592. O que provocou a união pessoal entre os países...[20]

Ana viveu seus últimos anos de vida em Varsóvia, ao lado de seu amado Sobrinho, Sigismundo III. Ana testemunhou a Guerra de Sucessão Polônesa de 1587, e ela foi bem ativa nesse conflito, apóiando o sobrinho para manter o trono. Ela também veria o casamento de Sigismundo com a arquiduquesa, Ana de Áustria, em meados 1592. Ela também veria seus sobrinhos-netos nascendo, e até se tornaria madrinha da princesa Ana Maria Vasa, a qual se tornaria muito apegada. Uma Ana mais feliz morreu, durante o reinado do sobrinho Sigismundo III, em seu próprio país, onde nasceu e viveu, em 9 de setembro de 1596, aos 72 anos de idade.[1] Ela foi o último dos membros de sua dinastia.[1]

Varsóvia foi a residência principal de Ana, antes de se se tornar a capital. A rainha embelezou a cidade com novas construções e várias edificações, muitas das quais ainda hoje existem. Ela também financiou diversos monumentos tumulares célebres na Catedral de Wawel, incluindo o monumento de seu irmão, o Rei Sigismundo II Augusto da Polônia, seu próprio monumento na capela de Sigismundo (ambos entre 1574–1575), e o de seu marido Estêvão, na Capela da Abençoada Virgem Maria (1586, Santi Gucci) bem como a tumba de sua mãe, Bona Sforza, na Basílica di San Nicola em Bari (1593). Em 1586 (dez anos após ter sido pintado) ela ordenou que um retrato dela nos trajes da coroação fossem colocados na Capela de Sigismundo.[21]

Títulos Reais

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  • Títulos Reais, em Latim: "Anna Dei gratia Infans Regni Poloniae."
  • Tradução em português: "Anna, Pela Graça de Deus, Infanta do Reino da Polônia."

Ana era Filha de Sigismundo I da Polônia e de Bona Sforza.[1]

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Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s «Anna Jagiellonka (1523 – 1596)». Government of Poland. Consultado em 24 de agosto de 2009 
  2. a b c d Janicki, Kamil (31 de outubro de 2022). «Niekochane córki królowej Bony. Dlaczego władczyni tak bardzo pogardzała własnymi dziećmi?». WielkaHistoria (em polaco). Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  3. Janicki, Kamil (25 de setembro de 2021). «Wypadek, który przesądził o losach dynastii. Przez jedną decyzję Bony Sforzy wymarła dynastia Jagiellonów». WielkaHistoria (em polaco). Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  4. a b «Anna Jagiellonka – antybajka o ostatniej królewnie z rodu». TwojaHistoria.pl (em polaco). 16 de janeiro de 2022. Consultado em 24 de abril de 2024 
  5. a b «Zygmunt II August (1520-1572)». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). Consultado em 24 de abril de 2024 
  6. «Największe skandale epoki Jagiellonów». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). 9 de março de 2019. Consultado em 24 de abril de 2024 
  7. «Był dla niej najgorszym łajdakiem i świnią. Jak NAPRAWDĘ Zygmunt August traktował Barbarę Radziwiłłównę?». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). 3 de março de 2019. Consultado em 24 de abril de 2024 
  8. «Żadnej innej polskiej królewny tak nie upokorzono. Bolesna historia Zofii Jagiellonki». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). 19 de setembro de 2017. Consultado em 24 de abril de 2024 
  9. «Co się stało z mordercą Bony Sforzy?». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). 19 de agosto de 2016. Consultado em 24 de abril de 2024 
  10. «Union of Lublin | Poland-Lithuania, Commonwealth, 1569 | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 24 de abril de 2024 
  11. a b Janicki, Kamil (26 de julho de 2022). «Nieludzki koszmar Anny Jagiellonki. Żadna kara nie byłaby wystarczająca za to, co spotkało ją po śmierci króla». WielkaHistoria (em polaco). Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  12. Janicki, Kamil (27 de maio de 2022). «Pierwsze godziny po wygaśnięciu dynastii Jagiellonów. Jedne z najbardziej uwłaczających chwil w dziejach Polski». WielkaHistoria (em polaco). Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  13. Stone, Daniel (2001). The Polish-Lithuanian state, 1386-1795 [A History of East Central Europe, Volume IV.] Seattle: University of Washington Press. 118 páginas. ISBN 0295980931 
  14. Stone, Daniel (2001). The Polish-Lithuanian state, 1386-1795 [A History of East Central Europe, Volume IV.] Seattle: University of Washington Press. 121 páginas. ISBN 0295980931 
  15. a b c Stone, Daniel (2001). The Polish-Lithuanian state, 1386-1795 [A History of East Central Europe, Volume IV.] Seattle: University of Washington Press. 122 páginas. ISBN 0295980931 
  16. Stone, Daniel (2001). The Polish-Lithuanian state, 1386-1795 [A History of East Central Europe, Volume IV.] Seattle: University of Washington Press. 123 páginas. ISBN 0295980931 
  17. Niedźwiedzka, Magdalena (23 de setembro de 2019). «Noc poślubna Anny Jagiellonki i Stefana Batorego. Czy to mogło tak wyglądać?». WielkaHistoria (em polaco). Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  18. a b «Noc poślubna to tylko formalność. Stefan Batory i Anna Jagiellonka». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). 19 de julho de 2018. Consultado em 24 de abril de 2024 
  19. «Plotki kontra rzeczywistość. Jaka była prawda o losach ostatniej Jagiellonki na tronie?». CiekawostkiHistoryczne.pl (em polaco). 16 de março de 2024. Consultado em 24 de abril de 2024 
  20. Krawczuk, Wojciech (2020). Unia polsko-litewsko-szwedzko-fińska za Zygmunta III Wazy. [S.l.: s.n.] 
  21. «WAWEL 1000-2000. Kultura artystyczna dworu królewskiego i katedry. Sala IV. Portrety rodowe. (em polonês)» 🔗