Antlia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Máquina Pneumática | |
Nome latino Genitivo | Antlia |
Abreviatura | Ant |
• Coordenadas | |
Ascensão reta Declinação | asc: 10:30 h dec: -30° |
Área total | 239° quadrados |
• Dados observacionais | |
Visibilidade - Latitude mínima - Latitude máxima - Meridiano | -90° +45° 5 de abril, às 21h |
Estrela principal - Magn. apar. | α Ant 4,25 |
Outras estrelas - Magn. apar. < 3 - Magn. apar. < 6 | 0 22 |
• Constelações limítrofes | |
Em sentido horário: |
Antlia (Ant), a Máquina Pneumática, é uma constelação do hemisfério celestial sul. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Antliae.
A Máquina Pneumática é uma das muitas constelações introduzidas por Nicolas Louis de Lacaille para preencher o céu do hemisfério sul, batizada em celebração à recém-inventada bomba de ar de Robert Boyle. Está localizada em uma parte bastante deserta do céu austral.
As constelações vizinhas são a Hidra, a Bússola, o Velame e o Centauro.
História
[editar | editar código-fonte]A Máquina Pneumática foi criada em 1756 pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille, junto com outras treze constelações para preencher regiões pouco brilhantes do hemisfério sul celestial.[1][2] Apesar de visível para os astrônomos da Grécia antiga, suas estrelas eram muito fracas para serem incluídas em alguma constelação.[1] Por isso, as principais não têm padrão específico, fazendo a constelação carecer de objetos brilhantes de céu profundo. [3][4] Originalmente, chamava-se Antlia pneumatica ("Máquina Pneumática" em francês)[4] em celebração à bomba de ar inventada pelo físico francês Denis Papin.[1][2] Lacaille e Johann Bode retrataram a Máquina Pneumática de maneira diferente, tanto como uma bomba de ar com um cilindro usada nos experimentos iniciais de Papin, quanto a versão mais avançada, de dois cilindros.[1] Mais tarde a União Astronômica Internacional adotou a Máquina como uma das oitenta e oito constelações oficiais da Astronomia atual. Não possui uma mitologia associada, uma vez que Lacaille quebrou com a tradição de dar mitônimos a constelações, preferindo invés disso nomes de instrumentos científicos.[1]
Objetos notáveis
[editar | editar código-fonte]Estrelas
[editar | editar código-fonte]- α Antliae é a estrela mais brilhante da constelação, com magnitude aparente de 4,25.[3] É uma estrela gigante de classe M0 localizada a 366 anos-luz da Terra.[2]
- δ Antliae é uma estrela dupla azul a 481 ano-luz da Terra. O componente primário tem magnitude 5,6 e o secundário magnitude 9,6.[2]
- ζ Antliae é uma estrela dupla a 373 anos-luz da Terra. ζ1 Ant tem magnitude 5,8, e é também uma estrela dupla com magnitude 6,2 e 7,0. ζ2 Ant tem magnitude 5,9.[2]
Objetos de céu profundo
[editar | editar código-fonte]A Máquina Pneumática possui poucos objetos de céu profundo. Não contém nenhum aglomerado globular, nebulosa planetária ou aglomerado aberto. Contudo, contém várias galáxias.
NGC 2997 é uma galáxia espiral do tipo Sc.[2] É a galáxia mais brilhante da constelação, com uma magnitude de 10,6.[3]
A Anã de Antlia é uma galáxia anã esferoidal de magnitude 14,8 que pertence ao Grupo Local. Foi descoberta apenas em 1997.[5]
Na astronomia oriental
[editar | editar código-fonte]Astrônomos chineses conseguiam visualizá-la de suas latitudes, e incorporaram as estrelas da constelação em duas outras diferentes. Várias estrelas da parte sul da Máquina Pneumática representavam "Dong'ou", uma constelação chinesa que representava uma área da China meridional.[1] Além disso, Epsilon Antliae, Eta Antliae, e Theta Antliae foram incorporadas no Templo do Céu, que também continha estrelas da constelação da Bússola.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g Ridpath, Ian. «Antlia». Star Tales. Consultado em 3 de dezembro de 2007
- ↑ a b c d e f Ridpath 2001, pp. 74-76
- ↑ a b c Moore & Tirion 1997
- ↑ a b Pasachoff 2000
- ↑ Nemiroff, Robert (23 de abril de 1997). «Antlia: A New Galactic Neighbor». Astronomy Picture of the Day. Consultado em 9 de abril de 2012
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bakich, Michael E. (1995), The Cambridge Guide to the Constellations, ISBN 978-0-521-44921-2, Cambridge University Press
- Moore, Patrick; Tirion, Wil (1997), Cambridge Guide to Stars and Planets, ISBN 0-521-58582-1 2ª ed. , Cambridge University Press
- Pasachoff, Jay M. (2000), A Field Guide to the Stars and Planets, ISBN 978-0-395-93431-9 4ª ed. , Houghton Mifflin
- Ridpath, Ian (2001), Stars and Planets Guide, ISBN 0-691-08913-2, Princeton University Press
- Ridpath, Ian (2007), Stars and Planets Guide, ISBN 978-0-691-13556-4, Wil Tirion 4ª ed. , Princeton University Press