Arquipélago do Marajó – Wikipédia, a enciclopédia livre

Arquipélago do Marajó
Arquipélago
Arquipélago do Marajó
O arquipélago do Marajó, com destaque à ilha de Marajó.
País  Brasil
Região Amazônia
Localidades mais próximas Estados do
Pará Pará e
 Amapá
Altitude 15 m
Coordenadas 1° 00′ 02″ S, 50° 12′ 28″ O

Arquipélago do Marajó é o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta formado por cerca de 2 500 ilhas, localizado nos estados brasileiros do Amapá e Pará (Brasil),[1][2] tendo como principal região a ilha do Marajó, com cerca de 42 mil km², considerada devido ao seu tamanho a maior ilha costeira do Brasil, estendendo-se desde a foz do rio Amazonas, entre a Linha do Equador e o paralelo 1,55º de latitude sul e, no rumo Leste/Oeste entre os meridianos 47º e 53º de longitude oeste, até o Oceano Atlântico.

Os limites aquáticos e formadores do arquipélago são: o oceano Atlântico (norte); a baía do Marajó (leste); o complexo estuário do rio Pará (sul), e; o delta do Amazonas (oeste).

Características

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Tem as seguintes características estruturais:

Arquipélago formado por cerca de 2 500 ilhas e ilhotas periféricas espalhadas por todos os meandros insulares e flancos de contorno da Ilha de Marajó,[3] sendo 46 ilhas de tamanhos grandes e médios, a saber:

  • São 22 ilhas grandes e médias às proximidades do limite ocidental da ilha do Marajó, em torno da intersecção do paralelo 1,45ºS da linha do Equador com o meridiano 51,50º Oeste de longitude de Greenwich, jurisdicionadas a quatro municípios periféricos ocidentais do delta - Gurupá: 01-Ilha Grande do Gurupá, 02-São Salvador, 03-Urutaí, 04-Caldeirão, 05-Rasa, 06-Cajari, 07-Caju, 08-Paracuuba, 09-Porquinhos, 10-Teles, 11-Pará 12-Salvador;13- Porto de Moz: e 14-Ururicaia; Almeirim: 15-Comandaí; Breves; 16-Mututi, 17-Aranaí, 18-Mutunquara, 19-Carão, 20-Limão, 21-Maritapina e 22-Roberta;
  • São 23 ilhas grandes e médias, afora diversas ilhotas, nos limites a noroeste da ilha do Marajó, na foz do rio Amazonas, em torno da intersecção do paralelo 0,30º S de latitude da linha do Equador com o meridiano 51,1º Oeste de longitude de Greenwich, jurisdicionadas a 3 município nuclear - Afuá: 01- arquipélago do Jurupari, 02-Pacas, 03-Cará, 04-Serraria, 05-Panenã, 06-Conceição, 07-Morcesa, 08-Porcos, 09-Maracujá, 10-Parauara, 11-Baturité, 12-Anajá e 13-Charapucu; Chaves: 14-Bragança, 15-Janaucu, 16-Viçosa, 17-Jurupari de Chaves, 18-Caviana Setentrional, 19-Caviana Meridional, 20-Mexiana, 21-Ganhoão, 22-Machadinho; e Soure: 23-Camaleão;
  • São 8 ilhas grandes e médias, sem contar as ilhotas, nos limites sul e orientais da ilha de Marajó, na foz do rio Tocantins, do canal-paraná rio Pará e na baía do Marajó: Cajuuba, Carutá, Araras, Samanajós, Paquetá, Melgaço, Pracati e Grande do Pacajaí;
  • São 28 municípios estuarinos continentais de periferia do delta do Amazonas, sendo que 23 somente na jurisdição estatal do Pará, incluindo os 3 já citados, no limite ocidental da ilha de Marajó (Almeirim, Porto de Moz e Gurupá); 2 no estuário Anapu/Pacajá (Portel e Melgaço); e 16 situados à margem direita do rio Pará e baias de Guajará e Marajó que conformam o braço meridional do delta o braço setentrional do delta é o rio Amapá ou canal do Norte, ambos resultantes da bifurcação do rio Amazonas, que se dá pouco abaixo das desembocaduras dos rios Xingu (à direita) e Jari (à esquerda), com epicentro em torno da intersecção do paralelo 1,50º Sul de latitude da linha do Equador com o meridiano 52,20º Oeste de longitude de Greenwich: 01-Almeirim, 02-Gurupá, 03-Porto de Moz, 04-Melgaço, 05-Portel, 06-Bagre, 07-Oeiras do Pará, 08-Limoeiro do Ajuru, 09-Abaetetuba, 10-Barcarena, 11-Belém, 12-Ananindeua, 13-Benevides, 14-Santa Bárbara do Pará, 15-Santo Antônio do Tauá, 16-Colares, 17-Vigia, 18-São Caetano de Odivelas, 19-Curuçá, 20-Marapanim, 21-Magalhães Barata, 22-Maracanã e 23-Muaná.[4] Os municípios da jurisdição amapaense que compõem o arquipélago são 5, sendo eles: Macapá, Santana, Mazagão, Itaubal e Vitória do Jari.

Além do seu status preceituado na Constituição do Estado do Pará (Art. 13), o Arquipélago do Marajó já é estabelecido por lei estadual como área de proteção ambiental (APA) - privilégio jurídico facultado pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) - conjunto consolidado de leis ambientais que conformam a macropolítica pública ambiental-ecológica da União. O status APA torna uma área ecológica protegida oficialmente contra processos de intervenção artificial que possam degradar os ecossistemas.

A Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó é a maior unidade de conservação do estado do Pará, com 5 500 hectares ou 55 000 km², e também a maior unidade de preservação do Brasil, limitando-se no oceano Atlântico, rio Amazonas e na baía do Marajó.[5]

Referências

  1. Alves, J.; Lima, M.I. (2014). «Geomorfologia da Ilha Mexiana, Arquipélago do Marajó, Nordeste do Pará.». Revista Geonorte 
  2. «Ilha de Marajó». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 23 de outubro de 2019 
  3. «Ilha de Marajó, no Pará, é o maior arquipélago de mar e rios do mundo». Confederação Nacional de Município (CNM). Consultado em 27 de setembro de 2023 
  4. Universidade Federal do Pará - ONG AMAM (Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó)
  5. «Área de proteção ambiental do arquipélago do Marajó». Consultado em 7 de agosto de 2009. Arquivado do original em 6 de agosto de 2011 

Ligações externas

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