Baía de São Marcos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Baía de São Marcos
Baía de São Marcos
Baía de São Marcos, à esquerda, vista de satélite
Localização Maranhão
Oceanos Atlântico
Rios rio Mearim, rio Aurá, rio Anil, rio Bacanga
Países  Brasil
Dimensões
Comprimento máximo 100 km
Largura máxima foz de abertura: 50 km
Área superficial 23.600 km²
Profundidade média 17-20 m
Profundidade máxima 60m-80m

O Complexo Estuarino de São Marcos, popularmente conhecido como baía de São Marcos[1] é um complexo estuarino brasileiro do estado do Maranhão localizado na região do Golfão Maranhense.

Características

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Possui aproximadamente 100 quilômetros de extensão, sendo a maior baía estuarina do litoral do Nordeste. Tem uma área total de aproximadamente 23.600 km², sendo delimitada a oeste pelo continente, a leste pela ilha de Upaon-açu e, ao sul, pela foz do rio Mearim.[2]

A foz de abertura da baía tem uma largura de 50 km, que se estreita para 15 km em seu trecho central, entre Alcântara e a Ponta de São Marcos, alargando-se novamente até cerca de 25 km antes de chegar à Ilha do Caranguejo e diminuindo para 4 km na foz do rio Mearim.[3]

A profundidade da baía varia consideravelmente, chegando a profundidades máximas de 35 metros na porção norte do canal principal, 50 metros na região inferior do setor norte e a 60 metros no setor sul, e de 25 metros no canal intermediário, tornando-se mais rasa nas áreas próximas às margens. A profundidade média varia entre 17 e 20 metros.[2][3]

O canal do Boqueirão é um canal natural que separa a ilha do Medo da ilha de Upaon-Açu, onde fica a cidade de São Luís (MA). Conta com pouco mais de 900 metros de largura e de 20 a 30 metros de profundidade.[4]

Recebe o aporte de vários rios, em especial o rio Mearim (o qual recebe os rios Grajaú e Pindaré). O Mearim é conhecido por suas pororocas. Outros rio que deságuam na baía são o Aurá, bem como alguns rios de São Luís, como os rios Anil e Bacanga.

Conecta-se à baía de São José/Arraial através do estreito dos Mosquitos.

Ocorre um intenso fluxo de embarcações na baía.

Ela é fundamental para a navegação marítima entre a ilha de Upaon-Açu e o oeste do Maranhão, por meio de ferry-boats (Travessia São Luís-Alcântara, entre o Cujupe e a Ponta da Espera), barcos e catamarãs (entre o Cais da Praia Grande e o Porto de Jacaré).[2]

Em suas margens ficam portos importantes como o Porto do Itaqui, Ponta da Madeira, Porto da Alumar e o Cujupe. A profundidade natural dos portos faz com que possam receber navios de até 23 metros de calado.[5]

Algumas das ilhas da baía de São Marcos são: a

Baía de São Marcos, cidade de São Luís do Maranhão ao fundo.

Destaca-se pela amplitude das marés, que alcançam até 7,2 m nas marés de sizígia. No entanto, em 75% do tempo, a amplitude máxima fica inferior a 5,5 metros.(com média de 4,9 m de amplitude).[3]

Conservação ambiental

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A Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses e a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense abrangem a Baía de São Marcos.[6]

Biodiversidade

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Diversos estudos já foram feitos para avaliar a biodiversidade da baía, incluindo estudos com espécies de bagres.[7]

Referências

  1. Catamarã encalha na baía de São Marcos, em frente à Praia Grande
  2. a b c Sá, Joyse Mesquita (2014). «Avaliação do monitoramento de águas costeiras na baía de São Marcos em São Luís, Maranhão» (PDF). UFMA 
  3. a b c ARAUJO JUNIOR, WILTON PIRES (2009). «Análise multitemporal da morfologia de fundo da Baía de São Marcos– Setor adjacente ao Porto do Itaqui /MA» (PDF). UFMA 
  4. JGI. «10º Sinageo - ZONEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA ILHA DO MEDO - MA.». www.sinageo.org.br (em inglês). Consultado em 5 de julho de 2018 
  5. «Relatório - BAÍA DE SÃO MARCOS – MA». www.baiasdobrasil.coppe.ufrj.br (em inglês). Consultado em 21 de março de 2021 
  6. «APA das Reentrâncias Maranhenses | Unidades de Conservação». uc.socioambiental.org. Consultado em 22 de outubro de 2018 
  7. Raimunda Nonata Fortes Carvalho-Neta; Ana Lucia Abreu-Silva; Audalio Rebelo Torres (7 de janeiro de 2012), «Biomarkers in catfish Sciades herzbergii (Teleostei: Ariidae) from polluted and non-polluted areas (São Marcos' Bay, Northeastern Brazil)», Applied Biochemistry and Biotechnology, ISSN 0273-2289 (em inglês), 166 (5): 1314-1327, PMID 22228406, doi:10.1007/S12010-011-9519-1, Wikidata Q34121551 
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