Rio Anil – Wikipédia, a enciclopédia livre
Rio Anil | |
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Foz do rio Anil, em São Luís | |
Comprimento | 13,8 km |
Foz | Baía de São Marcos |
Área da bacia | 42 km² |
Afluentes principais | Igarapé da Ana Jansen, Igarapé do Jaracaty, Igarapé do Vinhais, Rio Ingaúra, Rio Jaguarema, Córrego da Vila Barreto, Córrego da Alemanha, Igarapé da Camboa |
País(es) | Brasil |
O rio Anil[1] é um curso de água com extensão de 13,8 quilômetros, que nasce ao sul de São Luís (MA), no bairro Aurora (Anil), percorrendo 55 bairros até a sua foz, na Baía de São Marcos, na região do Centro da capital.
A origem do nome se deu em razão da extração de uma fécula azul que servia para branquear tecidos, e que foi denominada pelos árabes de anil. A extração era feita por meio do amolecimento das folhas da planta (chamada pelos indígenas de “cauaçú”) nas águas do rio, que ficavam com a coloração azul. Em 1765, foi construída uma fábrica para obtenção do anil, às margens do rio.[2]
Os afluentes do rio Anil pela margem direita são: Igarapé da Ana Jansen, Igarapé do Jaracaty, Igarapé do Vinhais e rio Ingaúra. Os afluentes pela margem esquerda são: rio Jaguarema, Córrego da Vila Barreto, Córrego da Alemanha, Igarapé da Camboa.[3]
Atravessando uma zona densamente povoada, o rio sofreu profundo impacto pela ação humana. O processo de ocupação da margem esquerda foi efetuado pela população de baixa renda, enquanto que a ocupação da direita da margem foi consolidada a partir da construção de pontes e vias públicas (Ponte José Sarney, Ponte Bandeira Tribuzzi, Ponte do Caratatiua, Ponte do Ipase), expandindo a cidade para a construção de bairros de alta e média renda.[3]
O desmatamento da mata ciliar do rio Anil provocou a mudança da localização de sua nascente. Antes localizada no bairro do Tirirical, nas imediações do Aeroporto Internacional de São Luís, o manancial secou e a nascente foi deslocada para a região da Cohab. Esta também sofreu diversos danos com a ocupação humana e, atualmente, a nascente se localiza no bairro da Aurora, o que reduziu a extensão do rio.[4]
Outra consequência da ação humana é a poluição das águas superficiais, por meio do despejo de desejos industriais e domésticos no rio, provocando a eutrofização, o que afeta a vida aquática e diminui a quantidade de peixes.[3]
Apesar da degradação, ainda é possível ver pescadores e seus barcos de pesca, tirando seu sustento do rio, garças e o verde dos manguezais nas proximidades da foz do rio, na região da Ponte Bandeira Tribuzzi.[5]
Alguns projetos para melhorar a qualidade ambiental foram realizados: como o PAC Rio Anil, a partir de 2008, com a construção de moradias populares e urbanização da região da Camboa, onde muitas pessoas moravam em palafitas. O projeto também envolve a construção de estações elevatórias de esgoto, e a construção de novas Estações de Tratamento de Esgoto do Vinhais (entregue em 2016) e do Anil (entregue em 2023), somando-se à ETE Jaracaty (inaugurada em 2003), e à ETE Bacanga (que serve à bacia do rio Bacanga).[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Prefeitura de São Luís intensifica obra de drenagem profunda no Anil
- ↑ «São Luís, Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem» (PDF)
- ↑ a b c «PROCESSO DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM BACIAS HIDROGRÁFICAS: ESTUDO DE CASO NA BACIA DO RIO ANIL – SÃO LUÍS (MA)1» (PDF)
- ↑ «Química Ambiental». Consultado em 1 de julho de 2018
- ↑ a b «Degradação: Rio Anil está ameaçado por esgoto, lixo e desmatamento». Jornal O Estado do Maranhão