Bandeira da Argentina – Wikipédia, a enciclopédia livre
Bandeira da Argentina | |
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Aplicação | |
Proporção | 9:14 |
Adoção | 27 de fevereiro de 1812 |
Tipo | Nacional, uso civil, estatal e militar em terra e mar |
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A bandeira da Argentina é um dos símbolos oficiais da República Argentina, juntamente com o Laço Nacional, o Escudo da República e o Hino Nacional. A atual versão da bandeira foi concebida por Manuel Belgrano com base no laço nacional e foi apresentada primeiramente em 1812 como símbolo da Guerra da Independência. A Bandeira nacional foi aceita oficialmente em 1816, no ato de ratificação da Declaração de Independência. Conhecida como "Celeste", devido a cor azul de "um céu durante o dia nos ângulos normais de visada", é dividida em três faixas horizontais com o "Sol de Maio" ao centro.
História
[editar | editar código-fonte]Nos primeiros anos da Guerra da Independência, o general Manuel Belgrano percebeu que na região de Rosario, ambas as tropas "realistas" e "separatistas" trajavam as cores da metrópole (amarelo e vermelho). Belgrano, então, criou um laço nas cores azul-celeste e branco, que haviam sido usadas pelos criollos durante a Revolução de Maio. O laço, uma vez aprovado pelo Triunvirato em 1812, tornou-se adereço das tropas argentinas e utilizando as mesmas cores, Belgrano criou uma bandeira de três faixas horizontais. A bandeira criada por Belgrano foi usada pela primeira vez em 27 de fevereiro de 1812 em uma fortificação às margens do rio Paraná. Ao contrário do laço, o Triunvirato não aceitou a bandeira criada por Belgrano, com o argumento de que bonapartistas poderiam interpretar a criação de uma bandeira como ato de rebeldia.
O Triunvirato enviou uma carta advertindo Belgrano sobre o uso da bandeira. Contudo, quando a carta chegou ao destino, Belgrano já havia deslocado-se para o norte do país. A bandeira foi hasteada primeiramente em 23 de agosto de 1812 no topo da Igreja de São Nicolau de Bari, onde atualmente ergue-se o Obelisco de Buenos Aires. Sem ciência da carta, Belgrano levou a bandeira junto de si na sua missão no norte do país; na paróquia de San Salvador de Jujuy a bandeira foi abençoada pelo padre local e jurada pelos soldados. Belgrano tomou conhecimento da carta quando chegou a localidade de Salta, garantindo a seus partidários que a bandeira seria reservada para a eventual vitória na Guerra de Independência. O Segundo Triunvirato, na Assembleia do ano XIII, adotou uma ideologia mais liberal com relação ao anterior. Apesar de não declarar uma bandeira oficial, aprovou o uso da bandeira de Belgrano como bandeira de guerra. Em 1813, os argentinos venceram o general Pío de Tristán na primeira batalha com a nova bandeira.
Em 20 de julho de 1816, a bandeira de Belgrano foi declarada oficialmente a bandeira nacional da Argentina, juntamente com a Declaração de Independência. Em 1818, o Congresso incluiu o Sol de Maio na bandeira de guerra, mantendo a bandeira civil tal como Belgrano a concebeu. Posteriormente, o símbolo foi incluído na bandeira civil, representando a identidade cultural argentina ao invés de guerra.
Em 1957, o governo inaugurou o Monumento Nacional a la Bandera, em Rosario, um complexo de 10 000 m² em homenagem a criação da Bandeira argentina.
- Primeira bandeira usada pelos separatistas argentinos na Guerra da Independência da Argentina, era simplesmente a antiga bandeira da metrópole espanhola
- Bandeira usada por Belgrano em 1812 e atual Bandeira da Província de Tucumán desde 13 de abril de 2010
- Primeira bandeira aprovada como oficial pelas Províncias Unidas do Rio da Prata em 1816
- Bandeira da Argentina por volta de 1840
Descrição
[editar | editar código-fonte]Seu desenho consiste em um retângulo de proporção largura-comprimento de 9:14 dividida horizontalmente em três faixas de mesma largura nas cores azul-celeste com uma listra branca a separá-las. Na lista central encontra-se o Sol de Maio, com 32 raios, sendo 16 ondulantes e 16 acrobáticas na cor dourada com detalhes em marrom. Segundo a tradição, a ideia de se colocar o Sol de Maio deve-se ao olhar que o General Belgrano dirigiu ao céu antes da Batalha do Paraná. O emblema solar é um ícone importante na Argentina e apareceu em anteriores versões da bandeira. Embora o país tenha tido outras bandeiras, esta sempre foi oficial desde a Revolução de Maio.
Cores
[editar | editar código-fonte]As cores oficiais da Bandeira argentina são definidas através do padrão conhecido como "CIE 1976":
Azul | Amarelo | Marrom | Branco | |
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RGB | 117/170/219 | 252/191/73 | 132/53/17 | 255/255/255 |
Hexadecimal | 75AADB | FCBF49 | 843511 | FFFFFF |
CMYK | C 46.58 | C 0 | C 0 | C 0 |
Outras bandeiras nacionais
[editar | editar código-fonte]- Jaque naval da Armada Argentina.
Bandeiras similares
[editar | editar código-fonte]Em 1818, a bandeira argentina foi usada como modelo por Louis-Michel Aury para a bandeira de San Andrés e Providencia, a primeira nação independente da América Central até a anexação pela Colômbia em 1821. Em 1823, foi usada novamente como modelo pelas Províncias Unidas da América Central (Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica), que existiu até 1838. Mesmo após a dissolução das Províncias Unidas, as nações que lhe constituíam mantiveram a base azul celeste da primeira bandeira, exceto a Costa Rica. As bandeiras de Paraguai e Uruguai, países vizinhos a Argentina, também foram inspiradas pela bandeira "Celeste".
Galeria
[editar | editar código-fonte]- Monumento Nacional à bandeira em Rosário.
- Recolhimento da bandeira argentina.