Bataclan Ilhéus – Wikipédia, a enciclopédia livre
Bataclan Ilhéus | |
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Bataclan em 2024 | |
Tipo | património histórico, edifício |
Página oficial (Website) | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Ilhéus - Brasil |
Patrimônio | bem tombado pela PMI-Ilhéus |
Bataclan Ilhéus é uma edificação do centro histórico de Ilhéus, município do estado brasileiro da Bahia. Foi inaugurado na década de 1920 como casa de prostituição, cabaré e cassino concomitantemente, sendo frequentado e mantido principalmente pelos coronéis de cacau da região. Seu nome homenageia uma sala de espetáculos, o Bataclan, localizada em Paris, França.[1] E sua localização precisamente na Praça José Marcelino, na Avenida 2 de Julho, foi estrategicamente pensada, próxima ao antigo porto e da antiga feira da cidade, local no qual atracavam saveiros que vinham de toda a região.[2] Foi reformado e com fachada mantida, o prédio desde então funciona como restaurante.[2]
Seu apogeu foi durante o período de 1926 a 1938, como ponto de passagem para coronéis do cacau, jagunços, marinheiros, boêmios e intelectuais atraídos pela prostituição (em grande parte, mulheres polacas) e pelas atrações de grupos internacionais que apresentavam-se na casa noturna, além de ser funcionar como centro de lazer, negócios, jogos e decisões políticas.[2]
No Bataclan havia apresentações de dois shows por noite, no quais costumavam apresentar-se companhias de dança do sul do país e até do exterior. As dançarinas e “damas de companhia” que ali frequentavam, estavam sempre muito bem vestidas e penteadas para melhor atender as exigências e bom gosto e alto nível dos frequentadores da casa.[2] Contudo, eram as atividades relacionadas ao cassino que mantinham o funcionamento do estabelecimento. Por isso, assim como outros estabelecimentos que exerciam essa atividade, o Bataclan entrou em decadência, na década de 1950, devido à proibição do jogo no Brasil não conseguindo manter o nível de alto luxo da casa apenas com as outras atividades.[2]
Fechado nos anos de 1950, o edifício do Bataclan foi reformado e reaberto por uma equipe do Rio de Janeiro como boate, denominada OK!. Esse empreendimento não obteve o sucesso esperado e, em seguida, o espaço foi transformado em pequenos apartamentos.[2] O edifício foi abandonado chegando ao estado de ruínas mas, mesmo em péssimas condições, continuou sendo visitado pelos turistas, que queriam fotografar o local, pelo fato deste ser tão citado pelas obras de Jorge Amado.[2] Em 1987, sugerido por uma comissão Pró-memória de Ilhéus, o edifício foi revitalizado com recursos da Petrobras, amparado pela Lei Rouanet. As obras começaram no início de 2000 e foram finalizadas em 2004.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ 1956-, Soub, José Nazal Pacheco,. Minha Ilhéus : fotografias do século XX e um pouco de nossa historia 2a edic̦ão revista e ampliada ed. Itabuna, Ilhéus, Bahia: [s.n.] ISBN 9788598493961. OCLC 933742840
- ↑ a b c d e f g h «De cabaré a espaço cultural : um olhar geográfico sobre o patrimônio histórico de Ilhéus-BA a partir do estudo do caso Bataclan». 2009
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial»
- Bataclan Ilhéus no Instagram