Boa-noite-cinderela – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para o programa de televisão, veja Boa Noite, Cinderela (programa de televisão).
O ácido gama-hidroxibutírico, usado no início da década de 1990 como uma droga de abuso.

As drogas de estupro,[1] popularmente conhecidas por "boa noite, Cinderela", são várias substâncias usadas como facilitadoras de crimes que consistem em drogar uma vítima a fim de roubá-la ou estuprá-la.[1][2]

A maioria das drogas usadas apresentam um efeito depressor sobre o sistema nervoso central, principalmente quando combinadas com o álcool, que tem efeito similar. Drogas estimulantes e dissociativas também são usadas. Algumas vezes há amnésia anterógrada dos eventos ocorridos no período de intoxicação.[3]

Detecção na urina

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Substâncias detectadas na urina de vítimas de agressões sexuais facilitadas por fármacos[4]
Fármaco Duração aproximada de detecção na urina
Anfetaminas 1-3 dias
Barbitúricos 2-7 dias
Benzodiazepinas 2-7 dias
Benzoilecgonina (metabólito de cocaína) 1-2 dias
Canabinoides 2-5 dias (uso único)
Carisoprodol 1-2 dias
Cetamina 1-2 dias
Clonidina 1-2 dias
Ciclobenzaprina 1-2 dias
Etanol ≥ 1 dia
Escopolamina 1-2 dias
Hidrato de cloral 1-2 dias
Ácido gama-hidroxibutírico (GHB) ≥ 1 dia
Meprobamato 1-2 dias
Opioides 2-3 dias

Sociedade e cultura

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O nome popular tem origem em um quadro no programa de televisão apresentado por Silvio Santos na TV Record nos anos 1970, Boa Noite, Cinderela.[5] As drogas são usadas para dopar potenciais vítimas de assalto ou violência sexual.

Referências

  1. a b Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, 1a Policlínica Militar - Campinho, Drogas Ilícitas: Uma Realidade Muito Próxima [em linha]]
  2. PUC-Campinas, Departamento de Comunicação Social, Holandeses espalham vírus da Aids em festa [em linha]
  3. Olson, Kent R. (21 de agosto de 2013). «Considerações Especiais na Avaliação de Agressões Facilitadas por Fármacos». Manual De Toxicologia Clínica. São Paulo: Mcgraw Hill - Artmed. p. 66-68. 832 páginas. ISBN 978-8580552652 
  4. Olson, Kent R. (21 de agosto de 2013). Manual De Toxicologia Clínica. São Paulo: Mcgraw Hill - Artmed. p. 67. 832 páginas. ISBN 978-8580552652. Estimativa de duração de detecção, com uso de métodos mais sensíveis do que o exame farmacológico típico. A detecção real dependerá do metabolismo individual, da dose e da concentração na amostra. Além disso, os ensaios variam em sensibilidade e especificidade dependendo do laboratório, de modo que é importante consultá-lo para obter informações definitivas. 
  5. «Se quem dorme é a Bela Adormecida, por que o "boa noite, Cinderela" tem esse nome? | Oráculo». Super. Consultado em 6 de março de 2024 
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