Brasão de Pernambuco – Wikipédia, a enciclopédia livre

Brasão do Estado de Pernambuco
Brasão do Estado de Pernambuco
Brasão do Estado de Pernambuco
Detalhes
Adoção 21 de maio de 1895
Timbre Leão guardante
Escudo Um escudo blau carregado com uma faicha estreita elíptica de estrelas, e cercando o desenho ao extremo norte do Recife, que confronta a Capital com o farol e o fortim da barra, destacando-se ao longe a cidade de Olinda e à direita o sol erguendo-se sobre o oceano.
Suportes cana de açúcar e o algodoeiro em flor
Listel azul e branca, tendo as datas 1710, 1817, 1824 e 1889.
Versões anteriores 1638

O Brasão de Pernambuco é o emblema heráldico e um dos símbolos oficias do estado brasileiro de Pernambuco, conforme artigo 3º da constituição estadual.[1]

O primeiro brasão do Estado de Pernambuco surgiu durante o período holandês, pois como colônia, Portugal não permitia a criação de símbolos heráldicos.[2] O atual brasão foi oficializado pelo governador Alexandre Barbosa Lima, através da lei estadual nº 75 em 1895.[3]

No ano de 1997, o artista e pesquisador pernambucano Jobson Figueiredo realizou um minucioso trabalho de pesquisa heráldica.[4] A pedido do Desembargador Itamar Pereira da Silva, então Corregedor Geral da Justiça, foi criado este brasão para corrigir as constantes descaracterizações apresentadas em suas aplicações.[5]

Brasão do Estado de Pernambuco

Descrição heráldica

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A lei 75/1895, em seu artigo primeiro, assim descreve o brasão:[3][6]

O escudo que deve servir como sello do Estado de Pernambuco, para authenticar os actos officiaes, conterá uma facha estreita elliptica, ornada de tantas estrellas quantos forem os Municípios do Estado e cercando o desenho ao extremo norte do Recife, que confronta a Capital com o pharol e o fortim da barra, destacando-se ao longe a cidade de Olinda e à direita o sol erguendo-se sobre o oceano. Encimando o escudo, ver-se-ha o Leão em repouso, à esquerda e aos lados a canna de asssucar e o algodoeiro em flor, enlaçados, na extremidade inferior, por uma fita azul e branca, tendo as datas 1710, 1817, 1824 e 1889.

Os elementos do brasão possuem a seguinte significação simbólica:[carece de fontes?]

Ainda estão no brasão o mar e o farol de Recife.

Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do estado:

Brasões anteriores

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Brasão de Duarte Colho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco no período 1534-1634

Durante o domínio Holandês do Nordeste, o governo do então Conde Maurício de Nassau organizou e concedeu brasões às capitanias e câmaras de justiça em 1638.[7] Para a capitania de Pernambuco foi concedido um brasão assim descrito:[7][8]

"A capitania de Pernambuco tem uma donzela que admira a propria beleza em um espelho, simbolizando a formosura da terra e a situação em nome da sua capital Olinda, e tendo na mão direita uma cana de açúcar."

Acima do escudo um exemplar da coroa alusiva ao domínio holandês, e circundado por uma grinalda de flores e frutos de laranjeira - uma clara referência à Casa de Orange-Nassau de importante papel político na vida política dos República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos.[7]

Não é possível determinar com os metais ou tinturas dos brasões de armas do Brasil Holandês, pois as gravuras não apresentam os indicativos de esmaltes por meio pontuados ou fundos convencionais da heráldica.[7] Em alguns exemplares da edição princeps da obra Rerum per octennium in Brasilia de Gaspar Barléu apresentam os escudos coloridos em aquarela, mas, de modo, arbitrário e, por vezes, em flagrante contravenção das regras heráldicas.[7] No exemplar dessa obra disponível na Biblioteca Nacional do Brasil, o escudo de Pernambuco aparece em prata.[6]

Referências

  1. PERNAMBUCO. Constituição estadual de Pernambuco.
  2. Uma visão histórica de Pernambuco sob o olhar do legislativo brasileiro
  3. a b PERNAMBUCO. Lei estadual nº 75, 21 de maio de 1895.
  4. A História Redescoberta. Diário de Pernambuco, Recife, 25 de fevereiro de 1997
  5. Presidente da Assembléia vê novo brasão do Estado. Diário de Pernambuco, Recife, 30 de janeiro de 1997
  6. a b Clóvis Ribeiro (1933), Brazões e Bandeiras do Brasil, Illustrator: José Wasth Rodrigues, São Paulo: São Paulo Editora, OCLC 1297560, Wikidata Q105417680 
  7. a b c d e f Alfredo de Carvalho (1904), «Os Brazões d'Armas do Brasil Hollandez», Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, 11, Wikidata Q105611673 
  8. a b Gaspar Barléu (1647), Rerum per octennium in Brasilia et alibi gestarum, sub præfectura illustrissimi Comitis I. Mauritii Nassaviæ &c. comitis, historia (em latim) 1 ed. , Amesterdão: Joan Blaeu, OCLC 66882625, Wikidata Q59420426 

Ligações externas

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