Caçadas de Pedrinho – Wikipédia, a enciclopédia livre
Caçadas de Pedrinho | |
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Autor(es) | Monteiro Lobato |
Idioma | Português |
País | Brasil |
Gênero | livro infantil |
Série | Sítio do Picapau Amarelo |
Localização espacial | sitio |
Lançamento | 1933 |
Texto disponível via Wikisource | |
Transcrição | As Caçadas de Pedrinho |
Caçadas de Pedrinho é um livro infantil escrito por Monteiro Lobato e publicado em 1933.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]O livro relata uma descoberta do Marquês de Rabicó: uma onça anda rondando as proximidades do Sítio do Picapau Amarelo. Pedrinho e Narizinho decidem então organizar uma expedição para caçar a fera, mas sem avisar Dona Benta ou Tia Nastácia, que com certeza se oporiam à aventura. Após a caçada da onça, eles encontram Quindim, um rinoceronte falante, e decidem trazê-lo para morar no sítio. Nesta aventura também somos apresentados a menina Cléo, personagem inspirada na filha de um amigo e sócio de Monteiro Lobato. Caçadas de Pedrinho teve origem no livro A Caçada da Onça, escrito em 1924 por Monteiro Lobato. Mais tarde o autor resolveu ampliar a história com o nome que conhecemos hoje.
O capítulo "O assalto das onças" indica que a história de passa antes do conto Cara de Coruja,[1] enquanto o capítulo "Emília vende o rinoceronte" indica que se passa após o conto "Pó de Pirlimpimpim", de Reinações de Narizinho.[2]
Capítulos
[editar | editar código-fonte]- E era onça mesmo!
- A volta para casa
- Os habitantes da mata se assustam
- Os espiões da Emília
- A defesa estratégica
- Aparece uma nova menina
- O assalto das onças
- Os negócios da Emília
- Emília vende o rinoceronte
- O Rio de Janeiro é avisado
- Inaugura-se a linha
- Rinoceronte familiar
Personagens
[editar | editar código-fonte]- Pedrinho
- Rabicó
- Visconde de Sabugosa
- Emília
- Narizinho
- Quindim
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Acusações de Racismo
[editar | editar código-fonte]No final de outubro de 2014, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou um parecer sugerindo a exclusão do livro das escolas públicas - sob a alegação de que a obra trazia conteúdo discriminatório.[3] Uma ação foi apresentado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Instituto de Advocacia Racial. A instituição alega que o livro tem "estereótipos fortemente carregados de elementos racistas" e pede que sejam adicionadas na obra notas para sobre estudos “que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura”, tendo sido rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal o mandado de segurança que pedia para incluir notas explicativas sobre racismo no livro.[4] Por outro lado, a pesquisadora da USP, Vanete Santana-Dezmann, em artigo de 2021, abordou o uso do termo "macaco" no livro e explica que Lobato usa, ao se referir a diversos personagens, o termo como um recurso ao se referir à destreza física dos mesmos, não como um ataque descriminatório.[5]
Leitura adicional
[editar | editar código-fonte]- Ferreira, Filipe Augusto Chamy Amorim (2022). «Caçadas de Pedrinho ou a guerra de comandos e símbolos» (PDF). In: Santana-Dezmann, Vanete; Milton, John; D'Onofrio, Silvio Tamaso. Monteiro Lobato: Novos Estudos. III Jornada Monteiro Lobato. Alemanha: Oxalá Editora. pp. 67–83. ISBN 9783946277644
Referências
- ↑ Caçadas de Pedrinho 3 ed. [S.l.]: Globo. 2009. p. 41. ISBN 978-85-250-4804-2
- ↑ Caçadas de Pedrinho 3 ed. [S.l.]: Globo. 2009. p. 52. ISBN 978-85-250-4804-2
- ↑ «A representação do negro em "Caçadas de Pedrinho" de Monteiro Lobato». Novembro de 2014. Consultado em 18 de julho de 2014
- ↑ «Ministro do STF rejeita incluir nota sobre racismo em livro de Lobato». G1. 23 de Dezembro de 2014. Consultado em 18 de Julho de 2015
- ↑ Santana-Dezmann, Vanete (2021). «Contradições em análises da obra infantil de Monteiro Lobato» (PDF). In: Santana-Dezmann, Vanete; Milton, John; D'Onofrio, Silvio Tamaso. Para Compreender Monteiro Lobato. II Jornada Monteiro Lobato. Alemanha: Oxalá Editora. p. 122. ISBN 9783946277583