O Saci (filme) – Wikipédia, a enciclopédia livre

O Saci
O Saci (filme)
Capa do DVD do filme
 Brasil
1953 •  p&b •  65 min 
Gênero fantasia e aventura
Direção Rodolfo Nanni
Codireção Alex Viany
Nelson Pereira
Produção Rodolfo Nanni
Arthur Neves
Coprodução Hugo Nanni
Roteiro Rodolfo Nanni
Arthur Neves (história)
Baseado em O Saci & Sítio do Picapau Amarelo, por Monteiro Lobato
Elenco Paulo Matozinho
Olga Maria
Lívio Nanni
Aristeia Paula Souza
Maria Rosa Moreira
Benedita Rodrigues
Música Cláudio Santoro
Diretor de fotografia Ruy Santos
Sonoplastia Robert Nicot
Edição José Cañizares
Lançamento 10 de setembro de 1953
Idioma português

O Saci é um filme de fantasia brasileiro de 1953, dirigido e escrito por Rodolfo Nanni, com uma história de Arthur Neves. O filme é baseado no livro de mesmo nome e a séries de livros homônima escrito por Monteiro Lobato.[1][2] A história acompanha um garoto chamado Pedrinho (Lívio Nanni), que demonstra interesse em capturar o negro de uma só perna, o Saci (Paulo Matosinho), que habita a floresta virgem perto do Sítio do Picapau Amarelo.

Considerado a primeira produção infantil importante do cinema brasileiro, o filme é também a primeira adaptação audiovisual da série de livros Sítio do Picapau Amarelo, de Lobato. Curiosamente, em 1954 o filme ganhou o Prêmio Saci, que premiou os melhores filmes brasileiros da década de 1950.[3]

O filme mostra as aventuras de Narizinho e Emília no Sítio do Picapau Amarelo, junto de Pedrinho que quer capturar um Saci em uma garrafa, seguindo as instruções do Tio Barnabé. O Saci depois de capturado e solto novamente, irá ajudar Pedrinho a desfazer uma bruxaria que a Cuca jogou em Narizinho, transformando-a em pedra. No Sítio vivem ainda Dona Benta e Tia Nastácia, que cuidam das crianças e se divertem com suas reinações.

Produção e recepção

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Após voltar de uma viagem estudando cinema em Paris,[3] Rodolfo Nanni teve a ideia de adaptar o livro O Saci (1921), do autor Monteiro Lobato. Ele conheceu o sócio de Caio Prado Jr. na Editora Brasiliense, que detinha os direitos dos livros de Lobato. [3] Arthur Neves começou a escrever o roteiro, que depois foi prosseguido por Nanni. [3] As filmagens foram realizadas em Ribeirão Bonito, próximo a São Carlos. Rodolfo Nanni contou que "A cidade era pequenina, mas muito bonita, cheia de sítios. A população nos recebeu com todo carinho. Nos adotou, por assim dizer. O prefeito emprestou um galpão que estava abandonado e lá montamos um estúdio, filmando os interiores do sítio, com móveis antigos que as pessoas nos davam." [3]

Lançado apenas cinco anos após a morte do autor Monteiro Lobato, no dia 10 de setembro de 1953,[4] O Saci foi um sucesso comercial e ajudou a fazer a obra de Lobato popular para crianças e adultos, e especialmente entre os analfabetos. O filme ainda é bem lembrado e teve uma segunda estreia no 50º aniversário do início das filmagens, no Amazonas Film Festival.[3]

Em 1954, o filme seria apresentado em Cannes, sob sugestão de Sonika Bo, e no Festival de Cinema Infantil de Veneza, porém, uma série de contratempos impediram que as amostras acontecessem.

Referências

  1. «Fundação Maurício Grabois :: O Saci (1951) (Vídeos)». Fundação Maurício Grabois. 13 de outubro de 2013. Consultado em 16 de junho de 2017. Arquivado do original em 19 de janeiro de 2014 
  2. «Saci comemora 60 anos». 12 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 24 de outubro de 2021 
  3. a b c d e f Merten, Luiz Carlos (7 de novembro de 2011). «O Saci festeja 60 anos». Arquivado do original em 7 de novembro de 2011 
  4. «Finalmente dia 10, no cine Marrocos, a grande pelicula nacional "O Saci"». Correio Paulistano. 100 (29881). 6 de setembro de 1953. p. 21 

Ligações externas

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