Cacine – Wikipédia, a enciclopédia livre
Nome local | Cacine |
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País | |
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Região | |
Sede | Sector de Cacine |
Banhado por | |
Área | 613,4 km2 |
Altitude | 20 m |
Coordenadas |
População | 15 648 hab. () |
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Densidade | 25,5 hab./km2 () |
Gentílico | cacinense |
Estatuto |
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TGN |
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Cacine é uma cidade e sector da região administrativa de Tombali, na Guiné-Bissau
Segundo o censo demográfico de 2009 o sector possuía uma população de 15 648 habitantes,[1] sendo que 977 habitantes somente na zona urbana da cidade de Cacine, distribuídos numa área territorial de 613,4 km².[2][3]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1886, na convenção luso-francesa — parte dos acordos da Conferência de Berlim —, são definidas as atuais fronteiras da Guiné-Bissau, onde a França fica definitivamente com a região da Casamansa (atualmente parte do Senegal), sendo permutada pela faixa de Cacine.[4]
A ocupação em si por Portugal só começou a ser feita com em 9 de março de 1895, após a assinatura do tratado com Saiou Abraham Salifou, o régulo de Cacine, em que este permitia a construção de um posto comercial na localidade. Em 4 de abril do mesmo ano, também instala-se uma guarnição militar fixa lusitana em Cacine.[4]
Por intermédio de um diploma real de 1906, o território guineense foi dividido num concelho (Bolama) e seis residências: Bissau, Cacheu, Farim, Geba, Cacine e Buba.[4] Bissau continuava como capital do distrito de Bissau, a entidade legal predecessora do Sector Autónomo, porém perdeu mais da metade de suas terras para a formação dos distritos de Bolama, Cacine (actual Tombali) e Quinará. Cacine torna-se capital do distrito de mesmo nome.[5]
Posteriormente Cacine perdeu o título de capital da região de Tombali para Catió.
Geografia
[editar | editar código-fonte]A cidade de Cacine está localizada às margens do rio Cacine, mesmo rio que atravessa o sector de leste a oeste, sendo muito importante para suprimento de água potável e fonte de proteínas alimentares. Na altura da cidade, o rio Cacine já está em uma zona estuarina com o oceano Atlântico.
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Transportes
[editar | editar código-fonte]Cacine é ligada ao território nacional pela Estrada Regional nº 6 (R6), que a liga às vilas-secções de Sanconha, Gadamael Porto, Guilege e Gandembel, ao norte.[6]
Cacine também possui um pequeno porto fluvial especializado em embarque e desembarque de mariscos e pescados.[7]
Educação
[editar | editar código-fonte]A cidade possui um campus-polo da Escola Normal Superior Tchico Té (ENSTT). A ENSTT oferta basicamente licenciaturas.[8]
Referências
- ↑ «Guinea Bissau Census Data, 2009 - Série Temporal de População Total Residente - Sector de Cacine». Instituto Nacional de Estatística. 15 de janeiro de 2016. Consultado em 19 de outubro de 2020
- ↑ Estudo: Guiné-Bissau. Lisboa: ANEME, 2018.
- ↑ «Boletim Estatístico da Guiné-Bissau: Guiné-Bissau em Números 2015» (PDF). Instituto Nacional de Estatística. 2015
- ↑ a b c Gomes, Américo. (2012). «História da Guiné-Bissau em datas.» (PDF). Lisboa
- ↑ Mendy, Peter Karibe.; Lobban Jr., Richard A.. (1 de outubro de 2013). Historical Dictionary of the Republic of Guinea-Bissau 4 ed. Plymouth: Scarecrow Press
- ↑ Mapa Rodoviário da Guiné-Bissau. Direcção Nacional de Estradas e Pontes. Outubro de 2018.
- ↑ Porto de Cacine. Portos da Guiné-Bissau.
- ↑ Onde Estamos: Guiné-Bissau. Instituto Camões. 2020.