Camitas – Wikipédia, a enciclopédia livre
Camitas ou hamitas são as populações do nordeste da África, de onde se espalharam para leste e pelo interior do continente, vistas como descendentes do personagem bíblico Cam, filho de Noé. São supostamente divididos em dois grupos, um correspondendo aos berberes, fulas, hauçás etc., e outro englobando egípcios, etíopes, oromos, somalis, tútsis etc. A etnografia tradicional os distinguiu de povos negroides por certas características físicas.[1][2]
Histórico
[editar | editar código-fonte]Os Camitas, também conhecidos como hamitas, representam uma antiga e diversificada população originária do nordeste da África. Seu legado histórico remonta aos primórdios da civilização humana e é frequentemente associado à descendência do personagem bíblico Cam, filho de Noé. De acordo com a tradição, os Camitas se espalharam pelo leste da África e pelo interior do continente, estabelecendo diversas culturas e sociedades ao longo do tempo.[3][4]
Esta antiga população é tradicionalmente dividida em dois grupos distintos. O primeiro grupo engloba os berberes, fulas, hauçás, entre outros, enquanto o segundo abrange os egípcios, etíopes, oromos, somalis, tútsis, entre outros. Essa divisão reflete as diferentes ramificações étnicas e culturais que se desenvolveram ao longo dos séculos dentro da região.[5][6]
A etnografia tradicional frequentemente distingue os Camitas de outros grupos étnicos da África, como os povos negroides, por certas características físicas. Essas distinções podem incluir traços faciais, cor da pele, tipo de cabelo e outras características fenotípicas. No entanto, é importante ressaltar que a classificação étnica e as características físicas das populações africanas são complexas e variadas, e não devem ser reduzidas a generalizações simplistas.[7]
Ao longo da história, os Camitas desempenharam um papel significativo no desenvolvimento cultural, político e social da África. Suas civilizações antigas, como o Egito faraônico e os reinos da Etiópia, exerceram uma influência duradoura na região e além. Atualmente, as diversas comunidades camitas continuam a contribuir para a rica tapeçaria cultural e étnica do continente africano.
Referências
- ↑ Lopes 2017.
- ↑ Lopes 2011.
- ↑ «La lingüística en el siglo XXI: del estudio interdisciplinar al transdisciplinar». Routledge. 19 de dezembro de 2016: 63–76. ISBN 978-0-203-09675-8. Consultado em 15 de março de 2024
- ↑ Junyent Figueras, María del Carmen (2010). «La teoría camita en la lingüística». Anuario de lingüística hispánica (26): 35–42. ISSN 0213-053X. Consultado em 15 de março de 2024
- ↑ Rodríguez Mir, Javier (1 de maio de 2013). «Olualê Kossola. As palabras do último homem negro escravizado, de Zora Neale Hurston». AIBR, Revista de Antropologia Iberoamericana (02). ISSN 1695-9752. doi:10.11156/aibr.180212. Consultado em 15 de março de 2024
- ↑ Hurston, Zora Neale (1 de abril de 2021). «O sistema "negro de estimação"». Ayé: Revista de Antropologia. ISSN 2674-6360. Consultado em 15 de março de 2024
- ↑ Ramírez del Río, José (30 de dezembro de 2014). «Documentos sobre el papel de los árabes hilālíes en el al-Andalus almohade: traducción y análisis». Al-Qanṭara (2): 359–396. ISSN 1988-2955. doi:10.3989/alqantara.2014.014. Consultado em 15 de março de 2024
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Lopes, Nei (2011). Dicionário da Antiguidade Africana. São Paulo: Civilização Brasileira. ISBN 978-85-2001-098-3
- Lopes, Nei Lopez; Macedo, José Rivair (2017). «Camita». Dicionário de História da África: Séculos VII a XVI. Belo Horizonte: Autêntica