Caracu (cerveja) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura por outros significados para Caracu, veja Caracu (desambiguação).
Caracu
Tipo Cerveja
Fabricante AmBev
Slogan Forte e Gostosa
Origem Rio Claro,  São Paulo, Brasil Brasil
Introduzida 1899
Cor Escura

Caracu é uma cerveja do tipo Sweet Stout fabricada pela AmBev. O nome é derivado de uma raça bovina desenvolvida no Brasil colonial. O rótulo da cerveja apresenta a face estilizada de um touro da raça Caracu.


Caricatura de Nicolau Scarpa servindo a cerveja Caracu publicada na revista Moscone, 1937.

Em novembro de 1899 o empresário Carlos Pinho implantou a "Fábrica de Cerveja e Gelo" na cidade de Rio Claro.[1] Um dos primeiros produtos lançados foi a cerveja preta batizada "Caracu".[2] Em 8 de fevereiro de 1902 a fábrica foi arrendada por Pinho ao alemão Julio Stern, que passou a investir na expansão da fábrica.[3]

Inicialmente de fama local[4], a Caracu passou a ser distribuída pelo estado de São Paulo à partir da Década de 1920[5] quando a Cervejaria Rio Claro foi adquirida por Oscar Batista da Costa. Em 1922 a Caracu era a cerveja mais cara da tabela de preços da Cervejaria Rio Claro, sendo apresentada como cerveja tipo Guinness nacional.[6] O crescimento da Cervejaria Rio Claro é interrompido pela Grande Depressão, levando a empresa a ter sua falência pedida em novembro de 1929.[7] A Cervejaria Rio Claro foi adquirida pouco tempo depois pelo empresário Nicolau Scarpa. Scarpa deu início a um processo de expansão da fábrica e tornou a cerveja Caracu seu principal produto.

A Caracu foi uma das precursoras dos modernos outdoors ao ser fixada no alto do Edifício Martinelli[8]. Patrocinou o automobilista Chico Landi em suas corridas na Europa no final de 1940.[9] A Caracu também foi uma das primeiras anunciantes da televisão brasileira. Durante uma propaganda de Caracu na TV Itacolomi nos anos 1950 a garota-propaganda Lady Francisco sofreu um ataque de vômito após tomar um copo de Caracu com ovo.[10]

Referências

  1. «Pelo nosso estado: Rio Claro». O Commércio de São Paulo, ano VII, edição 2031, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 16 de novembro de 1899. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  2. Agência Estado (17 de maio de 1999). «Cerveja Caracu faz 100 anos e Rio Claro prepara festa». Folha de Londrina. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  3. «Aviso». Correio Paulistano, edição 13817, Coluna 2, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 8 de fevereiro de 1902. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  4. Plínio Silveira Mendes (30 de maio de 1927). «"O Combate" e o centenário de Rio Claro». O Combate, ano XIII, edição 4414, página 4. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  5. Casa Palmyra (7 de janeiro de 1925). «Anúncio». A Tribuna (Santos), ano XXXI, edição 283, página 8. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  6. Cervejaria Rio Claro (9 de abril de 1922). «Os consumidores estão de parabéns». Correio Paulistano, edição 21107, página 9. Consultado em 20 de janeiro de 2024 
  7. «Falência da Cervejaria Rio Claro Ltda.» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, página 10118. 29 de novembro de 1929. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  8. Douglas Nascimento (3 de maio de 2018). «Beber Caracu é Beber Saúde». São Paulo Antiga. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  9. Mário Andrada e Silva (5 de setembro de 1999). «Sonho realizado». Jornal do Brasil, ano CIX, edição 150, Caderno de Esportes, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 29 de outubro de 2023 
  10. RICCO, Flávio; VANNUCCI, José Armando (2017). Biografia da televisão brasileira, volume 1. [S.l.]: São Paulo (SP): Matrix. p. 92. 463 páginas. ISBN 9788582304143 

Ligações externas

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