Carmencita – Wikipédia, a enciclopédia livre

Carmencita
Carmencita
Nascimento Carmen Doucet Moreno
1868
Almeria
Morte 1910 (41–42 anos)
Estados Unidos
Cidadania Espanha, Estados Unidos, Reino Unido
Irmão(ã)(s) María del Mar Daucet Moreno
Ocupação atriz, bailarina, modelo, atriz de cinema

Carmen Dauset Moreno, mais conhecida simplesmente como Carmencita (1868 - 1910), foi uma dançarina espanhola ao estilo americano de variedades de pré- vaudeville e balé de music hall.[1]

Nascida em Almeria, Andaluzia, Espanha, Carmencita teve aulas de dança em Málaga e dançou profissionalmente no Teatro Cervantes de Málaga, em 1880.[2][3] Em 1882, ela viajou pela Espanha e depois viajou para Paris e Portugal. Ela voltou a Paris durante a Exposition Universelle (1889) e dançou no Nouveau Cirque, onde o agente teatral Bolossy Kiralfy viu sua performance e a induziu a ir aos Estados Unidos sob sua administração. Ela estreou em Nova York em 17 de agosto de 1889, dançando no balé de "Antíope".[4] Sua associação com Kiralfy terminou no início de 1890,[5] e ela ganhou fama sob a administração de John Koster e Albert Bial, que a colocaram em sua 23ª Street Concert Hall a partir de 10 de fevereiro de 1890. Nos vários anos seguintes, Carmencita se apresentou nas principais cidades do país. Ela apareceu no novo Music Hall de Koster & Bial em novembro e no início de dezembro de 1894 antes de vender seus pertences e retornar à Europa.[6] Ela se apresentou no Palace Theatre, em Londres, em fevereiro de 1895[7] e depois periodicamente no Théâtre des Nouveautés, em Paris.[8]

Aparições em Pintura e Cinema

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Carmencita inspirou poesia e prosa rapsódica. Hoje, ela é conhecida por ter seu retrato pintado por artistas notáveis como John Singer Sargent,[9] William Merritt Chase[10] e James Carroll Beckwith,[11] bem como por seu papel em um curta-metragem homônimo, um dos muitos exemplos iniciais de teatro filmado.

De acordo com o historiador do cinema Charles Musser, Carmencita foi a primeira mulher a aparecer em um filme moderno feito para fins comerciais e pode ter sido a primeira mulher a aparecer em um filme nos Estados Unidos.[12][13] No filme, ela é gravada seguindo uma rotina que vinha realizando no Koster and Bial's Music Hall em Nova York desde fevereiro de 1890.[14]

Referências

  1. Carmencita, The Pearl of Seville (1890)
  2. Ramirez, James (1990). Carmencita: The Pearl of Seville. Press of the Law and Trade Printing Co. New York: [s.n.] pp. 114–117 
  3. «A researcher from the University of Alicante discovers that the Spanish Carmen Dauset Moreno was the first leading actress of sound films» 
  4. «'Antiope' at Niblo's Garden». New York Tribune 
  5. «Carmencita Sues Kiralfy». New York Times 
  6. Musser, Charles (1997). Edison Motion Pictures, 1890-1900: An Annotated Filmography. Smithsonian Institution Press. Washington, D.C.: [s.n.] pp. 94–95. ISBN 1-56098-567-4 
  7. «Entertainment Items». The Observer 
  8. «Carmencita and Her Painters». New York Times 
  9. John Singer Sargent Virtual Gallery
  10. «Heilburnn Timeline of Art History, Carmencita (1890)» 
  11. «The Athenaeum-Carmencita (James Carrol Beckwith)l» 
  12. Musser, Charles (1997). Edison Motion Pictures, 1890-1900: An Annotated Filmography. Smithsonian Institution Press. Washington, D.C.: [s.n.] pp. 34–35. ISBN 1-56098-567-4 
  13. Ramsaye. «The Romantic History of the Motion Picture». Photoplay. 22: 32–35, 95 
  14. «Library of Congress American Memory»