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Charles Fabian
Informações pessoais
Nome completo Charles Fabian Figueiredo Santos
Data de nasc. 12 de abril de 1968 (56 anos)
Local de nasc. Itapetinga, Bahia, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,79 m
Apelido Charles Baiano
Anjo 45
Príncipe Charles
Informações profissionais
Clube atual aposentado
Posição atacante
Clubes de juventude
Bahia
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1987–1989
1990
1991–1992
1992
1993
1994
1996–1997
1997
1998
1999
2000
Bahia
Málaga
Cruzeiro
Boca Juniors
Grêmio
Flamengo
Bahia
Matonense
Desportiva Ferroviária
Grêmio
Camaçari
0107 000(68)
0002 0000(0)
0057 000(22)
0007 0000(0)
0045 000(11)
0030 000(18)
0012 0000(3)
0008 0000(2)
0029 000(18)
Seleção nacional
1989–1991 Brasil 0009 0000(3)
Times/clubes que treinou
2006
2007
2008
2008
2014–2016
2016–2017
Bahia
Votoraty
Icasa
Camaçari
Bahia
Anápolis
Última atualização: 3 de setembro de 2017

Charles Fabian Figueiredo Santos (Itapetinga, 12 de abril de 1968) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Entre 2009 e 2012, foi Secretário de Esportes e Lazer da cidade de Itapetinga.[1]

Carreira como jogador

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Charles apareceu para o futebol nacional após a conquista do Campeonato Brasileiro de 1988 pelo Bahia. Jovem atacante, até então com 20 anos de idade, estreou com a camisa tricolor contra o Corinthians, entrando no 2º tempo, faltando apenas 15 minutos para o jogo terminar. Aos 45 minutos, fez um a belíssima jogada e marcou um dos gols mais bonitos da rodada. Ao final da partida ficou conhecido popularmente, tanto pela torcida quanto pela imprensa como o Anjo 45.

A partir daí, começou a ter mais chances, estava disposto a ganhar a posição. Na outra rodada, contra o Criciúma, graças a uma esquisita jogada de Charles, a vitória tricolor foi definida aos 23 minutos do 2º tempo. Depois de dois jogos, dois gols, entrou no gosto da torcida, e do mestre e técnico Evaristo de Macedo, ganhando a posição de titular e tornando-se muito importante para a conquista do campeonato.

Em outra rodada, dessa vez contra o Santos do doutor Sócrates e de César Sampaio, o Bahia voltou a vencer, com uma gloriosa goleada de 5 a 1, e claro, Charles deixou o dele, aos 3 minutos do 2° tempo.

Após ótima estreia e bom 2ª turno, o garoto Charles, seria decisivo novamente, agora nas quartas de finais, contra o atual campeão Brasileiro na época, o Sport, em plena Ilha do Retiro, lotada de torcedores rubro-negros. Foi talvez por muitos torcedores e críticos, o jogo mais de difícil do tricolor baiano na campanha do título brasileiro. Foi uma batalha do início ao fim, um grande jogo, com muitas emoções dos dois times. Logo aos 7 minutos do 1° tempo, a torcida pernambucana pulava de alegria, era gol do Sport, terminando assim o placar da primeira etapa. No 2° tempo, o jogo era o mesmo, lá e cá, ataque do Sport, ataque do Bahia, e o tempo passava. Até que, aos 35 minutos, a estrela de Charles brilharia de novo, após cruzamento rasteiro do lateral esquerdo Paulo Robson, Charles pega de primeira e empata para o Bahia. Nos 15 minutos finais, pura emoção, mas o resultado não mudou, 1 a 1. A decisão para as semifinais ficaria em Salvador.

Agora jogando em casa, na Fonte Nova, o Bahia resistiu a pressão do Sport e assegurou sua classificação as semifinais, sobe o comando de Charles, Bobô, Zé Carlos, Ronaldo e cia, o esquadrão tricolor seguia sua trajetória rumo ao título. Após passar pelo Fluminense, e ser campeão brasileiro, numa final diante do Internacional, Charles se tornaria grande ídolo da torcida baiana. Fato que o fez ser convocado para a Seleção Brasileira em 1989; em um amistoso contra o Peru, em Fortaleza, marcou dois gols na goleada do Brasil por 4 a 1, e marcaria mais um gol em outra goleada da seleção nacional, 4 a 0 contra Portugal, no Maracanã.

Seu sucesso entre os baianos foi tão imediato que, ao ser preterido pelo então treinador brasileiro Sebastião Lazaroni, apenas 13 mil pessoas foram à Fonte Nova acompanhar a estreia brasileira diante dos venezuelanos na Copa América. A insatisfação do público não foi aplacada nem com a vitória por 3 a 1; nas arquibancadas, seria queimada uma bandeira brasileira, além de ofensas de Bebeto aos torcedores, que, por sua vez, arremessariam um ovo em Renato Gaúcho, responsável pela afirmação de que a Bahia seria uma "terra da índio". Tal acontecimento, pelo acirramento de ânimos, faria com que a Seleção voltasse a Salvador apenas seis anos depois, em 1995.[2]

Passando a conquista do título nacional, Charles continuaria a brilhar e ser decisivo. Em 1989, disputou a Libertadores pelo Bahia, que chegou as quartas de finais, sendo eliminado pelo próprio Internacional-RS.

Em 1990, ajudou o Bahia a chegar novamente as semifinais do brasileirão, sendo o artilheiro da competição com 11 gols e no final do ano recebeu a Bola de Prata da Revista Placar de melhor marcador do campeonato.

Ao todo conquistou pelo Bahia o título brasileiro e os campeonatos baianos de 1988 e 1991. Com todos essas conquistas, seu passe cresceu e as propostas de outros clubes também. Depois do título baiano de 1991 seguiu para o Futebol Cruzeiro, deixando grandes saudades no Bahia.

No clube mineiro, seguiu com sua grande carreira de artilheiro e decisivo. Em sua primeira temporada, conquistou a Supercopa Libertadores, sendo artilheiro com três gols. No campeonato brasileiro, o Cruzeiro não obteve uma grande campanha, ficando apenas na 16° colocação.

No ano seguinte sagraria-se campeão mineiro, de forma invicta, ajudando com seu gols decisivos, e ainda levaria de novo a Supercopa Libertadores. Já no brasileirão, foi melhor em relação ao ano anterior, ajudou o Cruzeiro a chegar a segunda fase da competição, ficando ao final do campeonato na 8° colocação.

Sua boa fase no Cruzeiro, chamou a atenção de um dos maiores jogadores da história do futebol, o craque argentino Diego Maradona, que no final de 1992, comprou seu passe e o levou para o Boca Juniors da Argentina.

Pelo Cruzeiro, Charles continuou fazendo gols e chamou a atenção de Maradona, que o levou para o Boca Juniors. Mas em Buenos Aires, Charles não conseguiu render o mesmo futebol. Atrapalhado por contusões, ele retornou ao Brasil, e onde foi para o Flamengo.

Ao chegar ao Flamengo, Charles adicionaria "Baiano" a seu nome, pois no clube já se encontrava o volante Charles Guerreiro. Na Gávea, o atacante conseguiu marcar incríveis 18 gols em apenas 29 partidas. No entanto, por problemas internos, o jogador se desligou do Fla ao final da temporada de 1994.

Carreira como treinador

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Em 2006, treinou o Bahia, treinando nos anos seguintes: Votoraty (2007), Icasa (2008) e Camaçari (2008).[carece de fontes?]

Foi auxiliar técnico do Bahia em 2014, assumindo a equipe no fim do Campeonato Brasileiro, depois da saída de Gilson Kleina.

Foi também auxiliar técnico durante boa parte de 2015, assumindo novamente como técnico, faltando apenas oito rodadas para o término da Série B, após a saída de Sérgio Soares. Em 6 de janeiro de 2016, Charles deixou o tricolor baiano para seguir a carreira de treinador. Na passagem, ele foi treinador do Sub-20, auxiliar técnico permanente, treinador interino e em duas ocasiões chegou a ser efetivado no comando do Bahia.[3]

No dia 25 de outubro de 2016, Charles Fabian acertou com o Anápolis, equipe do interior goiano.[4] Após apenas dois jogos sob o comando de Fabian, a diretoria do Anápolis acabou demitindo o treinador, sendo a primeira queda de comando técnico no Campeonato Goiano de 2017.[5]

Bahia
Cruzeiro
Grêmio
Seleção Brasileira

Prêmios individuais

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Referências

  1. Rogério Micheletti. «Que fim levou? CHARLES... Ex-centroavante do Bahia, Cruzeiro, Boca e Fla». Terceiro Tempo. Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  2. Charles: o “Príncipe” tricolor
  3. «Ídolo do passado, Charles Fabian deixa o Bahia para seguir carreira de técnico». GloboEsporte.com. 6 de janeiro de 2016. Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  4. «Charles Fabian é o novo técnico de time da Série D». Correio24horas. 25 de outubro de 2016. Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  5. «Após dois jogos, Anápolis anuncia a saída do técnico Charles Fabian». GloboEsporte.com. 3 de fevereiro de 2017. Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  6. «Bola de Prata Placar 1990». Placar 
  7. «Todos os campeões e artilheiros do Carioca». O Globo