Consumo conspícuo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Thorstein Veblen, economista que cunhou a expressão "consumo conspícuo" em 1899

Em sociologia e economia, consumo conspícuo ou consumo ostentatório refere-se à prática de consumir, de maneira ostensiva, bens e serviços de alto preço e alto valor simbólico, como demonstração pública da riqueza do consumidor, no intuito de alcançar ou manter um certo status social.^[1]^[2] A prática é comum entre as classes sociais mais ricas.^[3]

O conceito de consumo conspícuo foi estabelecido pelo economista e sociólogo estado-unidense Thorstein Veblen (1857-1929), em sua obra A Teoria da Classe Ociosa (The Theory of the Leisure Class: An Economic Study in the Evolution of Institutions), publicada em 1899.^[4] No livro, Veblen identifica, descreve e explica as características comportamentais dos nouveaux arrivés (literalmente, os 'recém-chegados': arrivistas ou novos ricos), cuja fortuna estaria ligada à acumulação de capital durante a Segunda Revolução Industrial (1860-1914) e que deviam sua ascensão à classe ociosa "ao exercício de características e propensões que não devem ser classificados como proezas no sentido antigo".^[2]^:249 Naquele contexto, o termo "consumo conspícuo" era aplicado estritamente a homens, mulheres e famílias da classe alta que empregavam sua riqueza como meio de manifestar publicamente seu poder e prestígio social, real ou aparente. O autor observa que "a base sobre a qual repousa a boa reputação [de uma pessoa] em qualquer comunidade industrial altamente organizada é a força pecuniária, sendo que os meios de demonstrar força pecuniária e, portanto, de ganhar ou manter um bom nome, são o ócio e o consumo conspícuo de bens".^[2]^:84

Ver também

Referências

↑ Phillips, Ronnie J. (2014). Conspicuous consumption. Encyclopedia Britannica.
↑ ^a ^b ^c Veblen, Thorstein (1899). The Theory of the Leisure Class. [S.l.]: Project Gutenberg
↑ ADAS, Melhem (2002). Geografia: Os impasses da globalização e o mundo desenvolvido. São Paulo: Moderna. p. 22. ISBN 85-16-03197-7
↑ Veblen, Theorstein.The Theory Of The Leisure Class. Random House, 1934 [Macmillan Company, 1899].

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[1] Phillips, Ronnie J. (2014). Conspicuous consumption. Encyclopedia Britannica.

[Veblen_1899-2] Veblen, Thorstein (1899). The Theory of the Leisure Class. [S.l.]: Project Gutenberg

[3] ADAS, Melhem (2002). Geografia: Os impasses da globalização e o mundo desenvolvido. São Paulo: Moderna. p. 22. ISBN 85-16-03197-7

[4] Veblen, Theorstein.The Theory Of The Leisure Class. Random House, 1934 [Macmillan Company, 1899].

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v d e Teoria do Consumidor
Temas	Consumo Consumo autônomo Consumo conspícuo Consumo induzido Consumo intertemporal Consumo sustentável Consumismo
Teorias	Função de consumo Hipótese da renda permanente Hipótese de caminhada aleatória Hipótese de renda relativa Hipótese do rendimento absoluto Homo economicus Lei da oferta e da procura Modelo de passeio aleatório de consumo Propensão marginal a consumir Teoria da cultura do consumidor Teoria do ciclo de vida
Atributos	Confiança do consumidor Confusão do consumidor Etnocentrismo do consumidor Socialização do consumidor Risco do consumidor
Processos	Atendimento ao consumidor Comportamento do consumidor Consumer-to-business Cooperativa de consumidores Defesa do consumidor Dívida do consumidor Economia do consumidor Gasto do consumidor Factory-to-consumer Neurociência do consumidor
Conceitos	Anticonsumismo Bem de consumo Ciclo de vida do produto Consumerização Consumidor cultural Consumo responsável Cultura de massa Despesas de consumo final Indústria cultural Livre-arbítrio Mercado consumidor Obsolescência programada Obsolescência Pesquisa de marketing Recompensa diferida
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