Exército dos Estados Confederados – Wikipédia, a enciclopédia livre

Exército dos Estados Confederados

Bandeira de batalha do Exército dos Estados Confederados
País  Estados Confederados da América
Subordinação Selo dos Estados Confederados da América Departamento de Guerra dos Estados Confederados (forças armadas)
Tipo de unidade Exército
Período de atividade 1861–1865
Extinção 26 de maio de 1865 (1865-05-26)
Marcha "Dixie"
Cores      Cinza[1]
História
Guerras/batalhas Guerras Indígenas nos Estados Unidos
Guerra Civil dos Estados Unidos
Logística
Efetivo 1 082 119 serviram no total[2]
  • 464 646 no seu auge em 1863
Comando
Comandante-em-chefe Jefferson Davis (prisioneiro)
Comandante do Exército Robert E. Lee  Rendição (militar)
Soldados confederados marchando em Frederick, Maryland, em setembro de 1862.

O Exército dos Estados Confederados ou Exército Confederado (Army of the Confederate States of America —ACSA—, em inglês) foi organizado em 6 de março de 1861 para defender os recém-criados Estados Confederados da América das ações militares do governo dos Estados Unidos durante a Guerra Civil Americana e preservar a escravidão no país.[3]

Um número preciso do total de homens que serviram no exército confederado não é possível de ser determinado pois a maioria dos papéis de governo confederados foram destruídos e dados da época estão incompletos; estima-se que ao menos 750 000 ou até 1 000 000 de homens tenham servido no exército sulista (o total de soldados do Exército da União era pelo menos o dobro disso). Esse número não inclui os que serviam na Marinha dos Estados Confederados. Este número também não inclui escravos que foram alistados a força para exercer diversas tarefas para o exército, principalmente na área de infraestrutura, ajudando a construir fortificações, cavando trincheiras, cuidando dos vagões de suprimentos e outros trabalhos braçais. Ao contrário da União, o Sul não aceitou negros em suas fileiras até perto do fim da guerra, porém não se sabe se algum escravo se alistou, como era perto do final do conflito e a vitória do Norte era certa, com o governo dos Estados Unidos já tendo emancipado todos os escravos sulistas.[4][5]

Embora a maioria dos soldados que tenham serviço na guerra civil tenham sido voluntários, a partir de 1862 ambos os lados recorreram a conscrição para preencher suas fileiras. Na ausência de estatísticas oficiais, estima-se que o total de soldados conscritos tenha sido em torno de 12% do total de homens que serviram no exército confederado (o dobro do que do Norte).[6]

Não se sabe quantos homens exatamente foram mortos ou feridos durante a guerra servindo a Confederação. As melhores estimativas colocam o mínimo de 94 000 soldados confederados mortos em combate, 164 000 mortos devido a doenças e 26 000 a 31 000 mortes em campos de prisioneiros da União. Ao menos 194 026 homens foram feridos em batalha. Somente em 1865, cerca de 100 000 soldados confederados desertaram,[7] embora alguns historiadores achem que este número pode ser o dobro.[8] Após a rendição do general Robert E. Lee em Appomattox e a queda de Richmond, ambos em abril de 1865, o exército confederado deixou de existir como um exército prático. O exército foi dispensado formalmente pelas autoridades federais em maio de 1865.

Exércitos confederados

[editar | editar código-fonte]

Tal como o Exército da União, o exército confederado dividia-se em diversas forças independentes entre si. Somavam no total entre 500 mil e dois milhões de homens, incluindo o pessoal não militar e reservas.

Os principais eram:

Os menores eram os de:

  • Kanawha (1861).
  • Kentucky Central (1861-62).
  • Missouri (1864).
  • Novo México (1861-62).
  • Kentucky (1862).
  • Tennessee Ocidental (1862-63).
  • Tennessee Meridional (1863-65).
  • Noroeste (1861-62).
  • Península (1861-62).
  • Potomac (1862).
  • Shenandoah (1861).
  • Transmississippi (1865).
  • Oeste (1862).
  • Luisiana Ocidental (1865).

Referências

  1. C.S. War Dept., p. 402.
  2. «Civil War Facts». American Battlefield Trust. 16 de Agosto de 2011 
  3. McPherson, James M. (1997). For Cause and Comrades: Why Men Fought in the Civil War. New York: Oxford University Press. p. 106. ISBN 0-19-509-023-3. OCLC 34912692 
  4. Crute Jr, Joseph H. (1987). Units of the Confederate States Army 2nd ed. Gaithersburg: Olde Soldier Books. ISBN 0-942211-53-7 
  5. Bledsoe, Andrew S. Citizen-Officers: The Union and Confederate Volunteer Junior Officer Corps in the American Civil War. Baton Rouge, Louisiana: Louisiana State University Press, 2015. ISBN 978-0-8071-6070-1.
  6. Albert Burton Moore, Conscription and Conflict in the Confederacy (1924).
  7. Eric Foner (1988). Reconstruction: America's Unfinished Revolution, 1863–1877. [S.l.: s.n.] p. 15. ISBN 9780062035868 
  8. Hamner, Christopher. «Deserters in the Civil War | Teachinghistory.org». Teachinghistory.org (em inglês). Consultado em 3 de agosto de 2018