Exercício físico – Wikipédia, a enciclopédia livre
O exercício físico é qualquer atividade que mantém ou aumenta a aptidão física em geral, e tem o objetivo de alcançar a saúde e também a recreação. O motivo da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades atléticas; a perda de peso e/ou a manutenção de alguma parte do corpo.
Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, etc.), moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, e outras coisas.[1][2] Além disso, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a depressão.[3] Todo exercício físico deve ser sempre realizado sob a orientação de um profissional ou centro desportivo qualificado, pois a prática de esportes somente nos permite atingir os objetivos esperados quando é devidamente orientada.[2]
Estima-se que à inatividade física seja responsável por 6% das doenças cardiovasculares, 7% de diabete tipo 2, 10% de câncer de mama e 10% de câncer de cólon. Essa inatividade também é responsável por 9% da mortalidade prematura no mundo.[4][5]
Benefícios
[editar | editar código-fonte]O exercício físico é um componente do moderno estilo de vida que nas suas distintas modalidades tais como ginástica, desporto e educação física constituem atividades vitais para a saúde, a educação, a recreação e o bem-estar do ser humano, a prática do desporto e os exercícios físicos podem fazer pelos Homens o que não poderiam fazer milhões de médicos. A prolongação da vida e a terapia contra numerosas enfermidades são os principais benefícios do exercício físico. Alguns dos benefícios da prática de exercícios incluem: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades atléticas; a perda de peso e/ou a manutenção de alguma parte do corpo. Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (doenças cardíacas) moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, e outras coisas. Além disso, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a depressão. Em cenários específicos, como o cancro, o exercício físico pode ter também efeitos benéficos, nomeadamente na cardioproteção, com estudos pré-clínicos recentes a demonstrar a importância do exercício na prevenção da caquexia cardíaca induzida pelo cancro.[6]
Exercícios físicos na vida adulta
[editar | editar código-fonte]O ideal para a saúde é que o exercício físico se torne um hábito na infância ou na adolescência, para não haver dificuldades de integrá-la à vida adulta. Um dos principais problemas relacionados a essa adaptação é a falta de tempo, que cria os "atletas de final de semana". Praticar atividade física somente aos finais de semana pode não ser bom para a saúde. É necessário um ritmo correto entre exercício e descanso. O recomendado é que, para cada dia de exercício, seja dado um dia de descanso, principalmente para as pessoas que se iniciam.
As consequências do sedentarismo para a saúde do homem são nefastas e bem conhecidas: maior risco de aterosclerose e suas consequências (angina, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral), aumento da obesidade, aparição de problemas como: hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, dislipidemia, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, depressão, ansiedade, além de aumento do risco de afecções osteo musculares e de alguns tipos de câncer de cólon e de câncer de mama.
Fazer exercício durante a idade adulta atrasa a perda de volume cerebral na velhice. Em estudos realizados, as ressonâncias magnéticas ao cérebro e os testes cognitivos aos participantes revelaram que as pessoas que tinham pior forma física tinham uma pressão arterial e frequência cardíaca mais elevadas quando praticavam desporto, além de terem menor tecido do cérebro.[7]
Nutrição e recuperação
[editar | editar código-fonte]A nutrição adequada é tão importante para a saúde quanto os exercícios. Durante os exercícios, é ainda mais importante ter uma boa dieta para garantir que o corpo tenha a proporção correta de macronutrientes e, ao mesmo tempo, forneça muitos micronutrientes, a fim de ajudar o corpo no processo de recuperação após exercícios extenuantes.[8] A recuperação ativa é recomendada após a participação em exercícios físicos porque remove o lactato do sangue mais rapidamente do que a recuperação inativa.
O exercício tem um efeito sobre o apetite, mas se aumenta ou diminui o apetite varia de indivíduo para indivíduo e é afetado pela intensidade e duração do exercício.[9]
Fatores prejudiciais
[editar | editar código-fonte]Consumo de álcool
[editar | editar código-fonte]O álcool estimula a liberação de insulina pelo fígado, que em excesso, desregulariza os níveis de açúcar no corpo, podendo estar relacionado a casos de diabetes tipo 2.[10] Além disso, bebidas alcoólicas provocam desidratação,[10] e isso interfere na absorção de vitaminas e minerais pelo organismo, o que são essenciais para um organismo saudável. Por fim, o álcool também é uma bebida calórica, que com ingestão não balanceada, pode levar o indivíduo ao sobrepeso.[11] Isso pode ser explicado bioquimicamente, uma vez que o etanol é uma substância tóxica, assim, deve ser expelido do corpo rapidamente, tendo então, prioridade nas vias metabólicas, como oxidação lipídica que promove a lipólise, ou seja, favorecendo o estoque de gordura pelo organismo.[11]
Sono irregular
[editar | editar código-fonte]Um sono irregular estimula a liberação de grelina, hormônio que tem ligação com a sensação de insaciedade e fome, ou seja, estimula o consumo alimentar, o que pode causar superávit calórico e casos de sobrepeso.[12] Além disso, o sono irregular provoca cansaço e falta de atenção, o que prejudica a prática de exercícios locomotores.[12]
Baixa ingestão de água
[editar | editar código-fonte]Durante a prática de exercícios, a energia química proveniente da oxidação dos nutrientes é transformada em calor. O corpo, para regular a temperatura, como mecanismo de termorregulação, realiza a evaporação de suor.[13] A fim de repor a água perdida pela transpiração, é imprescindível a ingestão de água, pois a desidratação, desde leve a moderada, causa sinais de intolerância ao calor, sede, fadiga muscular, tontura e entre outros sintomas.[13] Dessa forma, o consumo de água é um fator essencial para não cair o rendimento na prática de atividades físicas.
Referências
- ↑ Stampfer, M., Hu, F., Manson, J., Rimm, E., Willett, W. (2000) "Primary prevention of coronary heart disease in women through diet and lifestyle". The New England Journal of Medicine, 343(1), 16-23.
- ↑ a b Prof. Aluísio Menin Mendes, "Exercício Físico e Saúde". Acesso: 4 de Janeiro, 2009
- ↑ Hu., F., Manson, J., Stampfer, M., Graham, C., et al. (2001). "Diet, lifestyle, and the risk of type 2 diabetes mellitus in women". The New England Journal of Medicine, 345(11), 790-797.
- ↑ Lee, I.-Min; Shiroma, Eric J.; Lobelo, Felipe; Puska, Pekka; Blair, Steven N.; Katzmarzyk, Peter T. (21 de julho de 2012). «Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy». The Lancet (em inglês) (9838): 219–229. ISSN 0140-6736. PMC 3645500. PMID 22818936. doi:10.1016/S0140-6736(12)61031-9. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ «Inatividade aumenta mortes por doença cardiovascular na pandemia». Agência Brasil. 11 de maio de 2021. Consultado em 12 de janeiro de 2024
- ↑ Antunes, J.M.M.; Ferreira, Rita M.P.; Moreira-Gonçalves, Daniel (Agosto de 2018). «Exercise Training as Therapy for Cancer-Induced Cardiac Cachexia». Trends in Molecular Medicine. 24 (8): 709–727. ISSN 1471-4914. doi:10.1016/j.molmed.2018.06.002
- ↑ «Exercício físco previne o envelhecimento cerebral»
- ↑ Kimber N.; Heigenhauser G.; Spriet L.; Dyck D. (2003). «Skeletal muscle fat and carbohydrate metabolism during recovery from glycogen-depleting exercise in humans». The Journal of Physiology. 548 (3): 919–27. PMC 2342904. PMID 12651914. doi:10.1113/jphysiol.2002.031179
- ↑ Blundell, J. E.; Gibbons, C.; Caudwell, P.; Finlayson, G.; Hopkins, M. (2015). «Appetite control and energy balance: impact of exercise: Appetite control and exercise» (PDF). Obesity Reviews. 16: 67–76. PMID 25614205. doi:10.1111/obr.12257
- ↑ a b «Relatório Global sobre Álcool e Saúde». Centro de Informações sobre Saúde e Álcool. Genebra, Suíça: Organização Mundial da Saúde (OMS). 2018
- ↑ a b KACHANI, A.T.; et al. (2008). «O impacto do consumo alcoólico no ganho de peso». Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo): 21–24. Consultado em 26 de julho de 2022
- ↑ a b SANTANA, C. G. (2022). «Associações entre duração de sono e índices de massa gorda, muscular e corporal em adolescentes de São Luís, Maranhão, Brasil». São Luís, Maranhão, Brasil. Cadernos de Saúde Pública (3). Consultado em 26 de julho de 2022
- ↑ a b CARVALHO, Tales de (abril de 2010). «Hidratação e Nutrição no Esporte». Revista Brasileira de Medicina do Esporte (2): 144–148. Consultado em 26 de julho de 2022