Félix Bermudes – Wikipédia, a enciclopédia livre
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Félix Redondo Adães Bermudes | |
Data de nascimento | 4 de julho de 1874 | |
Local de nascimento | Porto, Reino de Portugal | |
Nacionalidade | Portuguesa | |
Altura | 1,76 m | |
Pé | Direito | |
Informações profissionais | ||
Posição | Médio | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1906–1915 | Benfica | 6 (1) |
Félix Redondo Adães Bermudes OSE (Porto, 4 de Julho de 1874[1] - Lisboa, 5 de Janeiro de 1960) foi um escritor e dramaturgo português. Foi ainda o 10º presidente do Sport Lisboa e Benfica em 1916 e de 1945 a 1946[2], clube que também representara enquanto atleta.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Impôs-se desde muito cedo, ao lado de Cosme Damião, primeiro como atleta e, mais tarde, como dirigente. Praticou futebol, atletismo, ténis, ciclismo, tiro desportivo, esgrima, hipismo e natação.
Particularmente marcante terá sido a sua acção em 1906, quando, com Cosme Damião, evitou o desmoronamento do clube, contribuindo com dinheiro próprio para o efeito.
A 28 de Julho de 1925 foi feito Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.[3]
Foi um dos membros fundadores da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, primeira designação da Sociedade Portuguesa de Autores e foi seu presidente de 1928 até 1960, sucedendo no cargo a Júlio Dantas.[4]
A 27 de Outubro de 1934 foi feito 53.º Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense.[5]
No seu primeiro mandato, o Benfica inícia uma série de três vitórias consecutivas no Campeonato de Lisboa (1915/1916, 1916/1917 e 1917/1918).
Quando da sua segunda passagem pelo clube, em 1945/1946 (em 1930, não aceitou tomar a posse), o jornal "Os Sports", onde publicou muitos poemas, deu ênfase ao facto de Félix Bermudes pertencer a uma equipa de dirigentes que honram um clube e de significar para os mais novos a exemplar conduta para um irmão mais velho.
No último ano, em 1944/1945, sagrou-se campeão nacional e resolveu o intrincado problema da sede da Rua Gomes Pereira, através da compra do edifício por 700.000$00 escudos, a liquidar em 15 anos.
Cultura
[editar | editar código-fonte]Bermudes foi igualmente um homem de cultura, tendo deixado o seu nome ligado a um sem-número de peças teatrais, comédias, revistas (p. ex. a revista ilustrada Cine[6] de 1934), e guiões de cinema, sendo da sua autoria, em parceria com Ernesto Rodrigues e João Bastos, o guião do peça O Leão da Estrela, adaptada posteriormente para o cinema por Arthur Duarte.
Em 1933, escreveu o texto da opereta "O Timpanas", com música de Frederico de Freitas.
Foi o criador do hino do Benfica, "Avante, Avante p'lo Benfica". O Sport Lisboa e Benfica foi obrigado pela Ditadura a deixar de usar esse hino, pela conotação Comunista da palavra "Avante", especialmente combinada com a cor encarnada!
Também colaborou na revista O Palco[7] (1912). É ainda famosa a sua tradução do poema If, de Rudyard Kipling.
Referências
- ↑ Igrejas Caeiro, Francisco (8 de julho de 2016) [1958]. «Félix Bermudes em entrevista - 1958». Rádio Clube Português. Master Groove. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Presidentes: os nomes que marcam a história». www.slbenfica.pt. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Felix Bermudes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de dezembro de 2018
- ↑ «Sociedade Portuguesa de Autores». Infopédia
- ↑ «Relação de Sócios Honorários» (PDF). Ginasiofigueirense.com
- ↑ Jorge Mangorrinha (25 de Fevereiro de 2014). «Ficha histórica: Cine (1934).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de Dezembro de 2014
- ↑ Helena Roldão (28 de agosto de 2013). «Ficha histórica: O palco: revista teatral (1912)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de janeiro de 2013