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Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(FIESP)
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Logotipo

Sede da FIESP na Avenida Paulista.
Tipo Rede de instituições privadas
Fundação 1931 (93 anos)
Estado legal  São Paulo
Sede São Paulo, SP
 Brasil
Sítio oficial www.fiesp.com.br

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) MHMAIC é uma entidade da indústria brasileira. A FIESP é filiada à Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade reúne 52 unidades representativas no estado de São Paulo, que representam 133 sindicatos patronais e 130 mil indústrias.[1]

A federação localiza-se na cidade de São Paulo. O edifício das entidades da indústria paulista hospeda o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), o Serviço Social da Indústria de São Paulo (SESI-SP), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (SENAI-SP), o Instituto Roberto Simonsen (IRS) e a sede de alguns sindicatos filiados.

Paulo Skaf foi eleito presidente da FIESP, em 2004. Ele foi reeleito presidente da federação em 2007 e reeleito novamente em 2011 e 2017, ficando no cargo até 31 de Dezembro de 2021.[2][3]

Em junho de 2014, o empresário Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e do Grupo Vicunha, assumiu a presidência da FIESP em substituição a Skaf, que foi candidato ao governo do Estado de São Paulo.[4]

Em Julho de 2021, o empresário Josué Gomes da Silva foi eleito presidente do CIESP e Rafael Cervone Netto 1º vice-presidente, junto com a nova diretoria para o quadriênio 2022-2025. Gomes sofreu um processo de impeachment e foi removido do cargo em janeiro de 2023[5].

Durante a Revolução de 1924 comandada pelo general Isidoro Dias Lopes, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), José Carlos de Macedo Soares permaneceu na cidade de São Paulo, que estava sendo bombardeada para proteger os bairros operários, as fábricas e os estabelecimentos comerciais. Com a derrota da resistência, Macedo Soares foi acusado de ter cooperado com a revolução e foi mandado para o exílio. A ACSP ficou enfraquecida sem o seu presidente.

Em 1928, um grupo de empresários da Associação Comercial de São Paulo, liderados por Jorge Street, Francisco Matarazzo e Roberto Simonsen fundaram o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CIESP, uma associação privada que apoia e representa os interesses das Indústrias. Em 1931, Matarazzo, Simonsen, Street e um grupo de empresários fundaram a FIESP para pleitear pela competitividade das indústrias no Brasil, reivindicar para diminuir os custos de produção e conter a desindustrialização. Durante o governo Vargas, o CIESP e a FIESP permaneceram separados. Após a Segunda Guerra Mundial, as entidades voltaram a atuar juntas.

Após o Golpe Militar de 1964 a Federação foi desmobilizada, perdeu seu presidente Rafael Noschese (em 1966), desmontou seu departamento econômico e ficou incapaz de produzir documentos sobre a economia brasileira por oito anos.[6]

Em 18 de agosto de 1997 foi agraciado como membro-honorário da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial Classe Industrial de Portugal.[7] Em 2002, a foi concedida a insígnia da Ordem do Mérito Militar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.[8]

Edifício sede da FIESP.
Entrada do Centro Cultural da FIESP.

A FIESP possui 52 unidades representativas no estado de São Paulo. A federação reúne 133 sindicatos patronais e 130 mil indústrias, reunindo setores que, segundo o ex-presidente Skaf informou para o ano de 2008, compõem 42% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Brasil.[1] Skaf foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP, do do Serviço Social da Indústria SESI-SP, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI-SP e do Instituto Roberto Simonsen IRS em 2004. Ele foi reeleito presidente das federações em 2007 e reeleito novamente em 2011.[9][10]

A FIESP possui diversos comitês, departamentos e conselhos que representam diferentes setores industriais. Entre os comitês estão o Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da FIESP, que é um grupo formado por jovens empreendedores que participam de diversas atividades da federação, acompanhando reuniões dos conselhos superiores, departamentos e outros comitês. O CJE interage com diversas entidades para promover o empreendedorismo.[11][12] O Comitê de Ação Cultural (Comcultura) da FIESP, que é um grupo que promove ações culturais de acesso à arte e à cultura junto à comunidade.[13] O Comitê de Responsabilidade Social da FIESP (Cores), que é um grupo formado por profissionais de diversos setores que orientam sindicatos e indústrias na gestão de responsabilidade social, meio ambiente e direitos humanos.[14]

A Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem de São Paulo da FIESP, que atua na administração, conciliação, mediação de arbitragens de conflitos empresariais para que diminua o número de processos abertos nos tribunais do Brasil.[15]

O edifício sede da FIESP é um dos principais marcos arquitetônicos da cidade, além de uma das principais atrações da Avenida Paulista, por conta do seu formato de pirâmide. O edifício tem 92 metros de altura e é um dos maiores da avenida. O edifício foi projetado pelo escritório de arquitetura Rino Levi, vencedor de um concurso em 1969, e inaugurado em 1979.[16][17] Em 1998 o prédio foi reformulado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha para a criação de um centro cultural nos pisos do térreo.[18]

Centro Cultural Ruth Cardoso

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A FIESP financia e apoio culturalmente o Centro Cultural FIESP Ruth Cardoso, fundado em março de 1998 e cujo nome homenageia a antropóloga Ruth Cardoso. O espaço inclui o Teatro do SESI, a galeria de arte do SESI-SP e o Espaço Mezanino. O Centro Cultural apresenta espetáculos teatrais, exposições, shows, projeções de filmes e palestras.[19] A FIESP patrocinou o musical A Madrinha Embriagada, dirigido por Miguel Falabella em 2013 e 2014.[20]

Campanhas recentes

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Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas

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A FIESP liderou a campanha para aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre produtos derivados da farinha de trigo em 2006, o que acarretou a diminuição do preço de itens como pão e macarrão em 2006.[21]

Contrária à CPMF

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Em outubro de 2007, a FIESP encaminhou uma carta aos empresários brasileiros onde listava os motivos pelos quais a Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) deveria ser extinta. A FIESP entregou mais de 1,3 milhão de assinaturas contra a CPMF á Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do senado federal. Em dezembro do mesmo ano, o senador federal determinou o fim do imposto da CPMF.[22]

Desde 2008, a FIESP fez reivindicações sobre a desoneração de impostos sobre os produtos da cesta básica. Em 2013, o governo Federal aprovou a Medida Provisória que reduz o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e elimina o Imposto sobre produtos industrializados IPI dos produtos da cesta básica.[23]

Energia a preço justo

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A FIESP também fez campanhas para que os bancos públicos reduzissem em até 30% a taxa do spread bancário em 2009. Em 2011, a FIESP iniciou a campanha ‘’Energia a preço justo’’, e entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União solicitando que o governo tomasse providências em relação aos preços da energia elétrica no pais. O governo federal concedeu o desconto médio de 20% nas contas de luz de todos os brasileiros em 2013.[24]

Em abril de 2013, a FIESP fez campanha na Câmara dos Deputados para aprovação da Medida Provisória (MP) 595, conhecida como Lei dos Portos, que melhora a infraestrutura e privatiza os portos do Brasil.[25] A Lei dos Portos foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em junho do mesmo ano.[23]

Contra o aumento do IPTU

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Em novembro do mesmo ano, a FIESP também entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei que aprovou o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de em média 55% nas residências e 88% no comércio, na cidade de São Paulo.[26] O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o aumento do IPTU em dezembro do mesmo ano.[27]

Monitoramento da prestação de serviços de internet

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Campanha inicialmente de combate à CPMF, Não Vou Pagar o Pato, foi um dos símbolos dos Protestos contra o governo Dilma Rousseff

Em junho de 2014, a FIESP em parceria com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) desenvolveram um software para monitoramento de banda larga fixa. O software gratuito verifica se as conexões de acesso à Internet estão de acordo com os serviços contratados.[28]

Não Vou Pagar o Pato

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Em setembro de 2015, a FIESP iniciou uma campanha de nome Não Vou Pagar o Pato, contra o aumento de impostos e contra a volta da CPMF.[29][30] A CPMF foi apresentada pelo Governo Dilma Rousseff como a melhor forma de recuperar a economia, abalada pela crise econômica de 2014.[31] Posteriormente, a FIESP passou a usar o pato como símbolo da campanha pelo processo de impeachment da presidente em contexto de crise política, somada à econômica.[32]

Referências

  1. a b «Fiesp fará missão ao mundo árabe em 2009 por novos negócios». Diário Comércio Indústria & Serviços. 4 de junho de 2008. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  2. «Em chapa única, Paulo Skaf é reeleito presidente da FIESP». Folha de S.Paulo. 22 de agosto de 2014. Consultado em 12 de dezembro de 2014 
  3. Elaine Cotta (25 de agosto de 2004). «Pela 1 vez na história, Fiesp e Ciesp vão ter presidentes diferentes». Folha de S.Paulo. Consultado em 12 de Dezembro de 2014 
  4. «Tafael Cervone Netto assume pela segunda vez a presidência da Ciesp». Diário SBO. 3 de junho de 2014. Consultado em 17 de Dezembro de 2014 
  5. «Os bastidores da assembleia que tirou Josué Gomes da presidência da Fiesp». VEJA. Consultado em 18 de janeiro de 2023 
  6. Gaspari, Elio (2014). A Ditadura Escancarada 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca. p. 240. 526 páginas. ISBN 978-85-8057-408-1 
  7. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Federação da Indústria do Estado de São Paulo". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 3 de abril de 2016 
  8. BRASIL, Decreto de 3 de abril de 2002.
  9. «Paulo Skaf é reeleito por mais quatro anos na Fiesp». G1 Economia. 11 de abril de 2011. Consultado em 17 de novembro de 2014 
  10. Vasconcelos Quadros (14 de junho de 2014). «PMDB oficializa Paulo Skaf como candidato ao governo de São Paulo». Último Segundo. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  11. «Comitê de Jovens Empreendedores da FIESP lança manual para pequenos empresários». Estadão. 23 de abril de 2007. Consultado em 18 de dezembro de 2014 
  12. Band (16 de agosto de 2013). «Conheça o CJE – Comitê de Jovens Empreendedores da FIESP». UOL. Consultado em 18 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2013 
  13. «Centenário da Pinacoteca de SP é celebrado em mostra». Terra. 11 de agosto de 2005. Consultado em 18 de dezembro de 2014 
  14. Tânia Monteiro (20 de abril de 2013). «Fiesp fara campanha para aprovar MP dos Portos na Câmara». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  15. «Fiesp aprova pacto de mediação para desafogar a Justiça». Brasil Econômico. 17 de abril de 2014. Consultado em 17 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 18 de dezembro de 2014 
  16. Isabela Barros (27 de agosto de 2014). «Trinta e cinco coisas que você não sabia sobre o prédio da Fiesp». www.fiesp.com.br. Consultado em 7 de abril de 2017 
  17. Igor Guatelli (7 de dezembro de 2006). «Edifício FIESP–CIESP–SESI». www.vitruvius.com.br. Consultado em 7 de abril de 2017 
  18. Tânia Monteiro (31 de março de 1997). «Fiesp fara campanha para aprovar MP dos Portos na Câmara». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de dezembro de 2014 
  19. Beatriz Fonseca (22 de agosto de 2014). «Cento Cultural Fiesp passa a levar o nome de Ruth Cardoso». Diário do Grande ABC. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  20. Caio Gallucci (1 de agosto de 2013). «Comédia musical de Miguel Falabella ganha temporada gratuita». Catraca Livre. Consultado em 1 de agosto de 2014 
  21. «Câmara Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires - Estado de São Paulo» (PDF). Câmara de São Paulo. 12 de Fevereiro de 2014. Consultado em 18 de dezembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 13 de dezembro de 2014 
  22. Folha Online (31 de outubro de 2007). «Skaf entrega 1,3 milhão de assinaturas contrárias à CPMF ao Senado». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 dezembro de 2014 
  23. a b Priscila Mendes (8 de agosto de 2013). «Dilma anuncia na TV desoneração de produtos da cesta básica». G1 Econômia. Globo.com. Consultado em 12 de dezembro de 2014 
  24. Mariana Queiroz Barboza (21 de setembro de 2012). «"A mamata da energia terminou"». IstoÉ. Consultado em 18 de dezembro de 2014 
  25. Tânia Monteiro (20 de abril de 2013). «Fiesp fara campanha para aprovar MP dos Portos na Câmara». Estadão. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  26. «Fiesp vai à justica contra aumento do IPTU em Sao Paulo». Estadão. 22 de novembro de 2013. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  27. Gabriel Mandel (11 de dezembro de 2013). «Aumento do IPTU de São Paulo é suspenso pelo TJ-SP». Consultor Jurídico. Consultado em 17 de Dezembro de 2014 
  28. Bia Parreiras (11 de junho de 2014). «Monitor de Banda Larga é arma para os consumidores». Exame. Abril. Consultado em 17 de dezembro de 2014 
  29. «Fiesp e setor produtivo lançam campanha 'Não vou pagar o pato'». Valor Econômico. 21 de setembro de 2015. Consultado em 26 de maio de 2016 
  30. Ricardo Brito. «Skaf lança campanha 'Não Vou Pagar o Pato' em frente ao Congresso». Estadão. Consultado em 26 de maio de 2016 
  31. Alegretti, Laís; Alex, Filipe Matoso e; G1, ro MartelloDo; Brasília, em (28 de janeiro de 2016). «Dilma afirma que CPMF é a 'melhor solução disponível' para a economia» 
  32. «Por impeachment, Fiesp põe 5 mil minipatos na Esplanada». Não Vou Pagar o Pato - Diga Não ao Aumento de Impostos 

Ligações externas

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