Feminismo socialista – Wikipédia, a enciclopédia livre
Feminismo socialista é um ramo do feminismo que se concentra no âmbito público e privado da vida da mulher e argumenta que a liberação feminina só pode ser alcançada através do fim das fontes econômicas e culturais de opressão contra as mulheres[1] buscando a igualdade social e legal de gênero.[2] O feminismo socialista amplia o argumento de feminismo marxista sobre o papel do capitalismo na opressão das mulheres e a teoria do feminismo radical sobre o papel do gênero e do patriarcado. As feministas socialistas rejeitam a principal reivindicação do feminismo radical, que é a de que o patriarcado é a única ou principal fonte de opressão das mulheres.[3] Em vez disso, as socialistas afirmam que as mulheres são incapazes de serem livres devido à sua dependência financeira dos homens na sociedade. As mulheres são dominadas pelos governantes do sexo masculino no capitalismo devido a um equilíbrio desigual da riqueza. Eles veem a dependência econômica feminina como a força motriz da subjugação das mulheres aos homens. Além disso, as feministas socialistas veem a libertação das mulheres como uma parte necessária da busca por justiça social, econômica e política para todos.
O feminismo socialista baseia-se muitos conceitos encontrados no marxismo; como um ponto de vista materialista histórico, o que significa que eles relacionam suas ideias com as condições materiais e históricas das vidas das pessoas. As feministas socialistas consideram, assim, que o sexismo e a divisão sexual do trabalho de cada época histórica é determinada pelo sistema econômico do período. Essas condições são amplamente expressas através de relações capitalistas e patriarcais. As feministas socialistas, portanto, rejeitam a noção marxista de que classes e luta de classes são os aspectos que definem apenas a história e o desenvolvimento econômico. Karl Marx afirmava que, quando a opressão de classe fosse superada, a opressão de gênero também desapareceria. De acordo com as feministas socialistas, essa visão de opressão de gênero como uma sub-classe da opressão de classe é ingênua. Em 1972, a organização feminista "Chicago Women's Liberation Union" publicou O Feminismo Socialista: Uma Estratégia para o Movimento das Mulheres, que se acredita ser a primeira publicação que usou o termo "feminismo socialista".[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ What is Socialist Feminism?, retrieved on May 28th 2007.
- ↑ Pushkareva, Natalia.1997. Women in Russian History: From the Tenth to the Twentieth Century. Translated and edited by Eve Levin. London, UK: M.E. Sharpe. Hayden, Carol Eubanks. 1979 /1984. Feminism and Bolshevism: The Zhenotdel and the Politics of Women’s Emancipation in Russia, 1917-1930. Ann Arbor, Mich.: University Microfilms International.
- ↑ Buchanan, Ian. "Socialist Feminism." A Dictionary of Critical Theory. Oxford Reference Online. Oxford University Press. Web. 20 de outubro de 2011.
- ↑ Margeret "Peg" Strobel; Sue Davenport (1999). «The Chicago Women's Liberation Union: An Introduction». The CWLU Herstory Website. University of Illinois. Consultado em 25 de novembro de 2011. Arquivado do original em 4 de novembro de 2011