Fiat G.91 – Wikipédia, a enciclopédia livre

G.91
Caça
Fiat G.91
Fiat G-91/R3
Descrição
Tipo / Missão Caça-bombardeiro, com motor turbojato, monomotor monoplano
País de origem  Itália
Fabricante Fiat Aviazione
Aeritalia
Flugzeug-Union Süd
Período de produção 1958-1977
Quantidade produzida 770
Primeiro voo em 9 de agosto de 1956 (68 anos)
Introduzido em 1958
Aposentado em 1995
Variantes Fiat G.91Y
Tripulação 1
Notas
Dados: Ver seção "Especificações"

O FIAT G-91 é um caça-bombardeiro leve desenvolvido e fabricado pela Fiat Aviazione, na Itália, de 1958 a 1977.

O avião foi o vencedor de uma competição da NATO, com o objectivo de encontrar um caça de ataque ligeiro, barato, com baixo custo de manutenção, capacidade para operar a partir de pistas curtas e rudimentares e capaz de boas performances e desempenho.

Foi introduzido e operado pela Aeronautica Militare Italiana, posteriormente pela Deutsche Luftwaffe da Alemanha e Força Aérea Portuguesa, ao serviço da qual efectuou missões de combate, na denominada Guerra Colonial Portuguesa.

Vários países ignoraram o projecto ou cancelaram as suas encomendas, o caso da Grécia, da Turquia, da França, da Áustria e dos Estados Unidos, apesar destas contrariedades foi produzido ao longo de 19 anos e manteve-se operacional por mais de 35, os pilotos Alemães e Portugueses alcunharam-no de "Gina" de forma carinhosa.

Desenvolvimento e Produção

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Numa tentativa de obter um padrão nos equipamentos e suas capacidades a NATO anunciou em 1954 um concurso para equipar os países membros com um caça-bombardeiro moderno de apoio táctico, obedecendo aos seguintes parâmetros:[1]

G.91Y
  1. Capaz de atacar veículos blindados, concentração de tropas, instalações petrolíferas e ou industriais e alvos de oportunidade em movimento.
  2. Capaz de missões de interdição, nomeadamente comboios, barcaças ou outros transportes similares de tropas.
  3. Capaz de operar a partir de auto-estradas, pistas não preparadas ou rudimentares e com uma corrida à descolagem para ultrapassar um obstáculo de 15 metros de altura, não superior a 1 100 metros.
  4. Capaz de sustentar a velocidade de mach 0.95 durante pelo menos 30% da missão, um raio de acção de 280 Km e permanecer na área do alvo durante 8 a 10 minutos.
  5. Boa manobrabilidade e alta taxa de rolamento ventral.
  6. Protecção blindada contra fragmentos de explosões e fogo de armas ligeiras, para o piloto e tanques de combustível.
  7. Armado com quatro metralhadoras ou dois canhões, assim configurados: 4x12.7mm ou 2x20mm ou 2x30mm, com provisão para 300, 200 e 120 tiros respectivamente.
  8. Capaz de transportar armamento externo em pelo menos uma estação debaixo de cada asa, com capacidade de até 230Kg.
  9. Peso vazio de 2 000Kg e máximo à descolagem de 4 700Kg ou superior.
  10. Equipado internamente com pelo menos: rádio na banda UHF, identificador IFF e sistema de navegação táctico TACAN.

Em 1956 a FIAT apresentou o protótipo do G.91, o qual tinha algumas semelhanças com o maior F-86K, então construído sob licença. Era um avião pequeno com asas em flecha, trem de aterragem em triciclo e canopy espaçosa em forma de bolha. Em voo mostrava-se ligeiro e manobrável e com capacidade de transporte para vários tipos de armamento.
Os testes de voo tiveram início em 1957 e demonstraram uma superioridade clara do G.91 em desfavor dos oponentes Franceses, Dassault Étendard VI e Breguet Taon.[2]

G.91R/4, pertence ao museu do ar Alemão em Berlin-Gatow

Apenas em 1958 foi anunciada a vitória do G.91 na competição, devido essencialmente a querelas políticas organizadas pela França, que nunca se mostrou conformada com a eliminação dos seus aviões. A boa impressão causada pela aeronave Italiana, motivaram um interessante número de encomendas, ou intenções de compra. A Itália encomenda 50 R/1 a própria França encomendou 50 G.91R/2, a Grécia e a Turquia colocaram encomendas para 25 G.91R/4 para cada Força Aérea, a Alemanha encomendou 50 unidades do modelo R3, logo seguida de uma nova encomenda de 294 exemplares do mesmo modelo, mas construídos por um consórcio Alemão liderado pela Dornier e do qual faziam parte a Messerschmitt e a Heinkel.[nota 1] A Áustria encomendou 12 G.91R/3 e dois da versão de treino ainda em desenvolvimento, a Suíça e a Argentina demonstram um acentuado interesse e os estudos tendentes a obter uma versão de longo alcance destinada à Noruega encontravam~se em estado avançado.[3]

Fiat G-91R/3 "Gina" (Luftwaffe serial 99+03)

No início de 1961, quatro G.91 foram transportados para os Estados Unidos, a bordo de um C-124 Globemaster II e colocados dois à disposição do Exército dos Estados Unidos em Fort Rucker no Alabama e os restantes dois à disposição da USAF na base aérea de Kirkland no Novo México. Após intensos e variados testes, durante os quais foi perdida uma aeronave em acidente operacional,[nota 2] tendentes a avaliar o G.91 como futuro avião de suporte aéreo táctico do Exército dos Estados Unidos.
Uma mudança na doutrina táctica nas forças armadas Americanas, que atribuiu à USAF a missão de apoio às forças terrestres com aviões de asa fixa, deitou por terra a eventual compra do G.91, já que o mesmo foi declarado não satisfatório pela Força Aérea dos Estados Unidos.[4]

Após o revés Norte-Americano, rivalidades políticas e querelas mal resolvidas após a Segunda Guerra Mundial, ditaram a anulação das encomendas da França, logo seguida da Áustria que alegou um conflito fronteiriço, da Grécia que apesar de já ter recebido quatro exemplares, declinou os restantes, optando pelo F-5A Freedom Fighter oferecido pelos Estados Unidos ao abrigo do programa de ajuda mútua, o mesmo sucedeu com a Turquia. A Noruega Suíça e Argentina não voltaram a manifestar interesse na aquisição.[5]

Produção do FIAT G.91 - excepto a versão Y[6]
Quantidade N.º construção Matrícula Utilizador Notas
Protótipo 1 NC.1 n/a FIAT
Protótipo 3 NC.1b,2,3 MM 565-567 Itália
Pré-Produção 27 NC.4-30 MM 6238-6264 Itália [nota 3]
G.91R/1 23 NC.54-89 MM 6238-6287 Itália
G.91R/3 50 NC. 54-89, 91-97, 102-108 30+01 a 30+43 Alemanha
G.91R/4 50 NC:90, 98-101, 109-153 FAP, 5401-5440 Alemanha/Portugal [nota 4]
G.91R/1A 25 NC.154-178 MM 6290-6314 Itália [nota 5]
G.91R/1B 50 NC.179-228 MM 6375-6424 Itália
G.91R/3 294 NC.301-594 30+44 a 30+99

31+01 a 31+99
32+01 a 32+99
33+01 a 33+23

Alemanha/Portugal [nota 6]
Protótipos G.91T 2 NC.1 e 2 MM6288-6289 Itália
G.91T/3 44 NC.1-44 34+01 a 34+41 Alemanha
G.91/T1 65+34 NC.45-119

NC.120-153

MM6315-6374

MM6425-6438
MM54392-54426

Itália
G.91T/3 22 NC.601-622 34+41 a 34+62 Alemanha/Portugal
Totais 690 FIAT Aviazione(Aeritalia) - 373 Dornier Werke Gmbh - 316
Azul: Operadores, Azul claro: Encomendado mas cancelado, Vermelho: Testado mas não encomendado.

 Angola

  • Reclama quatro Fiat G.91 R/4 capturados juntamente com outro material de guerra abandonado por Portugal na sequência do processo de independência, teriam estado no activo até 1982, apesar da sua capacidade operacional ser questionável.[7]
  • Outras fontes afirmam que teriam sido abandonados apenas dois ou três FIAT que teriam sido o embrião da nova Força Aérea Angolana, nunca foi encontrada uma evidência que suporte esta afirmação. Oficialmente as autoridades Portuguesas afirmam que todos os G.91 regressaram a Portugal.[8]

 Alemanha

A Alemanha operou um total de 460 aeronaves Fiat G.91R3 / R4 e T/3, das quais 294 foram de construção doméstica e as restantes de fabrico Italiano, nas quais se incluem 50 Fiat G.91R4 destinados à`Turquia e à Grécia, mas por ambos os países recusados, deste conjunto de 50 aeronaves 40 foram transferidas para a FAP em 1966. A Alemanha retirou o seu último Fiat em 1982.

 Grécia

  • 25 G.91R/4 encomendados e recusados. Apenas um foi entregue em 1961 e devolvido no mesmo ano, veio a ser em 1966 o 5401 da FAP.[9]

 Itália

  • O primeiro G.91 foi entregue ao 103º Gruppo, 5ª Aerobrigata da Força Aérea Italiana em Agosto de 1958 a qual recebeu um total de 229 aeronaves de todas as versões incluindo as de pré-produção assim distribuídas:
    • 125 - Fiat G.91R/1 (25 R/1A e 50 R/1B)
    • 101 - Fiat G.91T/1
    • 67 - Fiat G.91Y

O último foi retirado em 1995

Portugal Portugal

  • Necessitando de um avião de apoio aéreo próximo, para usar nos territórios africanos, Portugal comprou em 1966 à então Alemanha Ocidental 40 FIAT G91R/4 do lote inicial de 50 aeronaves destinadas à Grécia e Turquia, mas por ambos os países recusadas. Parte do negócio é uma contrapartida pela cedência de instalações para treino das tripulações alemâs, em Beja.[10]
    Neste lote de 40 unidades está incluído o primeiro G.91R/4 fornecido à Grécia e que foi devolvido, tendo-se tornado também o primeiro ao serviço da FAP com o n.º de cauda 5401, os restantes seguiram a numeração até 5440.[9]
  • No verão de 1974 a Alemanha Ocidental ofereceu a Portugal a preços de baixo custo a possibilidade de compra de vários T/3 e R/3, entregues faseadamente entre 1976 e 1982 tendo sido adquiridos 96 aeronaves dos dois tipos, mas apenas 33 R/3 e 11 T/3 serviram operacionalmente, os restantes foram, ou canibalizados, ou serviram como alvos, ou ainda como bancada de testes e treino em diversas unidades da FAP. Os R/3 foram matriculados com os n.ºs de cauda 5441 a 5473 e os T/3 de 1801 a 1811, anteriormente e por um breve período de tempo foram matriculados na série 5400.
  • Com o incremento de aeronaves disponíveis foram criadas duas esquadras:[11]
  1. Esquadra 301 "Jaguares", sediada na Base Aérea n.º 6 (BA6) constituída por G.91R/3 e G.91T/3.[nota 7][11]
  2. Esquadra 303 "Tigres", alojada na Base Aérea n.º 4 (BA4) nos Açores, constituída por G.91R/4 e G.91T/3.[nota 8][11]
  • Em 1980 e 1985 aviões FIAT G.91R/3 da Esquadra 301 "Jaguares" ganharam o troféu de prata da reunião anual de esquadras "Tiger" dos países pertencentes à NATO, que premeia o vencedor da competição "Tigermeet", defrontando oponentes como o F-4 Phantom II, F-16 Fighting Falcon, Dassault Mirage F1 e F-111. Finalmente a 15 de Junho de 1993 realiza-se o último voo oficial, após mais de 75 000 horas de voo ao longo de 27 anos.[12]

Envolvimento Operacional

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Em Março de 1966, foram embarcados os oito FIAT G.91R/4 que iriam constituir a Esquadra 21 "Tigres" na Base Aérea n.º 12 em Bissalanca ex Guiné Portuguesa, a qual se tornou operacional em finais de Junho do mesmo ano. Regressaram a Portugal em 1974, após mais de 14 000 horas de voo em missões de combate, com um saldo de um piloto perdido e sete aeronaves abatidas:[13]
Entre Novembro de 1968 e Abril de 1960 ficam operacionais os oito primeiros Fiat G.91R/4 na Base Aérea Nº 10 (BA10) na Beira com destino ao Aeródromo Base Nº5 (AB5) em Tete integrados na recém formada Esquadra 502 "Jaguares", em Julho de 1970 chegam à Base Aérea Nº 10 (BA10) na Beira os primeiros dois de um total de oito (que chegarão faseados até ao final do ano), para integrar a Esquadra 702 "Escorpiões" criada em Setembro de 1970 e destinada a operar a partir do Aeródromo Base Nº5 (AB5) em Nacala. Ambas as esquadras usavam destacamentos em Nampula no Aeródromo de Manobra 52 (AM52), em Porto Amélia e no Aeródromo de Manobra 51 (AM51) em Mueda, para além de outros destacamentos não permanentes no Aeródromo Base Nº6 (AB6) Nova Freixo, Aeródromo de Manobra 61 (AM61) Vila Cabral.
A partir de 1973 as forças da Frelimo são equipadas com o míssil SAM-7 "Grail", o que obriga os pilotos portugueses a serem mais cautelosos no planeamento das missões. O único Fiat G.91R/4 perdido foi o 5429 da Esquadra 502, pilotado pelo Tenente Emílio Lourenço, devido à explosão prematura de uma das bombas que transportava.
Em 1974 após a mudança de regime político em Portugal os Fiat G.91 começam a abandonar Moçambique de regresso à Base Aérea N.º6 (BA6) no Montijo.[14][15]
De regresso a Portugal no final de 1974 alguns Fiat G.91R/4 oriundos das Esquadras 502 e 702 que operaram em Moçambique, foram desviados para Base Aéra N.º 9 (BA9) em Luanda, onde substituíram os F-84G Thunderjet na Esquadra 93 "Magníficos", antevendo uma possível guerra civil. Foram retirados em Janeiro do ano seguinte, tendo efectuado apenas uma missão de combate, contra forças que lutavam pela libertação do enclave de Cabinda.[15]

Compilação de dados[6]

  • G.91
Protótipos e pré-produção.
  • G.91A
Modelo expeimental (NC.31) para testes de slats e depósitos externos de combustível.
  • G.91BS/1
Projecto derivado do G.91T/1, mas monolugar, com electrónica mais elaborada e sistemas de reconhecimento fotográfico. Nunca construído.
  • G.91BS/2
Fiat G.91/R3 exposto em Vila Real
Versão de dois lugares similar ao modelo BS/1. Nunca construído.
  • G.91N
Apenas um exemplar construído derivado de um modelo de pré-produção, com equipamento extra de navegação.
  • G.91PAN
Versão de acrobacia para a esquadrilha de demonstração aérea Frecci Tricolori. Os depósitos debaixo das asas, são falsos e servem como balastro.
  • G.91R
Conversão de quatro modelos de pré-produção para a função de reconhecimento.
  • G.91R/1
Produção para a Força Aérea Italiana. Equipados com quatro metralhadoras de 12.7 mm e três câmaras fotográficas instaladas no nariz.
  • G.91R/1A
Similar ao R/1 mas com os instrumentos padrão do modelo R/3.
  • G.91R/1B
Similar ao R/1A, mas com estrutura reforçada, introdução de pneus sem câmara de ar e pequenas modificações ao nível da instrumentação.
  • G.91R/2
Encomendado pela França, mas nunca construído.
  • G.91R/3
Modelo monolugar padrão, adquirido pela Deutsche Luftwaffe, similar ao R/1 mas com instrumentos mais sofisticados e quatro estações para armamento debaixo das asas. Equipado com 2 canhões de 30 mm. Também usado pela Força Aérea Portuguesa.
  • G.91R/3SATS
Conversão de um exemplar R/3 da Deutsche Luftwaffe, com foguetes de apoio à descolagem e gancho de retenção.
G.91R/4 preservado na Base Aérea n.º 4, Açores
  • G.91R/4
Modelo destinado á Grécia e Turquia, mas nunca aceite por ambos os países. Transferidos para a Deutsche Luftwaffe. Foram mais tarde adquiridos por Portugal. Distinguia-se do R/3 pela montagem de quatro metralhadoras de 12.7 mm, no lugar dos dois canhões de 30 mm
  • G.91R/5
Versão estudada para a Noruega com alcance superior. Nunca construída.
  • G.91R/6
Versão mais robusta nunca construída. Algumas características foram incorporadas no modelo R/1B.
  • G.91RS
Projecto derivado do G.91A com motor mais potente. Nunca construído.
  • G.91T
Apenas construídos dois protótipos de dois lugares, derivados do modelo R/1
  • G.91T/1
Versão de produção 2 lugares em tandem, com duas metralhadoras de 12.7 mm.
  • G.91T/2
Versão de treino (2 lugares) proposta para a Força Aérea Francesa. Nunca construída.
  • G.91T/3
G.91T/3 da AMI (Força Aérea Italiana)
Versão de dois lugares para a Deutsche Luftwaffe com instrumentação do R/3.
  • G.91T/4
Versão projectada para a Força Aérea Italiana com instrumentação usada pelo F-104 Starfighter.
  • G.91TS
Versão supersónica. Não passou do projecto.
  • G.91Y
Versão bimotor amplamente modificada e com capacidade para transportar todo o tipo de armamento usado pela Nato na época, inclusive armas nucleares.
  • G.91YT
Versão de dois lugares do G.91Y, nunca construída.
  • G.91YS
Versão do G.91Y projectada para a Suíça. Apenas um exemplar construído.

Sobreviventes

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De um total de 136 G.91R/3/4/T3 recebidos, pela Força Aérea Portuguesa com início em 1966 e retirada oficial em 1993, restam preservados em exposição estática pelo museu do ar e entidades civis ou armazenados aguardando colocação ou a guilhotina, aproximadamente 46 exemplares, conforme a seguinte lista:[16][17]

G.91R/3 exposto no interior da Base Aérea n.º 1 em Sintra

.

Fiat G-91R/3, com esquema de pintura Tigre, pertence ao Museu do Ar
FIAT G.91 R/3 ex Deutsche Luftwaffe 30+78;
FIAT G.91 R/3 ex Deutsche Luftwaffe 32+20;
FIAT G.91 R/3 ex Deutsche Luftwaffe 32+87;
FIAT G.91 T/3 ex Deutsche Luftwaffe 34+45;
FIAT G.91 T/3 ex Deutsche Luftwaffe 34+43;
FIAT G.91 T/3 ex Deutsche Luftwaffe 34+48.
  • Hangar nº1 da ex Base aérea nº2 na Ota, armazenadas várias aeronaves pertencentes ao museu do ar, entre as quais:
FIAT G.91 R/4 5436 (ex Deutsche Luftwaffe BD+254 posteriormente BR+254),
FIAT G.91 R/3 5452 (ex Deutsche Luftwaffe 32+01),[nota 16]
FIAT G.91 T/3 1806 (ex Deutsche Luftwaffe BD+124 posteriormente 34+23).[nota 17]
Fiat G.91R/4, Ilha de Santa Maria, Açores (Ainda por renovar)
  • FIAT G.91 R/4 5432 (ex Deutsche Luftwaffe BD+377). Exposto no Aeródromo Militar de Tancos, ex Base Aérea n.º 3
  • FIAT G.91 R/3 5470 (ex Deutsche Luftwaffe 30+77). Exposto no aérodromo Municipal de Vila Real.
  • FIAT G.91 R/4 5408 (ex Deutsche Luftwaffe BD+385). Em Viseu desde 1970, é o único G.91 preservado que ostenta o esquema de pintura totalmente verde, adoptado na fase final das operações na ex Guiné Portuguesa.
  • FIAT G.91 R/4 5415. Exposto na Ilha de Santa Maria nos Açores por oferta da FAP em Setembro de 1993 (Retirado para restauro integral a 31 de Outubro de 2018 e reposto a 9 de Novembro de 2018, esta restauração ocorre 25 anos após a sua colocação. Por efeito do tempo e exposição aos elementos climatéricos o avançado estado de degradação em que se encontrava era por demais evidente, assim sendo esta restauração foi levada a cabo pela FAP em colaboração e apoio com entidades privadas e públicas e população local.)

Resulta de uma solicitação da Aeronautica Militare, para um caça-bombardeiro ligeiro com capacidade de reconhecimento. Possui dois motores General Electric J-85, montados lado a lado numa fuselagem totalmente revista. Surpreendeu por não ter capacidade supersónica, numa época onde todas as forças aéreas se equipavam com aviões capazes de operar acima da barreira do som, como o F-5 Freedom Fighter ou com um desempenho altamente superior como o projecto franco-inglês SEPECAT Jaguar ou o A-7 Corsair. Apenas foi operado pela Itália, que adquiriu 67 unidades. Foi retirado de serviço no início de 1995.[18]

Especificações

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FIAT G.91 - Especificações Técnicas[19]
G.91R/1 G.91R/3 G.91R/4 G.91T/1 & T/3 G.91Y
Dimensões:
Envergadura 8,56 m 8,56 m 8,56 m 8,60 m 9,00 m
Comprimento 10,30 m 10,30 m 10,30 m 11,57 m 11,78 m
Altura 4,00 m 4,00 m 4,00 m 4,26 m 4,43 m
Área das asas 16,42 m² 16,42 m² 16,42 m² 16,42 m² 18,10 m²
Performance:
Veloc. máx. ao nível do mar 1 068 km/h 1 068 km/h 1 068 km/h 1 010 km/h 1 110 km/h
Veloc. máx. a 1 500 m 1 080 km/h 1 080 km/h 1 080 km/h 1 070 km/h 1 110 km/h
Relação de subida inicial 1 830 m/min 1 830 m/min 1 830 m/min 1 830 m/min 5 181 m/min
Tecto 13 100 m 13 100 m 13 100 m 11 890 m 12 500 m
Raio de acção 320 km 320 km 320 km 320 km 600 km
Alcance máximo 1 840 km 1 840 km 1 840 km 2 180 km 3 370 km
Distância p/ descolar 1 180 m 1 180 m 1 180 m 1 250 m 750 m
Armamento
Fixo 4x 12,7 mm 2x 30 mm 4x 12,7 mm 2x 12,7 mm 2x 30 mm
Carga externa 454 kg 454 kg 454 kg 454 kg 1 810 kg
Pesos
Vazio 3 100 kg 3 360 kg 3 360 kg 3 290 kg 3 900 kg
Máx. à descolagem 5 670 kg 5 670 kg 5 670 kg 6 050 kg 7 800 kg
Capacidade combustível
Interna 2 100 lt 2 100 lt 2 100 lt 1 600 lt 3 200 lt
Motor 1× Bristol Siddeley Orpheus 803 02 com 22.2Kn de potência
  1. Foram os primeiros aviões a serem construídos em solo Alemão, após o final da segunda guerra Mundial.
  2. No qual perdeu a vida o piloto de testes, Comandante R. Big namini
  3. MM 6251, 53, 57 e 59 construídos como G.91R, posteriormente convertidos para G.91PAN e matriculados 6238-44, 6248-56, 6259-61 e 6264-??
  4. Originalmente destinados à Grécia e a Turquia, foram adquiridos pela Luftwaffe. Em 1965 (40) foram transferidos para Portugal
  5. MM 6310, 6311, 6614 convertidos para G.91PAN
  6. 96 R/3 e T/3 tansfridos para Portugal entre 1974 e 1982.
  7. A Esquadra 301 "Jaguares" só assim foi designada a partir de 1978, desde a sua formação em Agosto de 1974, era designada esquadra 62 "Jaguares", formada com os Fiat vindos de Africa
  8. Começou por ser um destacamento da Esquadra 301 "Jaguares" composto por oito aviões e seis pilotos, criado em Agosto de 1980. Em Novembro de 1981 é formada a esquadra 301 "Tigres", que teve vida curta pois foi desactivada em 13 de Janeiro de 1990.
  9. O piloto Tenente-coronel José Fernando de Almeida Brito, faleceu na sequência deste abate.
  10. O Tenente Victor Manuel Castro Gil, após sobreviver ao abate do seu avião ejectando-se, ainda resistiu a uma longa caminhada durante a noite em zona de guerra. Veio a falecer aos 28 anos de idade, a 5 de Janeiro de 1979 aos comandos de um T-33 quando executava a manobra de aterragem na BA5 em Monte Real
  11. Local onde se encontra ainda uma quase metade dianteira do FIAT G.91R/4 5434 (ex Luftwaffe BD+246)
  12. Referido nesta listagem apenas pela curiosidade e pelo insólito. Um entusiasta local da aviação, investigou e ainda conseguiu encontrar os dois depósitos externos, que adquiriu, e localizou o trem de aterragem da frente, montado num atrelado da corporação de bombeiros !!
  13. Substituiu um Ju52/3 vandalizado. Este G.91 apesar de ostentar nº de série da FAP nunca voou ao serviço da mesma.
  14. Especula-se que o 5404 e o 5463 não correspondem aos aviões originais, pois terão sido montados com peças provenientes de outra aeronaves.
  15. Ex Base Aérea nº 2, (BA2), ex Centro de Instrução nº 2 (CI2).
  16. Encontra-se desmontado, está pintado à tigre
  17. O único bilugar sobrevivente em Portugal
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons


Aviões comparáveis

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Ligações externas

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Referências

  1. Richard J. Caruana (2004). Fiat G.91 - Warpaint Series n.º 48. [S.l.]: Warpaint Books Ltd. 5 páginas. ISBN X9999 00480 Verifique |isbn= (ajuda) 
  2. John C. Fredriksen (2001). International Warbirds. [S.l.]: ABC-CLIO, Inc. 119 páginas. ISBN 1 57607 364 5 
  3. Charles Stafrace (1990). The Fiat G.91R/T/Y. [S.l.]: Modelaid International publications. pp. 8 a 11. ISBN 1 871 767 040 
  4. Giorgio Apostolo (1966). The Fiat G.91. [S.l.]: Profile Publications. pp. 6 a 8. ASIN B002RBWZSA 
  5. Richard J. Caruana (2004). Fiat G.91 - Warpaint Series n.º 48. [S.l.]: Warpaint Books Ltd. pp. 23 e 24. ISBN X9999 00480 Verifique |isbn= (ajuda) 
  6. a b Charles Stafrace (1990). The Fiat G.91R/T/Y. [S.l.]: Modelaid International publications. 40 páginas. ISBN 1 871 767 040 
  7. Charles Stafrace (1990). The Fiat G.91R/T/Y. [S.l.]: Modelaid International publications. 19 páginas. ISBN 1 871 767 040 
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