Força Aérea Árabe Síria – Wikipédia, a enciclopédia livre
Força Aérea Síria القوات الجوية العربية السورية | |
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Bandeira da Força Aérea Síria | |
País | Síria |
Efectivo | 15 000[1] |
Sigla | SyAAF [2] |
Criação | 1948 |
Período de actividade | 1948-presente |
Grito de Guerra | نسور سورية العرب (Nós somos as águias) |
Cores | Vermelho, Preto, Branco |
História | |
Guerras/batalhas | Guerra dos Seis Dias Guerra do Yom Kippur Guerra do Líbano de 1982 Guerra Civil Síria |
Bases Aéreas | |
Aeronaves | |
Aviões de Caça | MiG-29, MiG-23, MiG-21 |
Aviões de Ataque | Su-22, Su-24, MiG-23, |
Helicópteros | Mil Mi-24, Aérospatiale Gazelle, Mil Mi-17, Mil Mi-8 |
Interceptores | MiG-25 |
Aviões de Instrução | MBB 223 Flamingo, Aero L-39 Albatros, PAC MFI-17 Mushshak |
Aviões de Transporte | Antonov An-24, Antonov An-26, Ilyushin Il-76 |
Insígnias | |
Cocar | |
Distintivo de cauda | |
Comando | |
Comandante | General Issam Hallaq |
A Força Aérea Síria (em árabe: القوات الجوية العربية السورية, Al Quwwat al-Jawwiyah al Arabiya as-Souriya) é o ramo aéreo das Forças Armadas da Síria.[3]
História
[editar | editar código-fonte]O fim da Segunda Guerra Mundial conduziu a uma retirada do Reino Unido e da França do Oriente Médio, o que incluiu o país árabe. A força aérea síria foi criada em 1948, após a formatura da primeira turma de pilotos sírios em escolas de aviação britânicas. Suas aeronaves participaram de combates durante as guerras com Israel em 1948, 1967 e 1973.
Durante a guerra entre árabes e israelenses, em 1948, a força aérea síria teve uma participação limitada, realizando bombardeios contra as forças israelenses e assentamentos.
Na década de 1950, com a tentativa de criação da República Árabe Unida, que iria unificar sírios e egípcios em uma só nação, houve um crescimento expressivo de militares e de aeronaves. A união não durou muito, e com a ascensão ao poder do partido Baath, com Hafez al-Assad, a Síria começou a olhar para os membros do Pacto de Varsóvia para obter auxílio, e construiu laços mais estreitos com a União Soviética. A influência dos soviéticos continuou forte na força aérea síria, refletindo o papel fundamental desempenhado pela URSS em sua modernização e expansão nas décadas de 1960 e 1970.
Na Guerra dos Seis Dias, os sírios perderam dois terços de suas aeronaves, com o restante recuando para bases em partes remotas da Síria. Isto, por sua vez, ajudou a IDF a derrotar o Exército Sírio, e levou à ocupação das Colinas de Golã.
Em 1973, na Guerra do Yom Kippur, houve um êxito inicial tanto para a Síria e o Egito, apesar de novamente a Força Aérea de Israel ter causado mais baixas no ar do que sofreu. As forças aéreas egípcias e sírias, juntamente com as suas defesas antiaéreas derrubaram 114 aviões de guerra israelenses durante o conflito, com a perda de cerca de 442 de seus próprios, incluindo dezenas que foram acidentalmente abatidos por suas próprias baterias de mísseis terra-ar.
O confronto no Líbano, em 1982, causou um duro golpe para a Força Aérea da Síria, com mais de uma centena de aeronaves e dezenas de baterias de mísseis de defesa antiaérea sendo perdidos.
Durante o restante das décadas de 1980 e 1990, a Força Aérea Síria enfrentou dificuldades para manter as suas aeronaves operacionais e proporcionar horas de voo suficientes para os pilotos. Devido ao colapso da União Soviética, sofreu mais um revés, que interrompeu o fluxo de equipamentos.
Embora tecnologicamente atrasada, a força aérea síria exerceu um papel predominante durante a Guerra Civil Síria, tendo sido um dos principais pilares do regime Assad. No curso da guerra, aeronaves do regime bombardearam de forma indiscriminada regiões da Síria dominadas pela oposição, matando milhares de pessoas. Em particular, o regime usou bombas de barril, que eram tonéis cheios de explosivos lançados sobre áreas densamente povoadas.[4] Entre 2015 e 2017, receberam apoio crucial da força aérea russa.
Após a grande ofensiva da oposição, em dezembro de 2024, durante a Guerra Civil Síria, que acabou derrubando o regime Assad, a força aérea israelense executou uma série de ataques aéreos que destruíram quase toda a força aérea síria, entre 8 e 10 de dezembro de 2024.[5][6]
Equipamentos
[editar | editar código-fonte]*Os dados mostrados abaixo são referentes ao período anterior a 2011. A recente guerra civil síria causou inúmeras perdas à força aérea do país. Até dezembro de 2024, a maioria da força aérea síria já havia sido destruída.[7]
Aeronave de combate |
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Aeronave | Origem | Tipo | Versão | Em serviço (Global Security)[8] | Em serviço[9] | Em serviço (MilAviaPress)[10] | Em serviço (Jane's)[11] | Comentários | Imagem |
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MiG-29 Fulcrum | União Soviética | MRCA MRCA MRCA OCU | A M/M2 SMT UB | 40 N/A 14[12] 6 | 20 10 N/A N/A | } 42 | 60[11] 20[11] N/A N/A | Total: Entre: ~30 e ~80 | |
MiG-25 Foxbat | União Soviética | Interceptador Avião de reconhecimento OCU | PD RB U | 30 8 2 | 35 7 N/A | 11 N/A N/A | N/A N/A N/A | Total: entre ~11 e ~42 | |
MiG-23 Flogger | União Soviética | Caça Caça-bombardeiro OCU | MS/MF/ML/MLD BN UM | 80 60 6 | 50 } 56 | } 106 | N/A | Sendo atualizados. Total: Entre ~106 e ~146 | |
MiG-21 Fishbed | União Soviética | Caça OCU Reconhecimento | MF/Bis U/UM R | 159[8] 20 40 | } 140 | } 176 | N/A N/A N/A | Reserva. Total: Entre ~140 e ~219 | |
Su-24 Fencer | União Soviética | Caça-bombardeiro | MK | 20[8] | 20[9] | 20[10] | 20[11] | ||
Su-22 Fitter | União Soviética | Caça-bombardeiro | M-2/M-4 | 50 | 60 | 60 | 90[13] | Total: entre ~50 a ~90 | |
Guerra eletrónica |
Aeronave | Origem | Tipo | Versão | Em serviço (Global Security)[8] | Em serviço (INSS)[9] | Em serviço (MilAviaPress)[10] | Em serviço (Jane)[11] | Comentários | Imagem |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mi-8 Hip | União Soviética | Guerra eletrónica | SMV/PP | 10 | N/A | N/A | N/A | ||
Aeronave de treinamento |
Aeronave | Origem | Tipo | Versão | Em serviço (Global Security)[8] | Em serviço (INSS)[9] | Em serviço (MilAviaPress)[10] | Em serviço (Jane)[11] | Comentários | Imagem |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
L-39 Albatros | Checoslováquia | Jato de treinamento | ZO/ZA | 70 | ~40 | 40 | N/A | Total: Entre ~40 e ~70 | |
MBB 223 Flamingo | Alemanha Ocidental | Aeronave de treinamento | A-1 | 35 | 40 | 40 | N/A | Total: entre ~35 e ~40 | |
MFI-17 Mushshak | Paquistão | Aeronave de treinamento | 6 | 6 | 7 | N/A | Total: entre ~6 e ~7 | ||
Yak-130 Mitten | Rússia | Aeronave de treinamento | entregues em 2016[14] | ||||||
Aeronave de transporte |
Aeronave | Origem | Tipo | Versão | Em serviço (Global Security)[8] | Em serviço (INSS)[9] | Em serviço (MilAviaPress)[10] | Em serviço (Jane)[11] | Comentários | Imagem |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
An-24 Coke | União Soviética | Transporte | 1 | 1 | 1 | 1 | |||
An-26 Curl | União Soviética | Transporte | 6 | 5 | 4 | N/A | Total: entre ~4 e ~6 | ||
Il-76 Candid | União Soviética | Transporte | M | 4 | 4 | 4 | 4 | ||
Dassault Falcon 20 | França | Transporte VIP | 2 | 2 | 2 | 2 | |||
Dassault Falcon 900 | França | Transporte VIP | 1 | 1 | 1 | 1 | |||
Tu-134 Crusty | União Soviética | Transporte VIP | N/A | 2 | 4 | N/A | Total: entre ~2 e ~4 | ||
Yak-40 Codling | União Soviética | Transporte VIP | V | 6 | 6 | 6 | 6 | ||
Helicóptero de ataque |
Aeronave | Origem | Tipo | Versão | Em serviço (Global Security)[8] | Em serviço (INSS)[9] | Em serviço (MilAviaPress)[10] | Em serviço (Jane)[11] | Comentários | Imagem |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mi-25 Hind | União Soviética | Helicóptero de ataque | D | 36 | ~35 | 36 | 48[13] | Total: entre ~35 e ~48 | |
SA-342 Gazelle | França | Helicóptero de ataque | L/M | 30 | ~35 | 36 | 36 | ||
Mi-2 Hoplite | Polônia | Helicóptero de ataque | 20 | 10 | 6 | N/A | Total: entre ~6 e ~20 | ||
Helicóptero de transporte |
Aeronave | Origem | Tipo | Versão | Em serviço (Global Security)[8] | Em serviço (INSS)[9] | Em serviço (MilAviaPress)[10] | Em serviço (Jane)[11] | Comentários | Imagem |
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Mi-8 Hip Mi-17 Hip | União Soviética | Helicóptero de transporte | F H | } 100 | } 100 | 55 45 | N/A |
Referências
- ↑ IISS 2021, p. 366.
- ↑ «bellingcat - The Syrian Arab Air Force, Beware of its Wings». Consultado em 13 de fevereiro de 2015
- ↑ "Russia implementing contract signed with Syria for the delivery of 5 MiG-31E fighter-interceptors". Acessado em 13 de março de 2012.
- ↑ «In Nine Years, the Syrian Regime Has Dropped Nearly 82,000 Barrel Bombs, Killing 11,087 Civilians, Including 1,821 Children» (em inglês). Reliefweb.int. 15 de abril de 2021. Consultado em 13 de dezembro de 2024
- ↑ «Israeli army begins plan to destroy Syrian Navy after near destruction of Syrian Air Force: Amal Shehadeh». LBCIV7 (em inglês). Consultado em 10 de dezembro de 2024
- ↑ «Why is Israel bombing Syrian airbases?». Sky News (em inglês). Consultado em 13 de dezembro de 2024
- ↑ «Barrage of Israeli attacks destroys 'important military sites in Syria'» (em inglês). Aljazeera.com. Consultado em 10 de dezembro de 2024
- ↑ a b c d e f g h «Syria - Air Force Equipment». GlobalSecurity.org. Consultado em 13 de maio de 2011
- ↑ a b c d e f g «Military Balance Files - Syria» (PDF). Institute for National Security Studies. 2010. Consultado em 13 de maio de 2011. Arquivado do original (PDF) em 2 de outubro de 2011
- ↑ a b c d e f g «Order of Battle - Syria». Milavia Press. Consultado em 13 de maio de 2011
- ↑ a b c d e f g h i «Air force (Syria)». Jane's Defence Information Group. Consultado em 13 de maio de 2011. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2012
- ↑ «Syrian Arab Air Force». GlobalSecurity.org. Consultado em 13 de maio de 2011
- ↑ a b Bennet, Richard M. (22 de julho de 2006). «Syria's military flatters to deceive». Asia Times Online. Consultado em 13 de maio de 2011
- ↑ "Russia will provide Syria with first batch of jet trainers by the year end". Página acessada em 14 de novembro de 2014.