Forte da Maia – Wikipédia, a enciclopédia livre
O Forte da Maia localizava-se na baía do Aveiro, no lugar da Maia, na freguesia do Santo Espírito, concelho da Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores.
Em posição dominante sobre este trecho da costa, constituiu-se em uma bateria destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico. Possivelmente cooperava com outra bateria na vizinha ponta do Castelete, referida como "Castelinho" e que se acredita remontar à época das invasões de piratas da Barbária no século XVII.
História
[editar | editar código-fonte]O lugar da Maia possuiu, em tempos idos, dois pequenos portos piscatórios: o da baía e o de Domingos de Moura.
No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) pode estar referido como "O Forte de Nossa Senhora dos Prazeres, (...)." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710",[1] uma vez que próximo ao local se ergue, desde 1685 uma ermida sob a mesma invocação (Ermida de Nossa Senhora dos Prazeres).
FIGUEIREDO (1960) assim refere o local e a sua fortificação em 1815: "(...) Há também um castelo com duas peças [de artilharia] e duas vigias e uma ponta metida no mar chamada do Castelo, dista da Villa quatro legoas."[2] E complementa: "- Dito [forte] sito na Fajã da Maia com duas peças corrutas e tem vigia."[3]
A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 informa que se encontra arruinado.[4]
Atualmente desaparecido, de acordo com antigos moradores acredita-se que um fragmento de muro ainda de pé, seja o seu último remanescente.
Galeria
[editar | editar código-fonte]- Panorâmica
- Panorâmica
- Fragmento de muro
- Detalhe do alicerce
Referências
- ↑ "Fortificações nos Açores existentes em 1710" in Arquivo dos Açores, p. 180. Consultado em 8 dez 2011.
- ↑ FIGUEIREDO, 1960:216-217.
- ↑ FIGUEIREDO, 1960:223.
- ↑ BASTOS, 1997:269.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- BASTOS, Barão de. "Relação dos fortes, Castellos e outros pontos fortificados que se achão ao prezente inteiramente abandonados, e que nenhuma utilidade tem para a defeza do Pais, com declaração d'aquelles que se podem desde ja desprezar." in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. LV, 1997. p. 267-271.
- CASTELO BRANCO, António do Couto de; FERRÃO, António de Novais. "Memorias militares, pertencentes ao serviço da guerra assim terrestre como maritima, em que se contém as obrigações dos officiaes de infantaria, cavallaria, artilharia e engenheiros; insignias que lhe tocam trazer; a fórma de compôr e conservar o campo; o modo de expugnar e defender as praças, etc.". Amesterdão, 1719. 358 p. (tomo I p. 300-306) in Arquivo dos Açores, vol. IV (ed. fac-similada de 1882). Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1981. p. 178-181.
- FERREIRA, Adriano. São Lourenço: um recanto de sonho. Ponta Delgada: Círculo de Amigos de São Lourenço, 1997. 112p. fotos.
- FIGUEIREDO, José Carlos de. "Descripção da Ilha de Sancta Maria por José Carlos de Figueiredo, Tenente Coronel d'Engenheiros, que em 1815 ali foi em Comissão". in revista Insulana, vol. XVI (2º semestre), 1960. p. 205-225.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Fortificação/Ilha de Santa Maria». no Instituto Histórico da Ilha Terceira