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Gemínidas
Observação das Gemínidas em 2013 no hemisfério norte.
Observação das Gemínidas em 2013 no hemisfério norte.
Características
Corpos parentes 3200 Faetonte
Mês dezembro
Data do máximo 12-14 de dezembro
Velocidade 35 km/s
taxa horária zenital 75+
Radiante
Constelação Gemini (constelação)
Coordenadas equatoriais α : 7h 28m 0s
δ : 32° 0′ 0″

Localização na constelação : Gemini

As Gemínidas, [1] [2] Geminidas, [3] [4] ou Geminídeos, [5] são chuvas de meteoros causadas pelo objeto 3200 Faetonte,[6] que acredita-se ser um asteroide da família Palas,[7] com uma órbita de "cometa rochoso".[8] Isto faz das Gemínidas, junto com as Quadrântidas, as duas principais chuvas de meteoros que não se originam de um cometa.

Os meteoros destas chuvas são lentos, e podem ser vistos em dezembro, com pico normalmente em torno do dia 13 ou 14, e a data de maior intensidade sendo a manhã do dia 14. Acredita-se que a intensidade das Gemínidas esteja aumentando a cada ano, e as últimas delas apresentaram 120 a 160 meteoros por hora, sob condições ótimas, geralmente em torno de 02:00 a 03:00, hora local.

As Gemínidas foram observadas pela primeira vez em 1862,[9] bem mais recente que qualquer outra chuva de meteoros como as Perseídeas (36 EC), e Leónidas (902 EC).

Um meteoro das Gemínidas em 2009, visto de São Francisco
Asteroide (3200) Faéton, o corpo que originou as Gemínidas, registrado em 25 de dezembro de 2010 com o telescópio F14 Cassegrain de 37 cm do Observatório Winer, Sonoita (MPC 857)

Os meteoros destas chuvas parecem vir de um radiante na constelação de Gêmeos (daí o nome). Entretanto, eles podem aparecer em qualquer lugar do céu, e geralmente têm cor amarelada. Ao norte do equador, o radiante se eleva logo depois do pôr do sol, atingindo uma elevação visível do fim da tarde em diante. No hemisfério sul, o radiante aparece somente a cerca da meia noite. Os meteoros viajam a uma velocidade média em relação a outras chuvas, a cerca de 35 km/s, tornando-os fáceis de notar. As Gemínidas são consideradas as chuvas mais consistentes e ativas. Normalmente os meteoros se desintegram a altitudes acima de 38 km.[10]

Em 2005, a observação destas chuvas de meteoros foi limitada devido a uma lua cheia ofuscando os meteoros, bem menos brilhantes. Nas chuvas de 2006, a lua estava crescente a 33%. Em 2007 as chuvas aconteceram durante uma lua nova, com a melhor posição de visualização sendo no hemisfério sul, com a Austrália, Nova Zelândia e Chile recebendo destaque. Em 2008 as chuvas coincidiram com uma lua cheia. Em 2009, o pico ocorreu dois dias antes de uma lua nova.

Ano Período de atividade das Gemínidas Pico máximo THZmax
2006 7–17 de dezembro 14 de dezembro 115[11]
2007 15 de dezembro 122[12]
2008 14 de dezembro 139[13]
2009 13 de dezembro 120[14]
2010 7–17 de dezembro 14 de dezembro 127[15]
2011 14 de dezembro 198[16]
2012 4–17 de dezembro 13 de dezembro 109 [17]
2013 4–17 de dezembro 14 de dezembro 134 [18]
2014 4–17 de dezembro 14 de dezembro 120 (previsão) [19]

Referências

  1. Giles Sparrow (2003). O Universo e como Observá-lo 1ª ed. [S.l.]: Selecções do Reader's Digest. p. 49. ISBN 972-609-386-4 
  2. «Enxames de Meteoróides» (PDF). Dados Astronómicos para os Almanaques em Portugal em 2006. Observatório Astronómico de Lisboa. 2006. Consultado em 2 de março de 2014. Arquivado do original (PDF) em 6 de outubro de 2014 
  3. Guilherme de Almeida, Máximo Ferreira (2004). «4 - O Sistema Solar». Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas 7ª ed. [S.l.]: Plátano Editora. p. 118. ISBN 972-770-267-8 
  4. Jean-Pierre Penot, Philippe de la Cotardière, Santos Tavares, José Augusto Matos (2003). Dicionário de Astronomia e do Espaço. vide verbete «Geminidas.» 1ª ed. [S.l.]: Didáctica Editora. p. 195. 512 páginas. ISBN 978-9726506188 
  5. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1987). Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. vide verbete «Geminídeos.». Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. p. 331 
  6. Brian G. Marsden (25 de outubro de 1983). «IAUC 3881: 1983 TB AND THE GEMINID METEORS; 1983 SA; KR Aur». International Astronomical Union Circular. Consultado em 18 de maio de 2009 
  7. Victoria Jaggard (12 de outubro de 2010). «Exploding Clays Drive Geminids Sky Show?». National Geographic News. Consultado em 18 de outubro de 2010. Arquivado do original em 13 de dezembro de 2012 
  8. Jewitt, David; Li, Jing (2010). «Activity in Geminid Parent (3200) Phaethon». arXiv:1009.2710Acessível livremente [astro-ph.EP] 
  9. Gary W. Kronk. «Observing the Geminids». Meteor Showers Online. Consultado em 14 de novembro de 2012. Arquivado do original em 17 de maio de 2008 
  10. «NASA All Sky Fireball Network: Geminid End Heights». NASA Meteor Watch on Facebook. 11 de dezembro de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2012 
  11. «Geminids 2006: visual data quicklook». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 24 de dezembro de 2012 
  12. «Geminids 2007: visual data quicklook». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2012 
  13. «Geminids 2008: visual data quicklook». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2013 
  14. «Geminids 2009: visual data quicklook». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2012 
  15. «Geminids 2010: visual data quicklook». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 3 de novembro de 2012 
  16. «Geminids 2011: visual data quicklook». Consultado em 13 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2012 
  17. «Geminids 2012: visual data quicklook». Consultado em 2 de março de 2014. Arquivado do original em 17 de setembro de 2013 
  18. «Geminids 2013: visual data quicklook». Consultado em 2 de março de 2014. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2013 
  19. Geminids 2014: calendar

Ligações externas

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