Corduena – Wikipédia, a enciclopédia livre

Corduena (também chamado de Cordyene, Cardyene, Carduene, Korduene; em curdo: Kardox; em turco: Karduya; em armênio/arménio: Կորճայք Korchayk; em grego: Κορδυηνή Kordyene) é um reino da Antiguidade Clássica, situado na Alta Mesopotâmia. Atualmente, corresponde à província turca de Şırnak e partes do norte do Iraque e da Síria, também conhecidas como Curdistão.

Em 401 a.C., um povo chamado Carducos foi mencionado na obra Anábase do general grego Xenofonte, como habitantes da região montanhosa ao norte do Rio Tigre, entre a Pérsia e a Mesopotâmia. Eram inimigos do rei da Pérsia,[1] e Xenofonte se referiu a eles como "...um povo bárbaro e defensor de sua residência na montanha", que atacou o exército dos Dez Mil gregos. Eles também foram citados por Hecateu de Mileto em 520 a.C. como os Gordos.

Após alguns séculos, os Persas foram conquistados por Alexandre, o Grande, na Batalha de Gaugamela, em 331 a.C.. Depois da morte de Alexandre, foi fundado na região o Império Selêucida, de origem grega.

Os selêucidas seriam sucedidos pelo Império Parta em 247 a.C. Nesta época, o reino chamado Corduena, situado a sul e sudeste do Lago Van, na atual Turquia, emergiu do declínio selêucida, tornando-se um reino vassalo dos Partos e, posteriormente, do Império Romano (66 d.C.).[2] Ele permaneceu sob controle romano por quatro séculos, até 384.

O historiador romano Plínio considerou os Corduenos (habitantes de Corduena) como descendentes dos Carducos. Ele afirmou, "vizinhos a Adiabena estão os povos anteriormente chamados Carducos e agora Corduenos, acima de quem navega o rio Tigre".[3]

Após 384, os persas voltaram à região, incorporando-a ao Império Sassânida. Até que em 651, a região foi invadida pelos árabes do Califado Ortodoxo.

Referências