Grotesco – Wikipédia, a enciclopédia livre

Grotesco é um estilo artístico inspirado nas decorações da Roma Antiga. A palavra é derivada do termo latino grotto, que significa gruta ou pequena caverna.[1] A expressão grotesco surgiu no século XIV quando foram descobertos artefatos e ruínas soterradas em Roma, tais como corredores e salões do antigo complexo palacial Casa Dourada, uma construção requisitada pelo imperador Nero após o grande incêndio que consumiu boa parte da cidade em 64 d.C. (o qual se atribui a ele). Nesses espaços subterrâneos reabertos depois de quase mil e quinhentos anos foram descobertas imagens, figuras, estátuas compostas de pessoas ou deidades metade gente e metade animal ou metade figura mítica. A palavra grotesco passou a ser utilizada não somente em meios artísticos mas também em outras áreas como, por exemplo, na literatura e arquitetura.

O termo Grotesco é também utilizado na literatura, referente à ênfase dos artistas parnasianistas à figuras estranhas e bizarras, diferentes do que estão acostumadas a ver ou pensar.

Estilo grotesco (pintura)

[editar | editar código-fonte]

Os pintores da época visitavam as escavações para estudar as fantasiosas pinturas. Leonardo executou desenhos chamados Cabeças Grotescas.

O estilo grotesco se caracteriza por figuras esguias e distorcidas sobre uma decoração geométrica e naturalista, num fundo geralmente branco. As figuras são muito coloridas, dando origem a cornicos (cornici), efeitos geométricos e outros, mas sempre mantendo certa leveza, pelo fato de neste gênero, o estilo ser minucioso, quase caligráfico.

A palavra grotesco adquiriu depois no idioma italiano e por difusão, também no idioma português, o sentido de bizarro ou ridículo, mas sem relação com as pinturas originais.

Referências

  1. Lima, Fernanda (23 de dezembro de 2016). «Do grotesco: etimologia e conceituação estética.». InterteXto (1). ISSN 1981-0601. doi:10.18554/ri.v9i1.1539. Consultado em 31 de agosto de 2022