Guarda Imperial Patrianovista – Wikipédia, a enciclopédia livre

Guarda Imperial Patrianovista
Outros nomes Camisas Brancas
Datas das operações 1932-1937
Líder(es)
Fundação 1932
Área de atividade  Brasil
Ideologia Patrianovismo
Espectro político Terceira Posição
Status extinta
Parte de Ação Imperial Patrianovista
Aliados Integralistas
Inimigos Comunistas e Republicanos
Filiação Casa de Orléans e Bragança
Cor(es) Branco e Vermelho
         
Bandeira

A Guarda Imperial Patrianovista, comumente chamada de Camisas Brancas, era a ala paramilitar da Ação Imperial Patrianovista Brasileira (AIPB). Seus integrantes se diferenciavam dos paramilitares de outras organizações, como os integralistas, por usarem seus uniformes brancos.

Segundo o historiador Joaquim P. Dutra Silva, a criação da guarda foi extremamente importante, dado o contexto em que foi criada, para manter as aparências, já que os grupos paramilitares eram considerados em voga e, mesmo que a guarda fosse pacífica, eles ainda carregariam os símbolos que representam.

Em 1932, o grupo paramilitar foi formado para "defender um Brasil cristão contra os ataques do comunismo" e preparar o país para a instauração do terceiro Império. A esmagadora maioria dos integrantes do grupo era jovem, em êxtase ao ouvir os discursos proferidos por Veiga, que defendia a derrubada do "Brasil pequeno, ridículo, liberal-judaico-maçom-republicano, traiçoeiro, pela pena, pela palavra e armas". Assim como outros movimentos de terceira posição tinham suas saudações com as quais cumprimentavam outros integrantes, os patrianovistas gritavam "Glória", uma alternativa ao "Por Deus, pelo Brasil, pelo Imperador", com o braço direito levemente erguido, segurando os três primeiros dedos contando a partir do polegar para cima. "Glória" é uma versão abreviada de "Glória à Santíssima Trindade", que significa "Glória à Santíssima Trindade " Embora a GUIP fosse uma organização paramilitar, eles não realizaram nenhuma ação militar, nunca verdadeiramente portando armas, pois a verdadeira intenção do grupo era mostrar o patriarismo, já que a maioria organizações políticas, como a AIB, tinham milícias próprias, mas como o Pátria Nova não era um movimento de massas, a GUIP nunca conseguiu empatar com os camisas-verdes integralistas.[2][3][4]

Patrianovistas na década de 1930

Ainda que Arlindo tenha pedido o levantamento de armas, a GUIP manteve-se maioritariamente pacífica no cenário das diferentes facções durante a década de 1930, não levantando armas. Mais pacífica do que outras organizações paramilitares, como os grupos paramilitares da comunista Aliança Nacional Libertadora e da integralista Ação Integralista Brasileira , a GUIP estava mais interessada na pesquisa cultural do que na militância que pudesse levar a qualquer embate com os outros grupos.Isso, no entanto, não impediu que raramente surgissem conflitos entre facções opostas, como os comunistas.[5]

A Guarda também tinha que participar, pelo menos uma vez por semana, de exercícios.[6]

Organização

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As milícias organizaram-se de forma a que diferentes províncias e municípios tivessem grupos, com membros com idades compreendidas entre os 15 e os 40 anos, embora os organizadores manifestassem regularmente que o movimento era maioritariamente composto por jovens.

  1. «Ação Imperial Patrianovista». Diário de Pernambuco 
  2. Domingues 2006, pp. 8–9.
  3. Malatian 1981, p. 3.
  4. Malatian 2013, pp. 9–11.
  5. «Conflito entre Comunistas e Patrianovistas». Jornal do Brasil. 16 de janeiro de 1935. 3 páginas 
  6. «Ação Imperial Patrianovista». Diário de Pernambuco. 8 de Janeiro de 1935. 4 páginas. Consultado em 18 de maio de 2022