Hipersensibilidade ao plasma seminal humano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hipersensibilidade ao Plasma Seminal Humano
Hipersensibilidade ao plasma seminal humano
Contato direto com o sêmen humano (o representado na imagem) pode causar irritação, coceira e dor na pele.
Sinónimos HPSH, alergia ao sexo ou alergia ao sêmen
Especialidade Urologista , Ginecologista e Alergologia
Sintomas Ardência, irritação, coceira, hipersensibilidade, calor e inchaço na área que teve contato com o esperma. Também comum: urticária, rinite, conjuntivite alérgica e insuficiência respiratória
Complicações Em casos mais graves reações anafiláticas potencialmente fatais, com hipotensão arterial e colapso cardiovascular.
Causas Desconhecidas
Método de diagnóstico Consulta e entrevista com urologista e ginecologista
Prevenção Uso de preservativos tanto masculinos como femininos
Tratamento Uso de preservativos e o uso de remédios antialérgicos
Classificação e recursos externos
CID-10 Z88
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A hipersensibilidade ao plasma seminal humano é o nome técnico á doença popularmente conhecida como alergia ao sexo ou alergia ao sêmen. Esta alergia é desenvolvida principalmente por mulheres entre 20 a 50 anos, e pode se manifestar em diversos níveis, causando irritações na área vaginal e em outras partes do corpo quando em contato com o sêmen humano.[1][2]

A alergia não é especificadamente relacionada aos espermatozoides e sim ao liquido do sêmen (chamado de plasma seminal), este liquido é rico em proteínas e algumas delas podem causar irritação na pele e mucosas de quem entrar em contato com o liquido.[3][4]

O diagnóstico desta doença é feito através de consulta clinica com um urologista, ginecologista ou alergologista sobre os sintomas. A prevenção a este problema é a utilização de camisinha e evitar entrar em contato com o sêmen. O tratamento pode ser feito com anti-histamínicos minutos antes da relação sexual, assim aliviando os sintomas.[2][5]

Os sintomas em geral consistem em irritações cutâneas, coceira, dor, vermelhidão e calor na área do corpo que teve contato com o sêmen humano, as reações podem durar entre minutos e dias, porem os problemas podem variar do modo no qual o sexo foi feito.[5][6]

Pessoas com esta doença podem ter problemas em todos os tipos de relação sexual e isto não é diferente no sexo anal, no sexo anal as complicações estão no maior risco de desenvolver-se hemorroidas pela irritação causada pelo sêmen. A prevenção é similar em todos os casos, a utilização de camisinha.[6]

No sexo oral as complicações podem ser maiores e mais variadas, pode ir dês do ressecamento e reação alérgica nos lábios até a criação de feridas e aftas na boca. Se o sêmen for engolido, pode-se gerar maiores problemas, como irritação da garganta, inflamação da mesma (que em casos mais graves como um choque anafilático pode levar a morte), e irritações no esôfago e estomago.[6]

Penetração vaginal

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Na penetração vaginal os riscos são similares ao sexo anal, assim podendo causar dês de coceiras nos lábios da vagina, até problemas mais graves como inflamações vaginais e doenças como a candidíase.[6]

Masturbação

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Na masturbação os riscos são similares ao sexo oral, quando o sêmen entra em contato com os olhos pode causar conjuntivite alérgica. Em alguns casos o contato do sêmen com a pele (seja da mão ou do tronco) podem causar reações alérgicas similares a uma urticária.[6]

A utilização de preservativos ajuda no combate da doença

O tratamento é normalmente feito com a utilização correta da camisinha e evitando o contato do sêmen com o enfermo. Também em alguns casos a utilização de anti-histamínicos pré coito podem ajudar no controle dos sintomas.

Quando em contato com a pele e gerando irritações, a indicação é a procura por um médico para tratamento da melhor forma o possível. Porem o que pode-se ser feito logo após o contato é a lavagem da área com agua corrente e sabão e a utilização de pomadas para assaduras e/ou pomadas anti-histamínicas.[7][8]

Mesmo sendo desconfortável o contato com o sêmen, a fertilidade da mulher não é atingida pela enfermidade. Existem diversos níveis desta alergia que devem ser pesquisados e estudados por profissionais da área da saúde, assim analisando os riscos e benefícios do sexo com o intuito de gravidez.

Em casos mais leves é possível a gravidez da mulher através do sexo convencional tomando assim anti-histamínicos para controle da irritação.

Já em casos mais graves, é recomendado a fertilização in vitro para evitar complicações mais graves como infecções e inflamações vaginais.[1][3]

Referências

  1. a b «Alergia ao Sêmen - Causas, Sintomas e Tratamento • MD.Saúde». Consultado em 11 de maio de 2021 
  2. a b Bernstein, Jonathan A. (janeiro de 2011). «Human seminal plasma hypersensitivity: an under-recognized women's health issue». Postgraduate Medicine (1): 120–125. ISSN 1941-9260. PMID 21293092. doi:10.3810/pgm.2011.01.2253. Consultado em 11 de maio de 2021 
  3. a b Shah, A.; Panjabi, C. (2004). «Human seminal plasma allergy: a review of a rare phenomenon». Clinical & Experimental Allergy (em inglês) (6): 827–838. ISSN 1365-2222. doi:10.1111/j.1365-2222.2004.01962.x. Consultado em 11 de maio de 2021 
  4. Wolthers, Ole D. (8 de maio de 2012). «A Five-Year Followup of Human Seminal Plasma Allergy in an 18-Year-Old Woman». Case Reports in Medicine (em inglês). Consultado em 11 de maio de 2021 
  5. a b Lee-Wong, Mary; Collins, Jennifer S.; Nozad, Cyrus; Resnick, David J. (fevereiro de 2008). «Diagnosis and treatment of human seminal plasma hypersensitivity». Obstetrics and Gynecology (2 Pt 2): 538–539. ISSN 0029-7844. PMID 18239014. doi:10.1097/01.AOG.0000285480.15136.d1. Consultado em 11 de maio de 2021 
  6. a b c d e «Semen Allergy: Symptoms, Treatment, Effect on Fertility, and More». Healthline (em inglês). 6 de fevereiro de 2018. Consultado em 11 de maio de 2021 
  7. «Alergia ao esperma (sêmen): sintomas e como tratar». Tua Saúde. Consultado em 11 de maio de 2021 
  8. Shim, Tang Ngee; Bertram, Chandra (2013). «Human Seminal Plasma Hypersensitivity and Successful Conception». Dermatitis (em inglês) (1). 40 páginas. ISSN 1710-3568. doi:10.1097/DER.0b013e31827b1510. Consultado em 11 de maio de 2021