Hipersonia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Hipersonia
Hipersonia
Causa prejuízos funcionais, sociais e risco de acidentes.
Especialidade neurologia, medicina do sono
Classificação e recursos externos
CID-10 F51.1, G47.1
CID-9 291.82, 292.85, 307.43-307.44, 327.1, 780.53-780.54
CID-11 2024456840
MeSH D006970
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Hipersonia é um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia e/ou sono prolongado a noite. E ao contrário de problemas de sono causados por noites mal dormidas, dormir durante o dia não diminui a sonolência. Também ocorre em pessoas com ciclo de sono invertido (por exemplo, trabalhadores noturnos). Pode ser classificada como hipersonia idiopática (quando a causa não é conhecida), sintomática (quando for sintoma de outro transtorno) ou medicamentosa (quando for efeito colateral de uma droga)[1] É mais comum entre os 15 e 25 anos e menos de 5% dos adultos (mais de 18 anos) possuem esse problema.

Para ser diagnosticado com hipersonia, o paciente deve apresentar os sintomas por pelo menos um mês e esse transtorno deve ter um impacto significativo sobre a vida (social, funcional e emocional) do paciente. Mesmo após dormir mais de 8h por dia tem dificuldade para levantar e continuam com sono o dia inteiro. Difere da narcolepsia pela sonolência não ser súbita nem cessar após dormir.[2] Não deve ser confundido com a Síndrome de Kleine–Levin em que se dorme por até 18h por dia e distúrbios na REM, sendo portanto muito mais severa.

Outros sintomas podem incluir[2]:

  • Ansiedade
  • Irritabilidade
  • Diminuição da energia
  • Inquietação
  • Pensamento lento
  • Fala lenta
  • Perda de apetite
  • Alucinações
  • Problemas de memória.

Pessoas com hipersonia devem evitar dirigir e utilizar ferramentas/máquinas perfurantes ou cortantes utilizar enquanto estiverem sonolentas. É comum em trabalhadores noturnos, que nesse caso passam tanto o dia quanto a noite com sono mesmo dormindo mais de 8h por dia.

Pode ser consequência de medicamentos (como certos antidepressivos, benzodiazepínicos e antipsicóticos) ou sintoma de outros transtornos (como depressão nervosa, fibromialgia e hipotireoidismo). Quase sempre como consequência de alterações nos ciclos da serotonina ou/e noradrenalina (neurotransmissores envolvidos na regulação do sono e relaxamento).

O tratamento é apenas sintomático, caso seja de origem medicamentosa pode-se considerar trocar o medicamento. Alguns medicamentos estimulantes que podem ser receitados são[2]:

Mudanças no comportamento (por exemplo, evitando o trabalho noturno e ficar acordado até tarde), exercícios físicos e dieta mais leve e rica podem oferecer algum alívio. Álcool e cafeína agravam a sonolência e portanto devem ser evitados.

Referências

  1. «Hypersomnia — causes, adults, drug, person, people, used, effect, Definition, Description, Causes and symptoms, Demographics, Diagnosis, Treatments, Prognosis». Minddisorders.com. 15 de fevereiro de 1999. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  2. a b c National Institutes of Health (2008). «NINDS Hypersomnia Information Page». Consultado em 23 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 6 de abril de 2012