Imperial Ordem do Cruzeiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Imperial Ordem do Cruzeiro
Imperial Ordem do Cruzeiro
Classificação
País Império do Brasil Império do Brasil
Outorgante Imperador do Brasil
Agraciamento Brasileiros e estrangeiros
Condição Abolida
Histórico
Origem Independência do Brasil e Aclamação, Sagração e Coroação de Pedro I
Criação 1° de dezembro de 1822
Primeira concessão 1822
Premiados Ver condecorados
Hierarquia
Inferior a Sant'Iago da Espada
Superior a Pedro Primeiro
Imagem complementar

Grã-Cruz

Dignitário

Oficial

Cavaleiro

A Imperial Ordem do Cruzeiro foi uma ordem honorífica brasileira, criada em 1 de dezembro de 1822 pelo imperador Pedro I, em decorrência da Independência do Brasil e em comemoração à sua aclamação, sagração e coroação.

Criação e regulamentação

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Teve como figura principal Gregório de Castro Morais e Souza, o então Barão de Piraquara, assim como a Imperial Ordem do Rosa, e foi concedida na cidade colonial de Paraty até meados de 1880. Vigeu até pouco depois da Proclamação da República,[1] mas acabou por ser abolida pela Constituição de 1891 a 24 de Fevereiro desse ano.[2] Foi restabelecida com a nova denominação de Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul pelo Decreto 22.165, de 5 de dezembro de 1932, pelo presidente Getúlio Vargas.[3][4]

Foi a primeira ordem honorífica genuinamente brasileira. Seu desenho partiu do modelo da Legião de Honra francesa, mas seu nome e suas características basearam-se na "posição geográfica desta vasta e rica região da América Austral, que forma o Império do Brasil, onde se acha a grande constelação do Cruzeiro do Sul, e igual, em memória do nome, que sempre teve este Império, desde o seu descobrimento, de Terra de Santa Cruz".

Era destinada a premiar brasileiros e estrangeiros e sua maior distribuição ocorreu no dia da coroação e sagração de D. Pedro I.

Aos agraciados não eram cobrados emolumentos, exceto o feitio da insígnia e o registro dos diplomas. Ficavam, porém, obrigados a dar uma joia qualquer, ao seu arbítrio, para dotação de uma Caixa de Piedade, destinada à manutenção dos membros pobres da Ordem ou dos que, por casos fortuitos ou desgraças, caíssem em pobreza.

Placa da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul.
  • Grã-Cruz (com o tratamento de Excelência, gozava das honras de Tenente General e limitado a 12 recipientes, 8 efetivos e 4 honorários);
  • Dignitário (com o tratamento de Senhor, gozava das honras de Brigadeiro e limitado a 45 recipientes, 30 efetivos e 15 honorários);
  • Oficial (gozava das honras de Coronel e limitado a 320 recipientes, 200 efetivos e 120 honorários);
  • Cavaleiro (gozava das honras de Capitão e ilimitado em número de recipientes).
Grã-cruz
  • Anverso: estrela branca de cinco pontas bifurcadas e maçanetadas, assentada sobre guirlanda de ramos de café e fumo, pendente de coroa imperial. Ao centro, medalhão redondo azul-celeste, com cruz latina formada por dezenove estrelas brancas, circundado por orla azul-ferrete com a legenda em latim "BENE MERITIUM PRAEMIUM" (em português, E recompensas atribuídas)
  • Reverso: igual ao anverso, com alteração no medalhão para a efígie de Dom Pedro I, e na legenda para "PETRUS I – BRASILIAE IMPERATOR D". Fita e banda azul-celeste.

Referências

  1. «  Acervo por assunto "Proclamação da República (1889), Brasil"». www2.senado.leg.br. Consultado em 24 de dezembro de 2022 
  2. «Academia de História Militar Terrestre do Brasil - MOEDAS DE HONRA». www.ahimtb.org.br. Consultado em 8 de dezembro de 2020 
  3. https://legis.senado.leg.br/norma/442412/publicacao/15770430
  4. «Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 30 de abril de 2020