Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo


IEB
Fundação 1962 (62 anos)
Instituição mãe Universidade de São Paulo
Tipo de instituição Estadual
Localização São Paulo, SP,  Brasil
Campus Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira
Página oficial http://www.ieb.usp.br/

O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), é uma unidade especializada de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), fundado em 1962, por iniciativa do professor Sérgio Buarque de Holanda.[1] Tem por objetivo a pesquisa e documentação sobre a história e cultura do Brasil.[2]

Fundado no ano de 1962, pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda, o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) é um centro de pesquisas vinculado a Universidade de São Paulo (USP) que prioriza o estudo sobre a história e reflexões que tenham o Brasil como escopo principal.[3] O centro tem caráter multidisciplinar, abrigando estudiosos de formação variada que desenvolvem pesquisas, organizam e exploram o acervo.[4]

O Instituto tem um acervo expressivo de livros (inclusive raros), manuscritos, documentos e obras de arte, provenientes de doações e compras. Dentre as coleções podem-se destacar a Brasiliana do Professor Yan de Almeida Prado, que inicia o acervo, em 1962, e posteriormente de Mário de Andrade[5], Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Camargo Guarnieri, Caio Prado Jr, Fernando de Azevedo e outros.[6]

O IEB publica livros e catálogos sobre artes plásticas, história, etnologia, estudos rurais, economia, literatura, urbanismo e educação.[7][8] Também são publicadas as revistas Almanack braziliense e Revista do IEB.[9][7] Está localizado no Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, na Zona oeste da cidade de São Paulo.[10][11] Nas suas instalações são realizados cursos de extensão, disciplinas de graduação e pós-graduação, seminários e exposições relacionadas a história e cultura do Brasil.[12]

Espaço interno do Instituto de Estudos Brasileiros

A fundação do arquivo remonta ao ano de 1968, quando estava atrelada a Biblioteca do instituto.[13] Com um crescimento de recebimento de arquivos pessoais, no ano de 1974, o arquivo teve que ganhar um espaço próprio dentro da unidade universitária.[13] Entre os arquivos recebidos estão os de nomes como Anita Malfatti, Aracy Abreu Amaral, Caio Prado Jr., Camargo Guarnieri, Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Milton Santos, Manuel Correia de Andrade, dentre muitos outros intelectuais brasileiros.[13]

Devido a importância dos materiais, alguns de seus arquivos são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e reconhecidos Memória do Mundo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).[14][15]

Para o instituto, arquivos e pesquisa são indissociáveis, sendo importante tanto a análise do pensamento ou dos processos criativos do titular da coleção, quanto das fontes por ele armazenadas.[13][16]

A Biblioteca do IEB é uma das mais ricas em assuntos brasileiros, com 250 mil volumes, entre livros, separatas, teses, periódicos e partituras.[17]

Revista Ariel, n° 8[18]

Fundos e Coleções

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Coleção Alberto Lamego

Coleção Monteiro Lobato

Fundo Antonio Candido

Fundo Aracy Abreu Amaral

Fundo Aracy de Carvalho Guimarães Rosa

Fundo Caio Prado Jr.

Fundo Ernani Silva Bruno

Fundo Fernando de Azevedo

Fundo Gilda de Mello e Souza

Fundo Mário de Andrade

Fundo Odette de Barros Mott

Fundo Raul de Andrade e Silva

Fundo Theon Spanudis

Fundo Waldisa Russio

Produção Intelectual de Roger Bastide

Fundo Emilie Chamie [documentação sendo organizada]

Fundo Mario Chamie [documentação sendo organizada]

Referências

  1. «História do IEB». Instituto de Estudos Brasileiros. Consultado em 30 de março de 2021 
  2. Sanches, Rodrigo Ruiz (abril de 2011). «Sérgio Buarque de Holanda na USP». Sociedade e Estado (1): 241–259. ISSN 0102-6992. doi:10.1590/S0102-69922011000100012. Consultado em 30 de março de 2021 
  3. «Instituto de Estudos Brasileiros IEB-USP- Biblioteca Virtual da FAPESP». Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Consultado em 30 de março de 2021 
  4. «Institucional - IEB - Instituto de Estudos Brasileiros». Universidade de São Paulo. Consultado em 30 de março de 2021 
  5. «Catálogo Eletrônico IEB/USP». 200.144.255.59. Consultado em 20 de maio de 2022 
  6. «Mário de Andrade - IEB - Instituto de Estudos Brasileiros». Consultado em 30 de março de 2021 
  7. a b «Arquivos Revista do IEB - IEB - Instituto de Estudos Brasileiros». Instituto de Estudos Brasileiros. Consultado em 30 de março de 2021 
  8. «REVISTA DO INSTITUTO DE ESTUDOS BRASILEIROS». Associação Nacional de História. Consultado em 30 de março de 2021 
  9. «Almanack Braziliense». Revistas da Universidade de São Paulo. 2010. Consultado em 30 de março de 2021 
  10. «Cidade Universitária». Universidade de São Paulo. Consultado em 30 de março de 2021 
  11. «Contato». IEB. Consultado em 30 de março de 2021 
  12. «Cultura e Extensão Universitária - IEB - Instituto de Estudos Brasileiros». Consultado em 30 de março de 2021 
  13. a b c d «Arquivo». IEB. Consultado em 30 de março de 2021 
  14. «Coleção do Arquivo do IEB é nomeada pelo Programa Memória do Mundo da UNESCO». Instituto de Estudos Brasileiros. 30 de novembro de 2012. Consultado em 30 de março de 2021 
  15. «Registro da Literatura de Cordel segue em andamento no Iphan». Instituto de Estudos Brasileiros. 10 de maio de 2012. Consultado em 30 de março de 2021 
  16. Rodrigues, Ana Márcia Lutterbach (abril de 2006). «A teoria dos arquivos e a gestão de documentos». Perspectivas em Ciência da Informação (1): 102–117. ISSN 1413-9936. doi:10.1590/S1413-99362006000100009. Consultado em 30 de março de 2021 
  17. «BIBLIOTECA». Instituto de Estudos Brasileiros. Consultado em 30 de março de 2021 
  18. «IEB – Instituto de Estudos Brasileiros». www.ieb.usp.br. Consultado em 25 de maio de 2022 

Ligações externas

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