Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel – Wikipédia, a enciclopédia livre

Isabel Cristina
Princesa de Brunsvique-Volfembutel
Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel
Imperatriz Consorte do
Sacro Império Romano-Germânico
Reinado 12 de outubro de 1711
a 20 de outubro de 1740
Predecessora Guilhermina Amália de Brunsvique-Luneburgo
Sucessora Maria Amália da Áustria
Nascimento 28 de agosto de 1691
  Brunsvique, Ducado de Brunsvique-Luneburgo
Morte 21 de dezembro de 1750 (59 anos)
  Viena, Áustria, Sacro Império Romano-Germânico
Sepultado em Cripta Imperial, Viena, Áustria
Marido Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico
Descendência Leopoldo João da Áustria
Maria Teresa da Áustria
Maria Ana da Áustria
Maria Amália da Áustria
Casa Guelfo (por nascimento)
Habsburgo (por casamento)
Pai Luís Rudolfo, Duque de Brunsvique-Luneburgo
Mãe Cristina Luísa de Oettingen-Oettingen
Religião Catolicismo
(anteriormente Luteranismo)

Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel (em alemão: Elisabeth Christine von Braunschweig-Wolfenbüttel); Brunsvique, 28 de agosto de 1691Viena, 21 de dezembro de 1750) foi Princesa de Brunsvique-Volfembutel e como a esposa do Imperador Carlos VI, Imperatriz Consorte do Sacro Império Romano-Germânico e Rainha Consorte da Hungria, Croácia e Boêmia e das outras possessões austríacas. Foi mãe da Imperatriz Maria Teresa da Áustria.

Nascida a 28 de agosto de 1691 em Brunsvique, Isabel Cristina era filha dos duques protestantes de Brunsvique-Volfembutel. Devido a alegada fertilidade de sua família, Isabel Cristina foi prometida em casamento, aos treze anos, ao arquiduque Carlos da Áustria.[1] Sendo protestante foi exigido a conversão de Isabel Cristina ao catolicismo, o que, apesar da oposição inicial da noiva, tomou lugar.[2] Sua sogra, a imperatriz Leonor, foi sua tutora durante seu processo de conversão.[3] Antes de seu casamento, a noiva teve que se submeter a uma inspeção medica, levada a cabo pelo confessor jesuíta de Carlos, a fim de comprovar sua fertilidade.[4]

Brasão de Isabel Cristina na Espanha

Quando do seu noivado, o marido de Isabel Cristina residia em Barcelona enquanto lutava na Guerra da Sucessão Espanhola contra o candidato francês, Filipe de de Anjou, ao trono espanhol. Isabel Cristina chegou à Espanha em julho de 1708 e casou-se com Carlos em 1 de agosto de 1708 na Igreja de Santa Maria do Mar; como o candidato francês ao trono já possuía filhos, Isabel Cristina e Carlos imediatamente empenharam-se em produzirem herdeiros.[4] Durante sua estadia na Espanha, Isabel Cristina produziu uma extensa correspondência com sua mãe, que, alegadamente, foi seu suporte enquanto convivia com a pressão de produzir um filho.[4]

A 1711, Carlos deixou a Espanha e dirigiu-se à Viena para suceder como imperador. Ele designou a esposa como regente na Espanha, apontando-a como Governadora Geral da Catalunha em sua ausência.[5] Isabel Cristina permaneceu na Espanha até 1713, quando as potências europeias finalmente reconheceram Filipe de Anjou como rei.

Na Áustria, Isabel Cristina reinou como "Imperatriz Consorte do Sacro Império Romano-Germânico e Rainha Consorte da Germânia, Boêmia e Hungria" até 1740, quando da morte do marido. O casal teve três filhos, o único varão morreu na infância. A filha de Isabel Cristina, Maria Teresa da Áustria sucederia como monarca do Sacro Império. Isabel Cristina foi a consorte real de maior reinado da monarquia Habsburgo e, durante grande parte de seu reinado como consorte, conviveu com pressão de produzir um herdeiro varão.[4]

Referências

  • Ingrao, Charles W.; Thomas, Andrew L. (2004). "Piety and Power: The Empresses-Consort of the High Baroque". In Campbell Orr, Clarissa (ed.). Queenship in Europe 1660-1815: The Role of the Consort. Cambridge University Press. pp. 107–130. ISBN 0-521-81422-7.
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